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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Rota da Saúde #12: Quando levar a sua filha ao ginecologista?

 

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É uma dúvida comum à maior parte dos pais de meninas e ainda há uma semana uma amiga me falava sobre o assunto: A partir de que idade deve uma adolescente recorrer ao ginecologista? Sérgio Neves, pediatra especialista em Medicina do Adolescente da Clínica Lusíadas Almada e da Clínica de Stº António (onde é também coordenador da Unidade de Pediatria), diz que não há uma altura certa: "Depende de cada adolescente e do seu contexto familiar, cultural, social e étnico. As adolescentes entram na puberdade em idades diferentes (10-13 anos) e as mudanças físicas e os padrões de maturação psicoafetivos podem não ser coincidentes. Temos raparigas na primeira fase da adolescência (10-13 anos) que estão ainda centradas nas mudanças físicas e outras na segunda fase da adolescência (14-16 anos) que podem vivenciar as relações interpessoais e a intimidade”.

Irregularidades menstruais, hemorragias disfuncionais uterinas, dismenorreia (dores menstruais), hirsutismo (crescimento excessivo de pelos em zonas andrógenas), acne e contraceção são os principais motivos que levam as adolescentes a uma consulta de especialidade. Segundo Sérgio Neves, nem sempre é necessário recorrer a um ginecologista em matéria de desenvolvimento pubertário ou saúde reprodutiva. “O pediatra pode fazer esse acompanhamento se tiver formação”.

De qualquer modo, o início da vida sexual deve ser conversado, não só com os pais como com um médico de confiança (o pediatra) e o tema da contraceção deve ser abordado, quanto mais naturalmente melhor.

Ver mais AQUI

Rota da Saúde #8: Incentivar as crianças a fazerem listas de resoluções

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Muito melhor do que definir regras que os miúdos têm que cumprir é elaborar metas em conjunto, para que eles se sintam parte da solução. Nada como definir uma lista de resoluções para ajudar os nossos filhos a cumprirem objectivos, estimulando assim a sua autonomia. Podem sempre aproveitar a chegada de um novo ano. Uma espécie de "e agora vamos tentar fazer isto melhor!"

1. Preparar o desafio

A lista de resoluções deve ser levada a sério por toda a família. Assuma a solenidade do momento e converse com os seus filhos sobre o que gostariam de conseguir alterar no seu comportamento, as coisas que gostariam de aprender ou passar a fazer sozinhos e lance o debate sobre as melhores estratégias a adotar. Passar o compromisso a escrito é uma forma de o firmar — a lista pode depois ser exposta na parede ou registada num caderno especial. Não há uma idade certa para começar a fazer planos de longo prazo, mas é “entre os sete e os 12 anos” que o ritual faz maior sentido e cumpre a sua função. “Nesta fase, as crianças ainda não têm os seus hábitos enraizados”, explica Christine Carter, a autora do livro Raising Happiness: 10 Simple Steps for More Joyful Kids and Happier Parents (Educar para a felicidade: 10 passos simples para ter crianças mais alegres e pais mais felizes, em tradução literal), num artigo publicado no site parents.com.

2. Dar o exemplo

Os pais são o modelo dos filhos (não é por acaso que se diz "Casa de pais, escola de filhos") e a construção da lista de resoluções pode até ser mais divertida se estes se envolverem também. Pense em coisas simples que gostaria de mudar no seu dia-a-dia e comprometa-se também. A perfeição não existe e há sempre comportamentos que também pode modificar, seja fazer a cama ainda antes do pequeno-almoço ou não levantar a voz por tudo e por nada. Se a imaginação falhar, as sugestões dos seus filhos podem ser duras de ouvir, mas vão com certeza fazê-lo rir e ajudar a lembrar o que poderá alterar.

3. Mostrar-se positivo

A ideia não é listar uma série de obrigações e metas a atingir. “Em vez de apontar aquilo que ainda não fazem, lembre os seus filhos dos sucessos que obtiveram no ano anterior e de como os pequenos esforços souberam fazer a diferença”, aconselha Christine Carter. E exemplifica: “Como é que achas que podes usar essa estratégia que resultou com o piano para fazer outra coisa qualquer?”

Leiam o resto das sugestões (que são bem boas, por sinal) AQUI.

(esta rubrica é uma parceria com Lusíadas Saúde)

Rota da Saúde #7: Como lidar com o mau humor dos adolescentes?

