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A minha casa tem moscas. Muitas. Molengas. Daquelas que se colam e não desgrudam, nem perante a ameaça de perigo. Mosca burra. A minha casa está limpa, graças à santa Emília, que me ajuda todos os dias na lida da casa. Não há cocó aos cantos, apesar do nome deste blogue. Não há porcaria. E, ainda assim, há mosquedo.
Hoje a dona Emília tranquilizou-me (ou então não). Diz que há moscas a dar com um pau na rua, que não pára de as enxotar sempre que está na paragem do autocarro. Por um lado fiquei de facto aliviada: afinal não é só na minha casa que elas poisam. Mas, por outro, começo a temer o pior. Acho que o país está de tal modo morto e podre que já começou a chamar moscas.
Hoje a dona Emília tranquilizou-me (ou então não). Diz que há moscas a dar com um pau na rua, que não pára de as enxotar sempre que está na paragem do autocarro. Por um lado fiquei de facto aliviada: afinal não é só na minha casa que elas poisam. Mas, por outro, começo a temer o pior. Acho que o país está de tal modo morto e podre que já começou a chamar moscas.