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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Não dói, morreu, está morto, mortinho

O meu dente foi finalmente exterminado!
A dentista cheia de medo. A anestesiar. Depois a introduzir o aspirador na minha boca, temendo que eu gritasse, como da outra vez, só com a dor causada pelo frio.
- Não dói?
Não doía.
A seguir, a dentista a experimentar a água fria directamente no dente. A medo. Sempre de olhos postos nos meus, à procura de sinais de sofrimento.
- Não dói?
Não doía.
Em seguida, a dentista a escavar, a escavar, com a broca maldita. Eu, que cortei as unhas rentes com medo de me mutilar (da outra vez fiz vincos fundos na minha carne, de tanto fincar as unhas), só imaginava a broca a chegar ao nervo e aquela dor a dilacerar-me de novo.
Mas não.
A broca chegou, enfim, ao nervo. E aí, dentista e assistentes bateram com as mãos umas nas outras, como quem dá cinco. Felizes, aos vivas!
- Chegámos ao nervo! Chegámos ao nervo! E não lhe doeu! Boa! Vamos dar cabo dele!
E deram.
E não doeu.
Bendito anti-inflamatório. Bendito Dr. Fernando Cirurgião (a consultinha já está marcada, já não sou uma grávida orfã de obstetra).
Sou uma pessoa muito mais feliz.
A sério.
É incrível como se dá valor à ausência de dor quando se tem dores de verdade.

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