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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Mantinha

Sempre que via no trânsito uma mota daquelas com uma mantinha a tapar as pernas tinha pensamentos contraditórios:

- Bah! Que mariquice! Motard que é motard tem de rapar frio, chuva, calor, granizo, intempérie. É isso que faz de um motard um motard! Entregar o corpo aos elementos! Se é para estar de mantinha comprem um carro! Bah! Meninos!

Numa parte escondida do meu cérebro, o pensamento era outro:

- Hummmm... deve ir quentinho aquele fulano debaixo da manta... Não fica muito motard mas... lá quentinho deve ir. E se chover não se molha, enquanto que eu... vou ficar um pinto motociclista. 

Ontem fui com a mota à revisão. Quando a fui buscar, perguntei se tinham a dita cobertura para as pernas. Disseram que sim. Decidi desabafar os meus pensamentos: "Sempre achei isso um bocado parvo. Afinal, motard que se preze é rijo! Não tem cá mantas!" A funcionária, ela própria dona de uma mota, riu-se:

- Mas olhe que é cá um conforto...

Num impulso, decidi comprar. Montaram aquilo (que fica aparafusado à mota até o Inverno ir embora) e saí já devidamente tapada. Pronto, é verdade que pareço uma velhinha ao borralho. Perdi qualquer pinta que pudesse ter, quando por vezes montava de vestido e salto alto. Mas que se lixe. Começo oficialmente a entrar na idade em que o desejo de conforto se sobrepõe ao desejo de ter um look estiloso. De maneira que hoje lá saí de casa, de vestido, salto alto, e a minha mantinha pelas pernas. Aaaaaaaaaaaaaah, maravilha.

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