Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

O fim da amizade é um tabu

E ESTA reportagem é tão importante. Ter-me-ia feito ainda melhor lê-la há 3 anos. Talvez não me tivesse sentido tão sozinha. Mas agora também soube bem. Está lá tudo: a culpa, a frustração, a busca incessante pela falha, a confrontação de nós com um "eu" que não reconhecemos. 

Perder um amigo dói tanto como perder um grande amor. Perder um amigo pode ter um impacto quase tão profundo como um divórcio. Sobretudo porque tudo nos prepara para o fim das relações amorosas mas nada nos prepara para o fim de uma amizade, tal como se diz nesta belíssima reportagem da 2.

«"Quando o amor acaba, a tragédia é minimizada porque já sabíamos que "o amor acaba". O fim de uma amizade é uma surpresa mais chocante", escreveu numa crónica para o PÚBLICO, em 2008, intitulada Teoria geral do ex-amigo. "A mitologia diz que os amigos são indestrutíveis e eternos. Há, por isso, um grau de decepção no fim de uma amizade que cobre de vergonha os envolvidos."

De um amor que desaparece pode dizer-se que se confundiu o amor com uns olhos azuis, como ironizava Mexia na crónica. "Nunca mais me apaixono", ouve-se tantas vezes. Vale o que vale, mas quem já não viu alguém mais ou menos abalado fazer essa promessa? 

Bem mais improvável será ter ouvido: "Nunca mais vou ser amigo." Em suma, diz Mexia: "Nunca achei que a amizade fosse mais importante do que o amor, nunca comprei essa tese, mas, curiosamente, do fim do amor pode falar-se abertamente", as pessoas acham isso normal. Enquanto do fim da amizade "tem-se pudor em falar".»

end friendship.jpg

 

25 comentários

Comentar post

Pág. 1/2