O melhor do mundo
Antes, quando este blogue não era conhecido, podia desabafar sobre as minhas criancinhas. As 50 pessoas que me liam gostavam, reviam-se, não se sentiam tão sozinhas nas suas agruras domésticas e assim se fazia uma bonita terapia de grupo. E grátis.
Agora, ao mínimo desabafo, vem a polícia de costumes insurgir-se contra mim porque:
- tenho 4 filhos que não têm culpa de ter nascido;
- tenho uma boa vida, faria se não tivesse;
- tenho uma empregada, faria se não tivesse;
- tenho filhos saudáveis, faria se não tivesse.
De modos que agora só posso dizer como são adoráveis, mesmo que estejam - como estão agora - todos aos gritos uns com os outros, "ele tem tudo em cima da minha secretária!", "ele bateu-me!", tão queridos nas suas idiossincrasias, a miúda possessa a pedir para brincar com ela quando tenho de dar banho ao pequeno e ainda tenho de fazer o jantar, tão opinativa e engraçada, e o bebé que está cada dia mais embirrante, perdão, impositivo, e aquele rasto de migalhas pela cozinha só pode ser interpretado como um divertido jogo que eles deixaram para eu me entreter, amorosos. Doçuras da sua mãe.