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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Dia dos Avós

Eu tive quatro. Dois muito presentes. Dois muito ausentes.
Dos presentes sinto saudades até hoje. O meu avô Joaquim partiu era eu ainda criança, teria 10 anos creio, a minha avó Isá morreu quando eu estava na adolescência parva e, durante meses, eu continuava a ouvir a chave dela a rodar na fechadura de casa, como todos os dias, só que depois ia à porta e não era ninguém. Era só a minha imaginação, o som de sempre gravado no meu cérebro, a saudade a visitar-me todas as manhãs, às nove, nove e picos.
Aproveitem os vossos avós, que vos dão colo e amor e protecção e bolachinhas. Digam-lhes que os amam. Dêem-lhes um abraço. Eu hoje já abracei os meus, com força, em pensamento. Como sabem, não acredito em nada, nem em vidas passadas, nem em vidas futuras, nem em céu nem em inferno. Mas às vezes faço de conta que sim, imagino que eles recebem o meu abraço forte e apertado, e é bom esse fingimento. Por isso, enquanto não têm de fingir ou imaginar ou simplesmente acreditar (porque têm fé) que eles recebem o vosso abraço, enquanto podem sentir-lhes os ossos e a carne e o calor do corpo... enquanto podem, abracem. E digam: obrigada, avós!

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