Começaram a chegar e a rodinha de cadeiras que tinha feito não chegou. Tivemos de acrescentar mais uma e mais outra e outra e mais não sei quantas. A minha boa gente do Porto (e arredores) espalhou a palavra, trouxe amigos, filhos, e de repente éramos muitos, numa roda gigante à qual só faltava uma fogueira no meio, mas os senhores do Vila Galé eram capazes de não apreciar. Tivemos várias primeiras vezes, o que também é um sinal de vitalidade, e crianças, o que me dá sempre enorme alegria porque acredito que estas são sementes que só podem dar frutos.
A Liliana, por exemplo, levou os dois filhos, que ficaram deitados no chão a brincar e fizeram algum espalhafato típico das crianças. A mãe ficou quase o tempo todo a fazer "shhhhhhhhh", até sair de fininho. A mim não me incomodou nadinha, adoro crianças e adoro que estejam nestes ambientes desde cedo, acho que assim será mais fácil apanharem o bichinho da leitura (ou então não, já não percebo nada disto, os putos são imprevisíveis). O Matias, de 4 anos, filho da Liliana, levou o Rei Leão e tencionava contar a história mas acabrunhou-se e acabou por preferir ir brincar.
A Sofia confessou que anda a ler menos do que queria mas que falou de um livro que foi dos que mais gostou até aos dias de hoje (assim não admira que não tenha lido muito mais, depois de se tocar numa obra-prima todas as outras obras ficam meio sem graça, pelo menos até se fazer uma espécie de paragem de segurança). O livro de que a Sofia falou é: Diário da Guerra aos Porcos, de Adolfo Bioy Casares. "Passa-se em Buenos Aires na década de 30 e o tema implícito é a velhice. Muito bem escrito, com uma ironia e um sarcasmo extraordinários. Um dos livros de que mais gostei." O livro relata o ódio contra os velhos, que são perseguidos por jovens atléticos. Os velhos têm de aprender a mover-se pela cidade a horas tardias, como marginais perseguidos, vivendo numa guerra contra grupos rivais mas também contra um inimigo comum: a inevitável passagem do tempo.
A Raquel leu Eu Confesso, de Jaume Cabré, que conta a história de Adrià, cujo pai está determinado a transformá-lo num poliglota, e a mãe num violinista virtuoso. O rapaz procura satisfazer as ambições que depositam nele, até ao dia em a morte misteriosa do pai o leva a questionar a origem da fortuna familiar. A par e passo com a história familiar vai-se também desvelando a cruel história europeia: uma cadeia de eventos iniciada na Idade Média, com repercussões trágicas até à actualidade. A Raquel também leu Milkman, de Anna Burns, mas não gostou nadinha. Eis a sinopse do livro: "Nesta cidade sem nome, ser interessante é perigoso. A irmã do meio, protagonista deste romance, empenha-se em evitar que a sua mãe descubra a identidade do namorado e em não dar explicações sobre os encontros com o leiteiro. Mas quando o cunhado um descobre a situação e começa o rumor, a irmã do meio torna-se «interessante». A última coisa que queria ser. Porque, nesta cidade, ser interessante implica que te prestem atenção e isso é perigoso."
A Mariana, de 12 anos, fez uma impressionante descrição d'O Rapaz do Pijama às Riscas, de John Boyne e d'A Rapariga de Casaco Azul, de Monica Hesse. "Gosto muito de livros sobre a época do nazismo. Este último é um livro pesado mas, ao contrário do anterior, acaba bem. Acho muito interessante saber como foi viver nesta altura, como foi possível tudo o que se passou."
A Marisa falou-nos do livro Senta-te Quietinho Como uma Rã, de Eline Snel. Explicou a Marisa que uma amiga lhe ofereceu o livro, que diz na capa ser para "crianças dos 5 aos 12 anos (e para os seus pais). A Marisa pensou que a amiga estava tola. Afinal, a Marisa ficou surpreendida porque "é um livro que ensina a desligar (tem técnicas de Mindfullness) e é muito bom mesmo". Também leu Raparigas Como Nós, de Helena Magalhães. A história? Festivais de Verão, tardes na praia, experiências com drogas, traições e festas misturam-se com amores improváveis e velhas amizades. Um romance que se passa em Lisboa, Cascais e Madrid, e que mostra tudo o que pode esconder-se atrás da vida aparentemente normal de uma rapariga como qualquer outra. Outro livro: O Regresso, de Hisham Matar. "Um dos melhores livros que li até agora" Uepaaaa! Já vão dois livros com esta nomeação no mesmo clube de leitura, atenção! O Regresso é a história verdadeira do que aconteceu ao autor. Hisham Matar tinha dezanove anos e estudava em Inglaterra quando o pai foi raptado e feito prisioneiro na Líbia. Nunca mais voltariam a ver-se, mas Hisham nunca perdeu a esperança de vir a reencontrar o pai com vida. Vinte e dois anos mais tarde, graças à queda de Kadhafi, o autor regressou ao seu país natal em busca da verdade. Um comovente livro de memórias. Por fim, Marisa ainda nos falou de Desistir Não É Opção, de Paulo Sousa Costa, a história verdadeira de um pai que reaprende a (sobre)viver depois da morte súbita do filho, e de como o livro e o autor a tocaram para sempre.
A Verónica leu Um Pequeno Favor, de Darcey Bell. Duas melhores amigas, uma pede à outra que lhe apanhe o filho na escola. Só que... a amiga não regressa. Não atende o telefone nem responde. Quando começa a busca, surgem notícias terríveis. Mas serão verdadeiras? Acabamos a descobrir que nada nem ninguém é o que parece.
