E se fosse eu?
Amanhã, dia 6 de Abril, pede-se aos estudantes do ensino Básico e Secundário "que se coloquem na pele de um refugiado e arrumem a sua mochila como se estivessem a fugir da guerra, a sair da sua casa e deixar o seu país".
Esta é uma iniciativa da Plataforma de Apoio aos Refugiados em colaboração com a Direção-Geral da Educação, o Alto Comissariado para as Migrações e o Conselho Nacional de Juventude, e que tem como objetivo a sensibilização para o acolhimento de refugiados.
Um desafio difícil. Duro. Mas importante. Tão importante. Porque vezes demais assobiamos para o lado e fazemos de conta que não é nada connosco. Mas é. Aquelas pessoas fogem da guerra. Fogem de morrer às mãos de bárbaros. Fogem de violações, decapitações e de uma vida que não é vida.
Ontem o Manel teve de escolher o conteúdo da sua mochila para fotografar e levar hoje, para uma exposição que a escola fará. Escolheu uma muda de roupa, comida, produtos de higiene. Depois, escolheu mais alguns objectos, entre os quais uma fotografia onde estamos todos muito felizes, "para me lembrar de como era a minha vida". Engoli em seco.
Espero que nem ele nem nenhum de nós tenhamos alguma vez de fazer as mochilas.