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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

A minha amiga Constança

Já não ia fazer companhia à dona Constança há umas semanas. Escrevi-lhe uma carta, a explicar as enfermidades que por aqui andavam, ela telefonou para saber dos meninos, mas acho que ambas já sentíamos falta uma da outra.
Hoje estive lá duas horas, com a Madalena, a conversar, a rir e a beber chá. A Mada cantou e dançou e trepou para o colo da «minha dona Constança», matando-lhe assim parte das saudades que tem dos filhos e dos netos quando eram bebés. Foi mesmo bom. E consegui não olhar para o telemóvel para ver emails nem uma vez, o que é mesmo muito, muito raro. E ainda saí de lá com umas lindas rosas amarelas, que ela me quis oferecer.
Às vezes penso que foi uma loucura ter-me metido nisto do voluntariado, às vezes deito as mãos à cabeça, «como é que vou arranjar duas horas no meio da minha semana louca para estar, simplesmente, à conversa?» Às vezes fico mesmo desesperada, com tanto que tenho para fazer e tão pouco tempo. Mas depois... depois vou e sinto aquele prazer de que todos os voluntários sempre me falaram. Uma satisfação que vem de dentro, que é quase espiritual, que é mesmo intensa. E por isso, logo depois de pensar que foi uma loucura ter-me metido nisto, acabo sempre a pensar que afinal foi uma óptima ideia e que já não me imagino sem dar o meu tempo voluntariamente a alguém.


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