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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Escola, escolinha, salva esta alminha

Os putos passaram o dia em casa, entretidos como puderam.

Eu fiquei em casa de manhã mas à tarde saí para conseguir trabalhar (caso contrário e só "mãe", "mãe", "mãe").

Cheguei às 19h e fui fazer o jantar.

Às 20h estávamos à mesa, com o pai.

Eles estavam tão excitados e explosivos e histéricos que falavam todos ao mesmo tempo, interrompendo-se e levantando o tom de voz para que cada um se conseguisse ouvir melhor do que o outro.

As vozes foram-se atropelando, avolumando, e às tantas foi preciso interromper a escalada de berraria com um berro maior ainda. Não é perfeito mas não sou uma mãe perfeita.

No final da refeição, levantei-me e fechei-me na casa de banho. Entrei na banheira seca e fiquei ali, em silêncio, durante uns 15 minutos. Silêncio, mais ou menos, que eu ainda conseguia ouvi-los lá ao fundo, abafados pela distância e por duas portas, mas ainda assim frenéticos na mesma.

Nesse momento, imaginei-me a fumar um cigarro.

Consegui ver-me perfeitamente a acender o cigarro, a puxar uma baforada, a soprar o fumo pelo ar.

Aaaaaaaaah. Que prazer.

Ora... eu nunca na minha vida fumei.

Nunca.

Ainda bem que as aulas começam na sexta-feira.

Mais uma semana e ainda começava a imaginar-me nas drogas.

 

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