Toca e foge ou toca e sai?
Hoje, pessoas, vou ao médico. Ele vai fazer o "toque", que é, para quem não saiba, um belo petisco (uma espécie de caça ao tesouro feita por uma mão que entra por baixo e quase que sai por cima), vai ligar-me ao CTG, que é, para quem não saiba, uma bela seca (umas correias à volta da barriga imeeeeeenso tempo, para medir movimentos, batidas cardíacas e contracções), e depois dizer de sua justiça: se a coisa está a progredir bem, se o colo do útero já apagou alguma coisa, se ela encaixou mais ou não (aposto que não), se podemos continuar a imaginar um parto natural ou marcamos de vez a cesariana. Aí, vou ter de lhe pedir uma coisa: se a Madalena não estiver a sofrer, se estiver porreirinha, vou ter de pedir que a aguente mais uma semana inteira cá dentro, contra todos os meus desejos. É que, para a semana, o Manel e o Martim têm as festas de final do ano. Um no dia 24 (quarta), outro no dia 26 (sexta). E eu não gostaria nada de faltar. Claro que se a miúda resolver nascer, não conto enfiar uma rolha para a impedir! Mas... se for para marcar a pesca à Madalena, então esperava mais uma semana (oh suplício!!!!) para que os meus meninos possam exibir a ambos os pais as habilidades de que já são capazes. Ser mãe também é isto. Apesar de me sentir uma mistura entre a Fiona e a Moby Dick, de respirar com dificuldade e de não dormir porra nenhuma, queria muito estar presente no dia tão ansiado pelos meus rapazinhos. Ai, ai, a maternidade... Ninguém disse que era fácil.