Ainda não
Já lá vão muitas horas de trabalho de parto. Mais de 14h. E vai continuar, pela madrugada dentro. Há bocado continuava com muito pouca dilatação. Há bocado rebentaram-lhe as águas. Há bocado achámos todos que o João ia nascer e voltámos a voar para o hospital. Mas não. Nada. A minha querida irmã está a penar a sério. E eu estou aqui feita barata tonta, cansada de me contrair com as contracções dela. A última informação foi de que «pode demorar mais umas 12 horas». Estou aqui, no hotel, à espera que o telemóvel anuncie o fim deste longo parto. Quero muito que o João nasça mas, sinceramente, agora só quero mesmo é que a minha irmã pare de sofrer.