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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Vou casar com o Fernando Alves, da TSF

Hoje é o nosso último dia no paraíso. Acordei as 3 da manhã com um sorriso na cara. Definitivamente, o meu cérebro pensa de modo singular enquanto dorme. Sonhei que ia casar com o Fernando Alves, jornalista da TSF. No sonho não nos conhecíamos pessoalmente (na vida real, por acaso, também não) mas íamos casar. Era um imperativo. Não estávamos tristes, nem contentes, nem sequer entusiasmados. Iamos casar e pronto. E eu acordei a rir de mim mesma e do meu sonho-metáfora perfeita.
Na verdade, o Fernando Alves acompanha-me todas as manhãs, com a sua rubrica diaria, Os Sinais, onde relata episódios da vida, uns mais mundanos, outros mais políticos, todos sempre poéticos, alguns verdadeiras pérolas. Todos os dias, perto das nove da manhã, ouvimos Os Sinais a caminho do colégio dos miúdos. Umas vezes ouvimos à saída da garagem, o que significa que estamos com a corda na garganta de tão atrasados. Outras ouvimos quando estamos a deixar o Manel, o que significa que chegámos a horas, coisa rara. Por isso, o meu sonho não podia ser mais verdadeiro. Em breve voltaremos, nós e o Fernando Alves, ao nosso casamento, com as suas rotinas, correrias, alegrias e indisposições. Gosto das metáforas que produzo a dormir. Talvez devesse começar a escrever o meu livro enquanto sonho.

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