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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Uma pontinha de satisfação

Hoje recebi uma mensagem que me encheu o peito. Não de orgulho, que orgulho é assim um sentimento que implica alguma sobranceria, mas mais de um calorzinho bom, assim como que um aconchego. Um conhecido editor brasileiro (Jorge Henrique Bastos) leu a via-sacra (reportagem que eu e o Orlando Almeida fizemos para a revista Notícias Magazine: http://www.dn.pt/revistas/nm/interior.aspx?content_id=3138773) e escreveu-me para dizer que tinha gostado muito. Mais: contou-me que José Ramos Tinhorão (jornalista, patriarca dos estudos sobre a Música Popular Brasileira, e pesquisador infatigável, apesar dos seus 85 anos) também tinha pedido à mulher para lhe ler o texto e que, a meio da leitura dela, não conseguiu conter as lágrimas e pediu a este jornalista e editor brasileiro que me escrevesse a dar os parabéns pelo trabalho. A via-sacra dos portugueses já chegou ao Brasil.
O que sinto, cá dentro, é um sentimento dúbio. Oscilo entre o agrado natural de ver que o nosso trabalho está a ter este tipo de reconhecimento (é sempre bom para quem gosta tanto da sua profissão) e a amargura de saber que é o meu país que tem estas histórias, tão tristes, para contar. Quem dera que não as tivesse. Infelizmente, com as notícias mais recentes, quer-me parecer que continuará a ter.

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