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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Setembro

Na verdade, não gosto de Setembro. Setembro é fim de férias. É regresso à rotina depois de uma paragem boa no tempo, tão boa que implica quase sempre uma reaprendizagem das rotinas de sempre, quase como um reaprender a caminhar. Não gosto do início das chuvas. Não gosto do começo das aulas e do frio na barriga sempre que um dos meus filhos entra pela primeira vez na escola ou muda para uma escola nova. De ficar todo o dia com um nó na garganta, a imaginar como se estará a sair, se estará a sentir-se perdido e sozinho e com vontade de fugir dali para fora (sim, talvez não ajude lembrar-me bastante bem do quanto chorei nos primeiros dias da Infantil). Setembro é mês de apresentar novos projectos - e isso é bom - mas implica esforço, obriga a sair da zona de conforto, e esse movimento custa mais quando se está em modo letárgico pós-férias e quando os miúdos ainda não recomeçaram as aulas e aquilo que devia ser uma intensa actividade passa a ser um arrastar penoso, a meio gás, interrompido por solicitações de miúdos impacientes e sem nada para fazer. Setembro cola-se ao corpo. Está abafado mas já chove, não é carne nem é peixe, nem sandálias nem botas, nem preto nem branco. Meias tintas. Meio gás. Meia vida. 

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