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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Voltei

Pessoas amigas e tal e coiso.
A vida não anda fácil.
Trabalho que nem uma moura.
Na Time Out.
A preparar uma reportagem de uma hora para a Antena 1.
A escrever para as Selecções do Reader's Digest.
E para a Pais & Filhos.
E ainda (last but absolutely not least) para uma revista nova, que não tarda sai com um novo jornal.
Ah.
Pois.
E tenho 2 filhos.
Pequenos.
E uma barriga.
Grande.
Notícias recentes?
Há duas semanas fui a conduzir até às urgências do hospital, com um ataque de asma.
Cheguei, recebi oxigénio, desmaiei na sala de espera.
Um espectáculo.
Quando me foram apanhar, os enfermeiros perguntaram: Há quanto tempo não come?
Xinamen! Não comia há nove horas.
Pois.
E mais?
O Martim, o meu filho mais pequeno, continua a fazer-nos levantar da cama 10 vezes por noite. Quer dizer, eu, rotunda, já nem me levanto. Caguei. Ele aparece na nossa cama e das duas uma: ou o pai consegue acordar e levá-lo ou então fica. Que se lixe. Eu é que não posso, que estou grande, pesada e exausta. O pai acorda sempre e leva-o. Uma vez. Duas vezes. Três vezes. Normalmente à quarta caga também. E o puto fica. E a gente dorme com pés na cara, cotoveladas e cabeçadas a torto e a direito. Resignamo-nos.
No outro dia, na semana passada, apareceu às seis da manhã. Nada de estranho, se não tivesse aparecido de trotinete. Sim. O puto apareceu no nosso quarto montado na trotinete. Desmontou, trepou para a cama e ferrou a dormir. Enfim... veio de transportes.
De modo que é isto.
Não tenho conseguido cá vir.
Também pintámos o quarto dos rapazes e o quarto da Madalena. Eu cheia de contracções, de rolo na mão, zás e bumba, zás e bumba. Ficaram bonitos. Eu é que mais ou menos. Comecei a andar como uma patachoca - bombordo, estibordo, bombordo, estibordo - não tanto pelo peso da pança mas mais pelas dores na zona púbica... É lixado o que a oxitocina pode fazer nos nossos ossos e articulações.
Mais?
Nada.
Os miúdos estão de férias. Ora em casa da avó materna, ora em casa dos avós paternos.
O Manel descobriu o rádio (desaparecido há meses) que a prima lhe tinha oferecido, com auscultadores, e ficou radiante porque assim já pode "ouvir as notícias".
O Martim continua a repetir "Sexo" e "sexual", e confidenciou que tem uma namorada: a Marta, coisa de que já desconfiávamos, se bem que nos parece que a sua fidelidade nada terá que ver com a do irmão, eternamente apaixonado pela Patrícia, mesmo que ela não lhe ligue peva. O Martim beija raparigas nas revistas. Beija bonecas nos desenhos animados da televisão. Beija mulheres louras, morenas, quase todas giras. "Vou beijá-la", diz. E espeta beijos em tudo.
E é isto, pessoas.
Mais coisa menos coisa é isto.
Desculpem a ausência. Vou tentar vir cá mais vezes, que é para isso que não me pagam.
Agora vou ali ver uma série qualquer de crimes e investigadores e pistas invisíveis. Devo demorar uns 5 minutos (10, vá) a adormecer. Pelo menos hoje sei que o Martim não vai aparecer na nossa cama. Nem a pé, nem de trotinete, nem de patins. Ficaram a dormir na avó, já que amanhã também iam para lá. A ver se ainda sei dormir toda a noite. Como as pessoas.

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