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Sou uma afortunada (por enquanto, que cheira-me que quando chegar a vez da Madalena vai ser um vê se te avias). O Manel tem por vezes mau feitio e algum mau humor mas é raro (e, em bom rigor, quem não tem?). Regra geral é um miúdo incrível, que ajuda imenso, que resolve problemas como se fosse pai, que ralha connosco quando acha que estamos a deseducar o Mateus (e às vezes estamos mas a paciência já não é a mesma e praticamos muitas vezes o "deixa andar" para desespero do mais velho), que sai à noite de vez em quando mas sem exageros, que é super tranquilo, que estuda sem ser preciso mandar, que gosta de estar em casa, que não se isola no quarto sem pachorra para nós. O Martim, que vai fazer 14 anos, é o maior porreiro e nunca está de mau humor. É o que eu digo: é aguardar pela adolescência da Mada, que aí é que - acho - vão ser elas!

Bom, mas tudo isto para dizer que a adolescência pode ser uma fase conturbada. Podem existir guerras de palavras, conflitos com os pais, discussões a toda a hora que ameaçam dar cabo da harmonia familiar. O pediatra Sérgio Neves, da Clínica de Stº António e da Clínica Lusíadas Almada, diz que é importante ter noção de que a adolescência implica mudanças físicas significativas: "As hormonas sexuais influenciam o desenvolvimento do cérebro, modificando o comportamento do adolescente, nomeadamente ao nível do humor e da impulsividade, bem como os seus interesses e capacidades intelectuais".

A verdade é que, para os próprios jovens, também pode ser angustiante lidar com as mudanças de idade e, por isso, o ideal é que os pais tenham alguma empatia para com todas estas alterações de que eles estão a ser alvo.

 

Autoridade versus permissividade

Educar torna-se, nesta fase, quase sempre um quebra-cabeças para muitos pais. Muitas vezes, o que antes tinha um efeito positivo, de repente parece ter deixado de resiltar e vice-versa. "Será que sou demasiado autoritário? Ou, por outro lado, muito permissivo? Para o especialista, no entanto, a resposta é óbvia: nenhum dos métodos resulta. O melhor é mesmo optar por um meio-termo, recorrendo ao sempre tão elogiado bom senso e praticando aquilo a que se chama um "método autoritativo". Ou seja, uma educação baseada em:

- Regras bem definidas (de preferência discutidas previamente com o adolescente);

- Sanções conhecidas ao não cumprimento e com uma duração definida;

- Adaptação das regras e limites à maturidade do adolescente (flexibilidade, equidade e justiça);

Sérgio Neves lembra ainda que:

- As sanções não devem envolver actividades promotoras de saúde, como o desporto;

- Há que promover a autorregulação do adolescente (para melhor lidar com a frustração)

- Poderá ser benéfico chamar à negociação pessoas que sejam significativas para o adolesccente (por exemplo, outro familiar, um treinador, um professor);

- O diálogo deve ser tido depois do "episódio de conflito";

É importante promover e valorizar as qualidades e ganhos dos filhos.

 

"Onde é que eu errei?"

A experiência de Sérgio Neves permitiu-lhe, ao longo dos anos, identificar quais as situações que os pais devem evitar, de modo a facilitar a relação com os filhos adolescentes. Os erros mais comuns são:

- Exaltarem-se e perderem a calma;

- Os pais sentirem que já não são exemplo ou importantes na vida dos seus filhos;

- Os filhos serem vistos como um foco permanente de conflito;

- Não serem capazes de reforçar os ganhos e aspectos positivos dos filhos;

- Sentirem que estão sozinhos na educação dos seus filhos;

- Fazerem comparações entre os filhos e os seus amigos e/ou colegas;

- Projectarem nos filhos as suas próprias vivências como adolescentes;

- Não aceitarem a diferença (crenças, orientação sexual, opção religiosa...)

Por vezes há sinais de alerta a que os pais devem mesmo estar atentos. Leiam mais AQUI.

 

(esta rubrica é uma parceria com a Lusíadas Saúde)

 

Rota da Saúde #5: As crianças não precisam disso tudo

Smartphones ou tablets, roupa de marca, carro xpto para serem deixados em grande estilo à porta da escola, colégios caros, aulas de mandarim, judo, equitação, golf, harpa. Não estou a dizer que é mau se tiverem tudo isto (se bem que, no caso das actividades extra-curriculares, é sabido que o excesso não traz vantagens, pelo contrário). O que estou a dizer é que não PRECISAM disso tudo. Está provado: aquilo de que as crianças mais precisam é... amor. Atenção. Sentir que os pais as valorizam, as consideram, as amam. 

