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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Pumbas!

No sábado caí. Estatelei-me ao comprido. Foi triste. Deprimente, mesmo. Saí de casa ainda não eram oito da manhã. Tinha acordado às 6.30 e achei que me fazia mais que bem dar corda aos sapatos, a ver se ajudava a gravidade a fazer o seu papel. Vesti um vestidinho vaporoso, as minhas Fly novinhas e de cunha generosa, e lá fui. Fechei a porta devagarinho e deixei a família toda a dormir.
Ia gorda e feliz. Andei, andei, andei. Na volta, tencionava ir comprar os jornais, seguir para a esplanada de sempre e ficar ali, com o meu sumo de laranja natural, o meu pãozinho com manteiga e as minhas leituras. Estava contentinha e quase me apetecia saltar (o que, além de tremendamente arriscado seria perfeitamente patético). No momento seguinte, voei. Um pé posto em falso e lá foi a Maria gorda de joelhos ao chão. Sangue por todo o lado, pedrinhas encrustadas no joelho esquerdo, um dedo todo lixado, e uma mão e um cotovelo. Dores, dores, dores. A barriga safou-se do embate mas o resto estava uma lástima. Não me conseguia mexer e eis que vi um carro da polícia parar. Saíram 3 senhores agentes, amorosos, que me içaram (a palavra é mesmo essa - içaram), que insistiram para me levar ao hospital, que acabaram por me dar boleia até casa, a dois quarteirões.
O Ricardo, coitado, acordou com a campainha e comigo do outro lado da porta, sangue a escorrer por sítios vários, a morder o lábio e a pedir desculpa. "Não te queria acordar mas... caí". No momento seguinte, lá estava ele, o meu bombeiro outra vez de serviço, com compressas e Betadine, ele que nem sabia que eu tinha saído de casa para uma das minhas caminhadas, a rogar pragas às Fly, "Mas quem é que se põe a andar, grávida, em cima de umas tamancas desta altura???"
E pronto. Agora saio de casa para andar, com as patas enfiadas nuns ténis, muito menos elegantes e giros, mas mais à prova de mulher redonda em busca do equilíbrio suficiente para se manter de pé.

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