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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Um fim-de-semana vinícola

No sábado de manhã chegámos à Herdade das Servas, em Estremoz. Tínhamos chegado na véspera, o dia amanheceu lindo, a piscina estava convidativa mas foi fácil convencer os miúdos a abdicarem dela porque lhes tínhamos falado em ir pisar uvas. Apesar de os mais velhos já o terem feito, numa casa familiar, já foi há muitos anos e têm pouca memória disso. 

A visita à adega foi muito interessante. A Mafalda e o André fizeram-nos a visita guiada, explicaram imensas coisas sobre os vinhos da Herdade das Servas, mas aquilo que mais memorizei foi o facto de ali não regarem as vinhas por opção. Ou seja, deixam a natureza cumprir o seu papel. Isto proporciona dois fenómenos distintos: por um lado, os vinhos são muito mais concentrados, por outro, a produção não é tão grande como seria se houvesse rega (mas o vinho seria totalmente diferente). 

Atentem que eu sou apenas uma leiga a falar destas coisas e a fazer o "resumo do resumo" do que me foi dito. Mas olhando para os vinhos da Herdade das Servas (e provando-os), nota-se perfeitamente que esta opção faz deles vinhos com características muito particulares. Para mim, que bebo vinho com alguma facilidade (leia-se "como se fosse água" 😂), noto que estes são vinhos que, mais do que serem bebidos, faz sentido serem degustados. Estarei porventura a dizer parvoíces mas é assim que o sinto. Há um sabor carregado que merece tempo. 

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Foto: Jerónimo Heitor Coelho 

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Este ano, está a demorar a que as uvas estejam no ponto para serem apanhadas. E foi por isso que a nossa experiência levou ali uma volta. Como só saltam para o lagar de mármore as uvas de alta qualidade, que prometem dar um vinho de topo, e como a apanha ainda não tinha começado, tivemos de saltar para uma cuba que tinha algumas uvas (porventura fruto da apanha possível) onde a pisa já é feita de forma automática (e não a pé, como nos lagares de mármore). Foi uma aventura entrar lá para dentro mas lá fomos (ia ser um bocado complicado, depois da visita inteira, dizer aos miúdos "ah, afinal não vão pisar uvas coisa nenhuma"). 

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Como não havia fato para a Mada e para o Mateus (não têm para miúdos tão pequenos) só puderam ir ao colo, até porque ela ficaria com uvas até ao pescoço e o Mateus ficaria submerso. Mas deliraram na mesma. Ela ainda pôde descalçar-se e experimentar pôr o pé. Já não me lembrava como é difícil andar ali, a tracção que aquilo tudo faz nas pernas. Só estivemos às voltas um bocadinho, imagino o que custará estar horas na pisa depois de já terem estado horas a colher as uvas, à torreira do sol! Ah, gente valente!

 

A seguir à visita, fizemos uma prova de vinhos. Que maravilha. A cor, o cheiro, o sabor. Amei sobretudo os brancos e o rosé. O tinto menos, mas também pode ter que ver com o calor que estava. Depois das provas, almoço no restaurante Herdade das Servas. O couvert começou logo bem com uma divinal manteiga de chouriço e o queijo de ovelha de Estremoz. Depois, entrou em cena o Bacalhau às Servas (sublime), seguido de Bochechas de Porco Preto Assadas no Forno (imperdível). Não comi sobremesa mas tinham todos óptimo aspecto.

Estes programas podem ser marcados em herdadedasservas.com e valem mesmo muito a pena.

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Depois do almoço... voltámos ao hotel que só tínhamos visto à noite, quando chegámos, e de manhã de raspão ao pequeno-almoço. E que lindo que é este hotel de charme no coração de Estremoz.

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Ficámos na única suite do hotel (que tem 41 quartos) e que fica, sozinha, no terceiro andar. Espaçosa e bonita. Com uma sala enorme, dividida entre sala de jantar (com mesa de refeição familiar) e sala de estar (com um sofá-cama onde dormiu a Mada), dois quartos e três casas de banho. O ex-libris da suite é o terraço, com vista para o casario. Aliás, os terraços (tem 3)! Mas o maior é de facto um charme!

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O nosso jantar no hotel foi excelente (comemos cação e estava tão boooom) e muito divertido. Os miúdos estavam particularmente inspirados. O facto de estar tão bom tempo e de podermos comer cá fora ainda tornou tudo mais agradável.

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 A cumplicidade destes olhares... 

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No dia seguinte... foi piscina até se lhes enregelarem os ossos!

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Muito bem tratados por terras de Estremoz!

Muito obrigada à Herdade das Servas e ao Pateo dos Solares por este convite tão bom. 

 

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