Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Soft opening

Com esta maravilha de me ter tornado freelancer (e mais tarde empresária - dá-me sempre vontade de rir esta terminologia porque é uma nano-micro-empresa em que eu sou a patroa e a empregada) posso permitir-me este supremo luxo de regressar devagarinho. Ontem os dois mais pequenos já tinham escola (um a escola normal, o outro actividades pré-escola) mas optei por não os mandar. Ficámos em casa, eles a matar saudades de cada canto (não estavam em casa há quase dois meses), eu a desfazer as malas e a arrumar roupas em roupeiros vários e a fazer máquinas de roupa e a estender. Ontem avisei que iriam voltar à escola porque a mãe precisava voltar ao trabalho e o Mateus avisou de volta que não estava nessa disposição (o regresso custa a todos). De manhã, o mesmo. Estava inflexível. Não vou, não vou, não vou. Como a veia comercial já começa a pulsar dentro de mim, decidi negociar. "Então fazemos assim: vais só um bocadinho. Almoças e a mãe vai-te buscar. Não dormes a sesta. Ok? Assim para começar." Ele convenceu-se. Levei-o até à sala nova, às educadoras novas, temi o pior (temo sempre o pior). Ele sorriu muito e alertou: "Fico mas só um bocadinho!" Expliquei que o iria buscar logo a seguir ao almoço. Trabalhei o mais que pude de manhã. E, à hora certa, lá estava para o ir buscar. Ele deu aquele abraço e fez aquele sorriso de quem viu uma promessa ser cumprida. É tão bom quando eles sabem que podem confiar na nossa palavra. Palavra de pais cumprida é meio caminho andado para uma boa vida (acabei de inventar um provérbio). 

Amanhã a ver se já dorme. Ou então depois de amanhã, logo se vê. Em podendo ser devagar, porquê ser depressa? 

3 comentários

Comentar post