Catarina Prior, pediatra do neurodesenvolvimento do Hospital Lusíadas Porto explica que não há propriamente sinais de alarme específicos, porque eles podem traduzir outras situações problemáticas, mas aponta alguns que podem ser sinónimo dessa falta de atenção: "Nos mais pequenos birras excessivas e desadequadas à idade, bem como agressividade (auto ou heteroagressividade), constituem frequentemente formas de chamada de atenção aos pais. Se pensarmos um pouco percebemos que não é incomum que as crianças recebam maior atenção quando estão a ter comportamentos desajustados, incorretos: quando uma criança se porta mal, os pais vão parar o que estão a fazer para a repreender; ao fazê-lo, estão a dar à criança a atenção que procurava e, por essa via, a reforçar positivamente o mau comportamento que pretendiam extinguir…Também o isolamento, a pouca curiosidade e a escassa interação com o meio, assim como alterações do sono e do comportamento alimentar habitual, deverão ser motivo de alerta para os pais, bem como comportamentos de insegurança, como querer dormir com os pais e não querer separar-se deles. O desenvolvimento de medos excessivos pode também ser um sinal de que a criança sente a falta da atenção dos pais. Em crianças mais velhas e adolescentes, estes sintomas podem também estar presentes, mas também uma dependência exagerada das redes sociais deverão alertar os pais. A diminuição do rendimento académico e o desenvolvimento de comportamentos de risco deverão ainda constituir um sinal de alarme para os progenitores."

Saibam mais sobre as pistas que a criança dá quando precisa de atenção, nomeadamente as consequências para o neurodesenvolvimento, AQUI.

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(esta rubrica é uma parceria com a Lusíadas Saúde)

 

Rota da Saúde #4: O vosso filho vai de férias com os amigos?

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Ora aqui está um post que vem mesmo a calhar. Em férias anteriores o Manel já foi para casa de amigos, onde estavam os pais desses amigos, mas este vai ser o primeiro ano em que vai de férias com os amigos sem pais por perto. Tem quase 17 anos, faz sentido, mas fica sempre aquele "glup" na garganta, por pequenino que seja. Por acaso ele é muito atinado, o grupo também é tranquilo, mas uma pessoa nunca sabe se não lhes dá na cabeça porem-se com desafios parvos e, com piscinas por perto (e mar), ainda dá mais nervoso na pessoa. 

A primeira ida de férias de um adolescente sem os pais será sempre um momento difícil para os pais. “Apesar de todo o trabalho antecipatório possível (e desejável), nada prepara devidamente os pais para estas primeiras – eu diria mesmo para todas as – saídas dos filhos do seu ‘ninho’”, reforça o pediatra Hugo Braga Tavares, coordenador do Centro Multidisciplinar do Adolescente do Hospital Lusíadas Porto, acrescentando que “os pais só descansarão quando, finalmente, os filhos regressarem a casa ‘sãos e salvos’”.

Mas... haverá uma idade certa para os deixar ir?

Filipa Rouxinol, psicóloga do Centro Multidisciplinar do Adolescente do Hospital Lusíadas Porto, acredita que “a partir dos 17/18 anos, os adolescentes já terão desenvolvido competências essenciais, as quais podemos associar à maturidade, e que lhes permitirão ir de férias com os amigos”. Mais do que guiar-se por uma idade certa, o importante é avaliar as competências do adolescente em questão. Filipa Rouxinol indica a regulação emocional, a assertividade, a humildade e a capacidade de planeamento e antecipação de consequências como as competências principais que já devem ter adquirido, antes de os deixar ir de férias sozinhos. "É importante que já sejam capazes de tomar decisões razoáveis, seguir instruções, controlar a frustração e lidar com problemas do quotidiano. Também convém que sejam já capazes de discordar de outra pessoa, defendendo um ponto de vista sem serem desagradáveis. Serem capazes de reconhecer o valor dos conselhos e opiniões de pais e dos professores, bem como perceberem o que necessitam para atingirem determinados objectivos, antecipando consequências positivas ou negativas."

Que condições mínimas devem estar reunidas?

