Ao lado. Não atrás

Hoje foi um dia especial para a família. O Manel, que andou paulatinamente a aprender a andar de bicicleta sem rodinhas - a princípio muito mal, cheio de medo de cair, todo hirto e tenso, todo racional e pouco corpóreo, infelicíssimo sempre que caía, tomando cada queda como um falhanço inadmissível -, o Manel, dizia, acompanhou-nos hoje numa volta grande aqui no Parque das Nações, onde vivemos e onde, curiosamente, começámos o nosso namoro.
Foi a primeira vez que ele não foi na cadeira pendurada na bicicleta do pai mas sim ali ao nosso lado. E foi estranho e foi bom. Vê-lo assim, grande, com um sorriso orgulhoso, a pedalar connosco deixou-nos uma percepção muito real do seu crescimento. Está grande. Está mesmo grande. Durante o percurso, atropelou uma senhora e enfaixou-se duas vezes num poste e num candeeiro. Caiu e chorou e disse que não queria mais. Mas continuou sempre e cada vez melhor.
No fim agradeceu. "Gostei muito de andar ao vosso lado". Por nós podes contar sempre com isso.

sonia.morais.santos@gmail.com