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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

O que nos faz puxar o gatilho

Do nada, assim do nada, um homem de 41 anos mata o pai, a mãe e a avó.

Um homem aparentemente normal, uma família aparentemente normal.

Diz a prima, que assistiu ao massacre, que tudo começou quando alguém naquela noite lhe deu um patinho bebé e, de seguida, a mãe revelou, num tom ligeiro e até divertido, que ele, em criança, tinha matado uma ninhada de patinhos. Nisto, ele levanta-se, diz que vão acabar todos mal, sai de cena, volta com uma caçadeira e arrasa com o pai, a mãe e a avó. A seguir, suicida-se.

E eu pergunto: quantas pessoas aparentemente normais andam por aí num limbo que ninguém sonha?

Quantas pessoas estão à beira de um abismo semelhante?

Qual é a linha que nos separa, a nós pessoas aparentemente normais, de uma atitude tresloucada destas?

Estas coisas perturbam-me muitíssimo. Assustam-me. A insondabilidade do nosso cérebro é profundamente inquietante.

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