O coordenador do Centro Multidisciplinar do Adolescente do Hospital Lusíadas Porto, Hugo Braga Tavares, destaca o que deve ter sobretudo em conta:

– O local e as condições esperadas;
– As deslocações (de ida e volta; e possíveis deslocações diárias já no destino de férias);
– Os amigos que vão (é importante que os pais os conheçam antes da viagem);
– Possíveis adultos de referência, como um familiar de algum dos amigos ou mesmo um senhorio, que possa estar presente nas férias e garantir alguma supervisão;
– Contactos (cobertura de rede, horários e números do local e contactos de emergência).

E de que perigos falamos, quando falamos em férias de adolescentes sem adultos por perto?

Consumo excessivo de álcool ou de drogas;
Roubos ou ameaças à integridade física;
Relações sexuais desprotegidas, com possibilidade de transmissão de infeções sexualmente transmissíveis ou gravidez indesejada;
Ceder à “adrenalina” ou à pressão do grupo, com consequentes comportamentos de risco.

 

Glup. Mas não podemos esquecer que este é sem dúvida um passo importante na sua autonomia e que, em bom rigor, não os podemos proteger de tudo para sempre. É preciso conversar, aconselhar, porque mesmo que nos pareça que não nos ouvem (e é um bocadinho verdade), há sempre qualquer coisa que fica.

Leiam o resto do artigo AQUI, para saberem que recomendações e alertas devem dar, outras questões práticas a conversar, e como garantir a sua segurança.

 

 

 

Rota da Saúde #3: Os brinquedos influenciam o futuro das crianças?

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Quando a McDonald’s Portugal decidiu passar a oferecer brinquedos unissexo nos menus Happy Meal, as caixas de comentários à notícia encheram-se de opiniões de pais a favor e contra a decisão. Para uns era uma decisão ridícula, uma cedência ao politicamente correcto, para outros era apenas o assumir de que os tempos mudaram e essa ideia do rosa para as meninas e o azul para os meninos já não faz sentido. 

Sandra Borges, pedopsiquiatra no Hospital Lusíadas Porto, refere que a discussão não é nova e que divide a própria comunidade científica: “As questões relacionadas com as diferenças de género e entre os cérebros masculino e feminino são ainda muito polémicas. Alguns estudos referem interações neuronais entre hemisférios específicas do cérebro feminino, outros sugerem que apenas existem diferentes tipos de cérebros independentemente do género”.

Para a médica, a questão é bem mais simples do que parece: “O mais importante é a criança ter acesso a estímulos variados e poder escolher com liberdade se quer brincar com a bola, o bebé ou o carrinho”. Ou seja, se o seu menino gosta de brincar com bonecas não vem daí mal ao mundo, e se a sua filha gosta de brincar com carrinhos é deixá-la à vontade. O importante é essa liberdade de escolha e perceber que não são os brinquedos que definem o género ou a orientação sexual.

Brincar é muito importante e os estudos científicos comprovam-no. Os brinquedos estimulam o desenvolvimento, quer no que diz respeito à motricidade e ao raciocínio, quer no que concerce o treino das competências sociais. Para a pedopsiquiatra Sandra Borges, avessa a condicionalismos de marketing e consciente do papel didático dos brinquedos, a questão não deve ser sobrevalorizada. Muitas vezes, “menos é mais”, e é importante que os pais tenham noção de que com os objetos do dia a dia e até “num passeio no parque, a brincar com pedrinhas e folhinhas, se podem trabalhar as mesmas competências”, afirma. Seja como for, para a especialista a decisão da McDonald’s “faz todo o sentido”, e é positivo que os pais exerçam um papel regulador, assegurando que no quarto do filho existe uma cozinha ou há dinossauros na estante cor-de-rosa da filha. Não adianta ter Barbies de todas as cores se o comportamento dos próprios pais e da sociedade denota uma postura racista – “as crianças são peritas a detetar incongruências”, alerta. 

Ver o artigo completo AQUI.

(esta rubrica é uma parceria com a Lusíadas Saúde)

Rota da Saúde #2: Estratégias para os nossos filhos comerem legumes

São raríssimos os pais que não se queixam. Não tem que ver com preferência clubística mas a verdade é que a cor verde num prato provoca muitas vezes um ataque de nervos nos miúdos e, consequentemente, em toda a família. Geralmente o "come que te faz bem" não surte qualquer efeito e os pais começam a entrar em parafuso por acharem que há ali nutrientes que estão a faltar aos filhos por simples embirração com aquela cor.

