A história de amor que deu origem ao Taj Mahal
Ora vamos lá à história:
Shah Jahan, príncipe mogol, foi certo dia ao mercado (Meena Bazaar) e ficou extasiado com a beleza da jovem Arjumand. Perguntou-lhe então o preço de uma peça de vidro que ela tinha à venda. A rapariga, trocista, respondeu que não era um vidro mas sim um diamante e que custava 10 mil rupias. Evidentemente que ela não fazia ideia de que se tratava de um imperador. Shah Jahan pegou no vidro, pagou as 10 mil rupias e virou costas. Quando chegou ao palácio, disse ao pai que se queria casar com aquela divertida e linda rapariga. O pai disse que sim, mas eles precisaram de esperar 5 anos até poderem casar e, durante esse tempo, nem sequer se puderam ver. O dia do casamento, em 1612 foi uma festa memorável. Foi nesse dia que o imperador Jahangir (pai de Shah Jahan) deu o nome de Mumtaz Mahal (que significa: a escolhida do palácio) à noiva.
Os dois viveram muito felizes durante muitos anos. E tiveram 13 filhos. E foi no parto do 14º filho (por acaso uma filha) que Mumtaz Mahal acabou por morrer. Há quem diga que foi ela que lhe pediu que fizesse um monumento em sua homenagem, há quem diga que ela não disse nada e que a ideia foi do viúvo. Também se diz que Shah Jahan gritou muito alto quando a mulher morreu. E que ficou tão triste que, em três dias, a sua barba (que era preta) ficou completamente branca. O imperador não comia, não bebia, e só chorava. Depois do desespero veio a decisão de mandar construir o mais imponente mausoléu em homenagem ao grande amor da sua vida: o Taj Mahal. E ele aí está, para deslumbramento de todos, tantos séculos depois.
Shah Jahan acabou preso no Forte Vermelho, pelo próprio filho, a escassos quilómetros da sua obra grandiosa. A guerra entre os dois, pela sucessão, acabou na prisão do pai e na subida ao trono do filho. Diz-se também que o filho prendeu o pai porque ele queria fazer, do outro lado do rio Jamuna, em frente ao Taj Mahal, um outro Taj Mahal em mármore preto (e todo o tesouro do império já se tinha ido, com a construção do Taj Mahal). E até se diz que a sua megalomania de viúvo louco de amor e saudade o fazia pensar em edificar uma ponte sobre o rio Jamuna, que ligasse as duas construções. Aparentemente, o filho decidiu pôr um travão em tanta loucura. Diz-se ainda que Shah Jahan morreu olhando para o mausoléu que construiu em homenagem à sua amada, preso a escassos quilómetros e com vista para o Taj Mahal. Triste mais triste não há.
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Shah Jahan, príncipe mogol, foi certo dia ao mercado (Meena Bazaar) e ficou extasiado com a beleza da jovem Arjumand. Perguntou-lhe então o preço de uma peça de vidro que ela tinha à venda. A rapariga, trocista, respondeu que não era um vidro mas sim um diamante e que custava 10 mil rupias. Evidentemente que ela não fazia ideia de que se tratava de um imperador. Shah Jahan pegou no vidro, pagou as 10 mil rupias e virou costas. Quando chegou ao palácio, disse ao pai que se queria casar com aquela divertida e linda rapariga. O pai disse que sim, mas eles precisaram de esperar 5 anos até poderem casar e, durante esse tempo, nem sequer se puderam ver. O dia do casamento, em 1612 foi uma festa memorável. Foi nesse dia que o imperador Jahangir (pai de Shah Jahan) deu o nome de Mumtaz Mahal (que significa: a escolhida do palácio) à noiva.
Os dois viveram muito felizes durante muitos anos. E tiveram 13 filhos. E foi no parto do 14º filho (por acaso uma filha) que Mumtaz Mahal acabou por morrer. Há quem diga que foi ela que lhe pediu que fizesse um monumento em sua homenagem, há quem diga que ela não disse nada e que a ideia foi do viúvo. Também se diz que Shah Jahan gritou muito alto quando a mulher morreu. E que ficou tão triste que, em três dias, a sua barba (que era preta) ficou completamente branca. O imperador não comia, não bebia, e só chorava. Depois do desespero veio a decisão de mandar construir o mais imponente mausoléu em homenagem ao grande amor da sua vida: o Taj Mahal. E ele aí está, para deslumbramento de todos, tantos séculos depois.
Shah Jahan acabou preso no Forte Vermelho, pelo próprio filho, a escassos quilómetros da sua obra grandiosa. A guerra entre os dois, pela sucessão, acabou na prisão do pai e na subida ao trono do filho. Diz-se também que o filho prendeu o pai porque ele queria fazer, do outro lado do rio Jamuna, em frente ao Taj Mahal, um outro Taj Mahal em mármore preto (e todo o tesouro do império já se tinha ido, com a construção do Taj Mahal). E até se diz que a sua megalomania de viúvo louco de amor e saudade o fazia pensar em edificar uma ponte sobre o rio Jamuna, que ligasse as duas construções. Aparentemente, o filho decidiu pôr um travão em tanta loucura. Diz-se ainda que Shah Jahan morreu olhando para o mausoléu que construiu em homenagem à sua amada, preso a escassos quilómetros e com vista para o Taj Mahal. Triste mais triste não há.
A última imagem que Shah Jahan terá tido do magnífico Taj Mahal, que mandou construir em homenagem ao grande amor da sua vida![]()
Não sei se foi por causa da história, se pela beleza estonteante do Taj Mahal, o que sei é que, além da comoção da chegada, tive uma imensa comoção à saída. Custou-me horrores virar costas a este monumento de uma riqueza imensa (tem mármores de Jaipur, jade e cristal da China, turquesas do Tibete, Lápis Lazuli do Afeganistão, ágatas do Yemen, safiras do Sri Lanka, ametistas da Pérsia, corais da Arábia, malaquite da Rússia, quartz dos Himalaias, pérolas do Oceano Índico). Sabia que, em princípio, não o verei mais (há muito mundo para conhecer!) e primeiro que conseguisse virar-lhe costas foi um problema. Queria guardar aquela imagem bem dentro dos meus olhos, mas não apenas a imagem: a sensação impressionante de estar ali. Queria que me ficasse agarrado à pele, impresso na carne, queria ter a certeza que nunca mais me esquecia do que senti ao estar ali. O Ricardo sentiu exactamente o mesmo (com menos drama pelo facto de não ser gaja) e só disse "mas que raio de nó por me vir embora... nunca me aconteceu". Foi aí que percebi que talvez não fosse só mariquice minha e que o Taj Mahal deve ter mesmo um magnetismo especial, difícil de explicar por palavras.