Boas notícias
Estava na dentista, com o Martim. Ele deitado, de boca aberta. E, de repente, o meu telefone tocou. No visor apareceu um nome. Um nome de cujo telefonema esperava há um mês, mais coisa menos coisa. E então também eu fiquei de boca aberta. Tive aquela pontada seca no peito, que antecede uma notícia por que se aguarda. Olhei para a doutora Filipa e pensei pedir-lhe um bocadinho de anestesia. Dali podiam vir boas ou más notícias. Anestesiada podia custar-me menos, se fossem más. Não eram. Eram boas. O novo ano que se avizinha não começa mal. Começa com muito trabalho, com desafios constantes. Mas começa bem. E, assim, pela primeira vez na minha vida fiquei feliz e contente no consultório de um dentista.