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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Consertadores de membros

Não sei se se lembram mas em Março a Madalena foi entalada várias vezes numa porta, na escola. Basicamente, estava a brincar com os amigos, eles começaram a tentar fechar uma porta, ela estava do outro lado, e ao sentirem que a porta não fechava - e pensando que ela a tentava travar com o pé - insistiram e insistiram e insistiram. Ligaram-me da escola a contar o sucedido, disseram que ela estava muito queixosa mas que mexia a mão e não achavam que fosse partido, mas que era melhor ir buscá-la. A minha mãe estava mais perto e foi, e logo a seguir ligou-me a dizer que era melhor ir ao hospital, que a mão tinha um vinco enorme e que a miúda estava a contorcer-se de dores.

Bom. Consulta, raio x, nada partido, segue para casa com gelo, e pronto. Pronto, o tanas. A dor continuava e continuava e continuava, e em Junho marquei consulta para a ortopedista que mandou fazer ecografia e a coisa era séria: a Mada tinha os tecidos lesionados até ao osso e em necrose. A ortopedista mandou fazer fisioterapia. Mas entretanto meteu-se o verão, o Martim tinha estado a fazer fisioterapia ao joelho, eu pensei que talvez nas férias melhorasse, com o descanso e o sol e não sei quê. Mas não. Ela continuou sem conseguir dar a mão, sem conseguir bater palmas, sem conseguir cortar o bife. 

De maneira que, regressados das férias e rendidos às evidências, ligámos para a Fisiolar, quase envergonhados por estarmos de novo - e em tão pouco tempo - a recorrer aos seus serviços (uma pessoa até parece que maltrata os filhos, caraças!). Fiz questão de referir que gostámos muito da fisioterapeuta anterior, a fisioterapeuta Sofia, e que, não sabendo se nestas coisas também há especialistas em determinadas partes do corpo, se ela também percebesse de mãos ficávamos contentes que viesse. 

E assim começámos uma caminhada, mais longa do que todos esperávamos. A Madalena esteve desde o início de Setembro até ao final da semana passada, a fazer fisioterapia 2 a 3 vezes por semana. Com massagem, estimulação eléctrica (não sei se é assim que se diz), exercícios feitos com a indicação da fisioterapeuta (segurar bagos de arroz ou grão com os dedos, moldar plasticina). Sofreu para caraças em determinadas alturas, fartou-se daquilo, chegou a fingir que estava melhor para não ter mais sessões. A Sofia foi incrível. Sempre a brincar com ela, sempre a tentar que aquela hora não fosse tão massacrante. Conversaram sobre muitos assuntos, religião, matemática, coisas da vidinha. Habituámo-nos todos a ver a Sofia cá em casa, de volta da mão da Mada. Fomos notando, a pouco e pouco, a diferença na mão da Madalena. Ela, que já não usava a mão para nada (porque lhe doía) e a tinha ao pendurão, junto ao peito, como se não existisse, começou a conseguir usá-la. Passou a fazer os gestos do dia-a-dia que já tinha deixado de fazer. Deixou de se queixar quando lhe dávamos a mão ou quando tocava piano ou quando a mandávamos utilizar a faca, às refeições. Até que, na semana passada, a fisioterapeuta Sofia disse que achava que podíamos parar.

Juro que não tinha ideia do quão valiosa pode ser a fisioterapia. Do quanto pode fazer a diferença. Quer dizer, claro que sabia, há relatos de pessoas que não andavam e que, com muito trabalho de fisioterapia, voltam a andar. Claro que sim. O que quero dizer é que nunca tinha visto de perto. E, quer com o Martim, quer agora com a Mada, as diferenças foram brutais. Sobretudo com ela, que já tinha a palma da mão plana (em vez de ligeiramente côncava, como é natural) de tão magoada que estava (e de tanto se poupar de a usar).

Volto a referir isto tudo porque acho este serviço da Fisiolar absolutamente perfeito. Ter um fisioterapeuta que vai a casa é tudo de bom. Porque nos reduz os níveis de stress (eu tenho 4 filhos com as suas actividades, já me bastam todas as piscinas que faço a levar e a trazer), porque lhes reduz a eles os níveis de ansiedade (estar em casa é totalmente diferente do que estar num consultório), porque podem estar rodeados das suas coisas, das suas pessoas, da sua normalidade. 

Se não tivesse um blogue ficar-me-ia pelos agradecimentos (que também fiz) online e pessoalmente, mas como tenho este canal acho que não há melhor forma de agradecer do que esta: publicamente recomendar este serviço a quem precise. É que eles não são só bons profissionais. São bons profissionais que vão a casa. E pode parecer um detalhe. Mas não é. Ah, e não têm só fisioterapia. Têm psicologia, nutrição, enfermagem... tudo ao domicílio.

Muito obrigada por todo o profissionalismo, por toda a dedicação! Mesmo!

www.fisiolar.pt

Aaaaaaah... uma filmagem ao alto.. sempre aquele momento triste...

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