Eu, mariquinhas me confesso
Esta história do meu joelho não tem importância alguma. Nada. Zero.
Em princípio, se tudo correr bem, em breve estarei de volta às caminhadas, às corridas, e a tudo aquilo de que gosto de fazer. Ontem já consegui ir ao cinema sem canadianas.
Há pessoas que um dia perderam a capacidade de andar e que nunca mais o vão poder fazer.
Essas pessoas, sim, são heroínas por ultrapassarem tamanhas adversidades que a vida lhes colocou.
Sim, eu fui mariquinhas e choramingas.
Sabem que mais? Nem eu me reconheci. Ainda estou para perceber o que raio foi aquilo e por que razão me bateu tanto. Tenho andado para aqui danada comigo, porque me julgava muito mais forte do que isto. E afinal não.
Já passei por coisas muito mais duras que ultrapassei de forma racional e inteligente e valente. E agora veio um menisco e trouxe toda esta frustração desproporcional, como se fosse o fim do mundo. Há cenas mesmo esquisitas. Mesmo esquisitas.
Mas pronto. As coisas são como são e deve haver uma razão qualquer para eu ter sentido isto desta forma hiperbólica. Ou então era mesmo só o universo a querer mostrar-me que não sou tão tesa como achava que era.
Ponto da situação actual: assumo a lição de humildade, aceito o meu pendor melodramático (apesar de não estar lá muito contente com ele), e cumpro todas as ordens médicas para voltar ao activo. Nomeadamente os 500 exercícios por dia, ao som dos estalidos que o sacana do joelho faz.