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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

O peso de um nome

É tramado, isto dos nomes. Por exemplo, eu chamo-me Sónia. Onde, por amor da santa, teriam os meus pais a cabeça para se decidirem por este nome? Sónia? Sónia? Really? É feio. É foleiro. Não gosto (desculpem lá Sónias por esse mundo afora). Com tantos nomes disponíveis, não é verdade? Podia bem chamar-me Carolina. Maria. Carlota. Constança. Havia até uma tia velha, que criou o meu pai, chamada Constança! Não se percebe: tanta gente a homenagear tias Umbelinas e Zulmiras dando às filhas esses nomes difíceis, e depois os meus pais têm na família uma Constança tão querida para homenagear e quê? Sónia. Está certinho.
Estive mesmo quase a ser Filipa. Não me perco de amores por Filipa mas era seguramente melhor que Sónia. Só que, ao tempo, havia na televisão uma série com um golfinho chamado Flipper. Lixou-me. O meu pai achou que as pessoas iam chamar-me golfinho. Oh, senhores! Mas ainda há por aí alguém que se lembre do Flipper?
Como se não bastasse, deram-me um segundo nome. Eu sou Sónia... qualquer coisa. Nah, não revelo. Há flagelos pessoais que não vale a pena partilhar.

Bom, estou para ver se os meus filhos, um dia, estarão a insultar-me por causa dos nomes que lhes dei. É possível. Os pais escolhem os nomes de que gostam e os gostos dos filhos não são iguais aos dos pais. Logo... pode sempre haver um desencontro. A maçada é que é um desencontro para toda a vida. Para todo o sempre. O Manuel, por exemplo, odeia o seu nome quando dito correctamente, com o «u». Já Manel... escapa. Os outros, até ver, não se insurgem. Até ver...

E por aí? Há gente com nomes que lhes revolvam as entranhas?


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