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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Caros vizinhos:

Nao, não houve mortos cá em casa. Ninguém esteve a espancar o Martim, nem a torturá-lo.
Com o que ele guinchou, palavra de honra que esperei que me batessem à porta a pedir satisfações. Que exigissem vê-lo, para aferir da gravidade do seu estado. Não me admirava que chamassem até a polícia. O meu filho Martim tem uma intolerância à dor absolutamente espantosa. Por detrás daquele ar de rufia galaró está, no fundo, uma criatura muuuuuuuito mariquinhas sensível. Hoje, ao deitar, contou assim en passant que tinha espetado o bico de um lápis na mão e que tinha ido para a enfermaria da escola, para que lho tirassem com uma pinça. O pai pediu para ver. Ele disse que não era preciso mas o pai insistiu. Vimos ambos que a mão tinha uma coisa preta lá dentro. E foi então que começou o mais alucinante berreiro de que há memória nesta casa. Agulha, pinça e tantos gritos como na matança de um porco.
Foi assim que aconteceu, caros vizinhos. Não houve azar cá em casa. Mas compreenderíamos se tivessem chamado o corpo de intervenção.

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