Uma das melhores decisões de 2016
Meter dois dos meus filhos na Academia de Sobrevivência foi, sem sombra de dúvida, uma das melhores decisões do ano.
Se o Campo de Férias Sniper já era um dos momentos altos das férias deles, imagine-se agora estender aquele conceito (acrescentando outras ideias e filosofias) ao ano todo. Com efeito, de 15 em 15 dias eles partem em missão, podendo a missão ser circunscrita ao lugar onde funciona o campo de férias (e que tem salas, piscina, campos de paintball e lasertag, matraquilhos humanos, escalada, slide, camarata de raparigas e de rapazes, zona de refeições) ou então ser uma missão ainda com mais aventura e que implica uma caminhada de vários quilómetros com um mochilão às costas, para acamparem algures na serra, faça sol, chuva ou frio, porque o que se quer é que estes miúdos cresçam sem as mariquices que tendemos a passar-lhes. Como diz o Nuno Avelar de Sousa (que está à frente da Academia), "temos a mania de ficar fechados em casa porque caem umas pinguinhas; depois vamos a qualquer país da Europa onde chove a sério grande parte do ano e vemos como não deixam de fazer absolutamente nada por causa da chuva! Esse é o espírito que lhes quero passar. Que com bons agasalhos, com impermeáveis, botas, protecção adequada... podemos fazer tudo!"
E tem ele toda a razão. Assim, aqui há umas semanas, lá foi a Madalena (o Martim esteve doente nesse fim-de-semana) para uma missão fora (chovia tanto nesse dia... e as previsões metereológicas para esse fim-de-semana? Praticamente anteviam o fim do mundo! A minha mãe só olhava para nós e dizia: "se fosse eu, nunca na vida deixava!" 😂)
Deixo-vos o vídeo, para terem uma ideia.
Adoro o conceito da Academia, adoro o Nuno, adoro os monitores. Acho mesmo que ele faz um trabalho notável com os miúdos, e nota-se bem o carinho e o respeito que todos têm por ele.
Acho espectacular que, nos dias de hoje, os miúdos tenham fins-de-semana totalmente ao ar livre, longe das tecnologias que os alienam, que aprendam a fazer pão, a orientar-se, que construam uma aldeia de raiz, que tenham aulas de Krav Maga para saberem defender-se, que lhes insuflem a autoestima ao mostrarem-lhes que sim, são capazes de tudo e mais alguma coisa. De 15 em 15 dias, é vê-los partir com as mochilas às costas, mesmo que chovam picaretas, para dois dias de aventuras espectaculares.
A única questão são os fins-de-semana anteriores a semanas com muitos testes. É certo que eles estabelecem tempos de estudo, mas para miúdos que ainda precisam ali de uma mão firme e de acompanhamento nem sempre é fácil. Tem de prevalecer o bom senso. Se estiverem bem preparados, vão, com o compromisso de muito estudo antes, durante e depois. Se não estiverem preparados... faltam à missão. Até porque daí a 15 dias... há outra!