Ana Rita Lopes, coordenadora da Unidade de Nutrição Clínica do Hospital Lusíadas Lisboa, explica que as escolhas ou recusas alimentares são formas de a criança "exercer controlo sobre o ambiente que as rodeia" e que, "após a primeira recusa, por exemplo, de legumes, não se deverá insistir de imediato, pois irá criar um ambiente negativo e tornar a aceitação ainda mais difícil." No entanto, a nutricionista relembra que a American Society for Nutrition "sugere aos pais que incentivem as crianças a provar 8 a 12 vezes o alimento que recusaram, para que se adaptem ao novo sabor."

Uma das dicas que Ana Rita Lopes deixa - e que apesar de simples tende a ser muitas vezes esquecida - é a de elogiar a criança sempre que ela experimenta um alimento novo. Essa é, ao seu ver, uma forma que a criança tem de agradar à família. A segunda dica é a sopa! "A sopa é um bom exemplo de como ingerir um conjunto vasto de legumes de forma simples, conseguindo-se assim um bom aporte de vitaminas e minerais."

Então e estratégias para os legumes puros e duros?

"Envolver as crianças na escolha, na preparação e na apresentação dos alimentos é uma delas. Procurar escolher legumes de cores diferentes, para despertar a sua curiosidade, é outra. Criar bonecos com brócolos e cenouras ou cortar os vegetais em forma de animais ou estrelas é outra boa sugestão para cativar os mais pequenos."

Mas há mais! Podem ver estas e outras estratégias AQUI.

BOA SORTE!

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Rota da Saúde #1: Como podemos ajudar os nossos filhos a desenvolver a autoconfiança?

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Nesta nova rubrica, que é uma parceria entre este vosso humilde blogue e a Lusíadas Saúde, os melhores especialistas respondem a várias questões que se prendem com a saúde. 

Ora, para darmos início a estes conteúdos nada como começar pela autoconfiança. Pode parecer coisa pouca mas - sabe-se hoje - é de toda a importância para um crescimento saudável. A verdade é que todas estas preocupações com a parte psico-emocional das crianças é muito recente. Quando eu era miúda não se falava de nada disto e era muito comum os nossos pais dizerem-nos coisas que não eram lá muito favoráveis para a solidificação dessa autoestima. Hoje pensamos duas vezes antes de dizer a um filho "mas tu és burro ou quê?" (se bem que já o disse no auge da irritação, por exemplo enquanto estudava com eles). Também é verdade que nós, os que vivemos por cá antes de alguém dar algum crédito aos psis, sobrevivemos a este tipo de coisa e a tantas outras (há um bocadinho mais de tempo, por exemplo, era normalíssimo as crianças comerem na cozinha, estando-lhes vedada a mesa da sala e a conversa dos adultos), mas provavelmente muitos de nós com alguns problemas de autoconfiança que podiam ter sido evitados.

 

Para a Drª Mónica Figueira, psicóloga do Hospital Lusíadas Lisboa, tudo começa por um bom vínculo com a figura materna: "A qualidade do vínculo emocional com a figura materna ou figura cuidadora é muito importante, uma vez que é a mãe a primeira figura com quem o bebé cria uma relação e interação. Na dependência da qualidade desta primeira relação (entre a mãe e o bebé) será arquitetado todo o seu desenvolvimento, quer do equilíbrio psíquico quer em termos da organização da sua personalidade. Se a criança não tiver uma relação segura e de qualidade com a mãe ou com a figura cuidadora, pode vir a experienciar níveis elevados de angústia e de frustração."

Quando as crianças têm uma baixa autoconfiança na infância, podem transformar-se em adultos com problemas diversos: "Podem surgir comportamentos agressivos, baixo rendimento profissional, baixa autoestima, sentimentos de culpa, alterações ao nível da alimentação e do sono, alcoolismo, toxicodependência, depressão, e podem existir ideias de morte ou suicídio."

Então e quais são os principais erros que os pais podem cometer e que podem afectar a autoconfiança da criança? Mónica Figueira explica: "A relação saudável entre pais e filhos faz-se através de atitudes de respeito e da criação de laços afetivos e não através do medo. Os pais cometem erros e um desses erros é a incapacidade de dizerem “não”. As crianças aprendem primeiro a dizer “não” e só mais tarde o “sim”. O “não” remete para os limites. É impossível crescer de forma saudável sem regras nem limites."

Mas há outros erros e sinais de alarme a que os pais devem estar atentos.

Podem ler o artigo da Drª Mónica Figueira na íntegra AQUI