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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Às vezes...

... sinto que sou mais amiga dos meus amigos do que eles são meus. Não todos, mal seria. Mas às vezes apanho com cada desilusão que mais parece um balde de gelo. Geralmente esperneio. Queixo-me. Zango-me. Não sou de dizer mal nas costas. Sou de dizer na frente. E, graças a isso, já tive alguns dissabores. Mas uma das coisas boas que isso me trouxe foi, justamente, a de voltar a ter mais perto de mim uma amiga que estava quase-quase a esgueirar-se da minha vida para fora. Às vezes não há como dizer ao outro: «Olha, estás a ser um amigo da treta, sabes? Quis-te aqui e onde estavas? Senti-me sozinha e tu nem soubeste de nada.  Estive mal e não pude contar contigo. Porquê?»
Porque, na verdade, é fácil cometer erros e não se dar por eles. Se eu negligenciar uma amizade, por andar muito centrada nas minhas coisas, e se esse amigo não me disser nada, o mais certo é eu nem dar por isso. E se calhar a sua zanga aumenta, cresce e, sem que eu dê por isso, a nossa amizade apodrece e morre. Por isso, por que não conversar sobre o assunto antes que seja tarde demais? Acho que faz falta dizer.  Falar. Dizer ao outro: Amo-te. És importante para mim. Preciso de ti. Sinto a tua falta. Foste o pior amigo do mundo. Estou chateada contigo.
Afinal, já diz o ditado popular: «A falar é que a gente se entende». E, parecendo que não, o povo sabe muito.

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