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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Mada no seu melhor

A Madalena é uma chatinha com os pés. Por ela, só calçava ténis e estava o assunto arrumado. Claro que depois fica toda vaidosa quando calça outra coisa (e veste outra coisa que não seja um fato de treino) mas no dia-a-dia quem lhe tire os ténis é vítima de um olhar assassino, se não for de um protesto mais aceso.

No fim-de-semana fomos fazer uma sessão fotográfica de Natal, com a Inês CM, da After Click, e lá foi ela, toda arranjadinha. Os sapatos que levava eram uns clássicos, da Pisamonas, super confortáveis mas, claro, o seu pé está acostumado a andar à solta em ténis largueirões e, por isso, sempre que usa algo mais estreito... queixa-se. Eu, para lhe calar o protesto, digo sempre a mesma coisa:

- Já passa. Isso é uma questão de hábito!

Sempre. É sempre, sempre, sempre esta a minha resposta aos seus lamentos de que lhe dói o pé não sei onde. E, efectivamente, costuma ser mesmo só isso. Uma questão de habituar o pé àquela nova forma.

Este domingo, estávamos nós a arranjar-nos quando ela chegou junto a mim, apontando a parte lateral do pé, e declarou:

- Tenho uma questão de hábito aqui.

😂😂😂😂😂😂😂

Captura de ecrã 2018-12-04, às 10.56.54.png

 

 

Mada no seu melhor: religião

Estava eu a contar um episódio de uma amiga, que é evangélica, quando a Mada se interessou pelo tema:

- O que é isso?

Tentei, dentro das limitações da minha parca cultura religiosa, explicar as diferenças entre católicos e evangélicos. E, entre elas, falei no facto de os pastores evangélicos poderem casar, ao contrário dos padres católicos, que têm de permanecer castos. Ela ouviu tudo e, quando terminei, depois de um breve silêncio, concluiu:

- Olha, então acho que não sou católica. Acho que sou "evanjólica".

😂

 

Mada no seu melhor

Mada para o irmão Martim:

- Se pudesses escolher um destes super poderes, qual escolhias? Super força ou super inteligência?

O Martim pensou um pouco e, provavelmente decidido a surpreendê-la, respondeu:

- Super inteligência.

Ela sorriu, com um certo desdém.

- Pois. Eu não. Eu escolhia super força porque super inteligência já eu tenho.

 

Auchhhh 😳

(depois admira-se de ser considerada pelos irmãos como "super irritante")

 

 

Mada no seu melhor

Anteontem, depois do piano, a Mada esteve a fazer os trabalhos de casa. Depois de terminados os trabalhos, ela quis estudar inglês porque hoje havia teste. Pediu-me para lhe fazer perguntas e assim foi.

Às tantas, mandei-a lavar os dentes e ir para a cama. A chegar à cama, diz-me:

- Mãe, eu sei que já é tarde... mas posso ler mais um bocadinho da Bíblia?

Deixei, claro.

Como não deixar crescer esta peculiar semente que germina, contra todas as expectativas?

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Mada no seu melhor

A Madalena tem um cabelo que é como ela: rebelde. É liso mas cheio de jeitos e, se não for domado, facilmente a miúda parece um pequeno selvagem. Na generalidade dos dias, não é domado. E na generalidade dos dias, ela parece um pequeno selvagem. Nunca quer levar ganchos, há muito que rejeita os laços, recusa bandoletes, fitas, elásticos, tranças. Anda uma mãe a criar uma filha para isto. Enfim.

Ontem decidi experimentar aplicar a prancha (já que o secador não resolve). Estive ali cheia de paciência, depois do banho, a esticar-lhe a melena com muito tempo e primor. Ela, estranhamente, deixou. Mais estranhamente ainda... gostou. E, no final, gostou tanto que parecia não se reconhecer. E, a certa altura, olhando-se no espelho, pergunta:

- Porque é que fiquei com cara de Teresinha?

 

😂 Para ela, o cabelo tão lisinho fez com que ficasse com cara de menina delicada. E menina delicada, para ela, tem nome de Teresinha. Tão bom.

 

Mada no seu melhor

Ontem, quando vimos o grupo de praxados e praxadores, a Mada ficou muito espantada e quis saber o que raio vinha a ser aquilo.

Expliquei.

Abriu muito aqueles olhos grandes e não disse coisa alguma, que é sinal de que, não tarda nada, vem aí coisa maior, seja pergunta ou afirmação. Foi pergunta.

- Eu também vou ter de aturar isto?

Ri-me. E comecei a aligeirar, dizendo que era uma forma de toda a gente ficar a conhecer-se, que se não houvesse excessos até era divertido (no meu caso foi), que se construíam boas relações, e que os caloiros estavam, na verdade, a divertir-se.

Ela ouviu tudo, com a boca muito fechada, o que acontece quando está mesmo atenta, a absorver cada palavra. Depois, olhou de novo para o grupo. Os caloiros não sorriam. Tinham as mãos atrás das costas, a cabeça baixa, ao mesmo tempo que escutavam palavras de ordem atiradas em grito. Voltou os olhos na minha direcção e eu já sabia que estava feita ao bife. 

- É. Não há dúvida de que se estão a divertir imenso. A sério que eu vou ter de aturar isto?

Mada no seu melhor

Acordou e veio ter comigo à cama.

- Ontem deste-me beijinho quando chegaste?

- Dei, pois.

- Deste? Não senti.

- Isso foi porque estavas a dormir muito bem.

- Ah... Olha, tenho uma coisa para te contar - baixando muito o tom de voz até se tornar apenas um sussurro.

- Então?

- Pus um dente debaixo da almofada para...

- Ai, Mada, não estou a ouvir nada! Fala mais alto!

- Não posso porque senão a fada ouve!!!!! Pus um dente que já me tinha caído há muito tempo debaixo da almofada, a ver se a fada me traz um presente!

- Ah, mas isso não vale! Tu sabes que a fada só dá presente quando cai o primeiro dente! Achas que a consegues enganar?

- Não sei.. vamos lá ver!

Chegadas ao quarto, ela levantou a almofada para constatar, com desânimo, que o dente continuava lá e não tinha sido substituído por nenhum presente.

- Ora bolas! - lamentou.

- Eu avisei-te. Então tu achavas que conseguias enganar as fadas?

- Pensei que talvez... talvez não tivessem os registos!