O Segredo Mais Bem Guardado, de Jeffrey Archer foi o livro que a Cláudia leu, além do Pequenos Fogos em Todo o Lado, de Celeste Ng (que foi também o que eu li). O primeiro é, na verdade, o terceiro volume da série The Clifton Chronicles, que tem cativado milhares de leitores em todo o mundo. Depois de Só o Tempo Dirá e Os Pecados do Pai, este livro continua a contar a história dos Clifton, com uma nova geração da família. Quanto aos Pequenos Fogos em Todo o Lado... a Cláudia gostou bem mais do que eu. É a história de uma cidade em que tudo é certinho, tudo foi pensado a régua e esquadro Eu achei uma história banal, achei que parecia um daqueles filmes de domingo para ver com uma manta nas pernas, tipicamente americano, em que só faltou terminar com a bandeira americana desfraldada numa porta de uma moradia (se fizessem um filme do livro era bem capaz de ser esse o plano final). Desculpa, Beatriz Mendes (um dos membros do clube de leitura de Lisboa, que recomenda sempre livros óptimos mas que, com este, não me convenceu). Gosto de ti na mesma!
A Francisca, que tem 11 anos, leu A Casa da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares, de Ransom Riggs. Disse que achou o livro assustadoramente grande, quando lhe pegou, mas que no final ficou com pena que tivesse acabado tão cedo. Uma lição: nem sempre um livro grande é um tormento. Por vezes passa mais depressa pelos nossos olhos do que um livro que achamos que se lê num instante. Gostei muito de ouvir a Francisca, ainda mais nova que a Mariana e ambas a fazerem apresentações tão boas. Bem-vindas ao clube, meninas!
O Beco da Liberdade, de Álvaro Laborinho Lúcio, foi o livro que a Conceição, bem como O Chão Que Ela Pisa, de Salman Rushdie. O primeiro conta a história de um crime ocorrido numa aldeia do norte do país, e um jornalista que fez a cobertura do acontecimento. Passados 50 anos, o juiz do crime e o jornalista voltam a encontrar-se, só que desta vez é o juiz que se senta no banco dos réus. A partir destas duas personagens, Laborinho Lúcio reflecte e leva-nos a reflectir sobre o jornalismo e o seu imediatismo, sobre a justiça, sobre o tempo, sobre o bem e sobre o mal. O segundo é uma história de amor, morte e rock'n'roll, um encontro entre o Oriente e o Ocidente.
A Isabel, que foi pela primeira vez, falou-nos num livro interessante chamado Como Não Morrer de Fome em Portugal, de Lucy Pepper. O périplo de uma inglesa pela gastronomia portuguesa. "Achei imensa graça quando ela escreveu que a primeira vez que viu o nosso Cozido à Portuguesa lhe pareceu um campo de batalha. Depois, foi-se deixando cativar pelas nossas particularidades e compreendendo a riqueza da nossa gastronomia." O livro é um retrato cómico de Portugal a partir daquilo que comemos. Achei a ideia uma maravilha.
O Paulo contou-nos como o livro Heart of Darkness, de Joseph Conrad o marcou. O romance conta a história de Charles Marlow, um inglês que consegue trabalho a bordo de um barco a vapor num rio africano, com o objectivo de transportar marfim. Porém, a sua tarefa mais urgente é devolver Kurtz, um famoso comerciante de marfim, à civilização. A narrativa simbólica dentro da narrativa, a história dentro da história, faz com que não seja um livro propriamente fácil. O livro inspirou o filme Apocalypse Now, de Francis Ford Coppola, apesar de retratar tempos muito mais remotos. Além deste livro, o Paulo leu-nos um poema de Alice Vieira, referindo que a autora é sempre conotada com o público infantil, mas que tem uma obra poética que importa conhecer.
A Ana, que também foi uma estreia, impressionou toda a gente (acho que posso dizê-lo sem exagerar) com a sumptuosa descrição dos seus livros. Trouxe um mais recente e um mais antigo. "Estava à procura de um livro para ler e vi um livro com um título curioso: Kafka à Beira-Mar. Pensei, um gajo que escreve este título deve valer a pena. Mas depois pensei melhor: eu nunca li Kafka... se calhar é melhor escolher outro, do mesmo autor, para começar. E então trouxe este: A Sul da Fronteira, A Oeste do Sol, de Haruki Murakami. O que achei do livro é que é simplesmente belo e belamente simples. Nunca tinha lido um autor japonês. Acompanhamos a personagem desde os seus 12 anos até aos quarenta e tais. A escrita é muito bonita e entra na nossa pele. Hajime, a personagem principal, conta-nos quem é, com as suas qualidades e defeitos. Quando era um menino, faz amizade com Shimamoto, e os dois tornam-se unha com carne. Mas o destino faz com que os dois companheiros de escola sejam obrigados a separar-se. Os anos passam, Hajime segue a sua vida. A lembrança de Shimamoto, porém, permanece viva, tanto como aquilo que poderia ter sido como aquilo que não foi. De um dia para o outro, vinte anos mais tarde, Shimamoto reaparece certa noite na vida de Hajime. Para além de ser uma mulher de grande beleza e rara intensidade, a sua simples presença encontra-se envolta em mistério. Da noite para o dia, Hajime vê-se catapultado para o passado, colocando tudo o que tem, todo o seu presente em risco. Desgraçadamente, a Ana contou-nos o final, que não conto aqui, mas a forma intensa como contou o livro faz com que a desculpemos por esse momentos spoiler. :)
Além deste livro de Murakami, Ana falou-nos com verdadeira paixão daquela que é, para ela, das suas obras preferidas: Os Miseráveis, de Victor Hugo. "É o relato da condição humana mas também é uma história de redenção. Até os agentes de maldição se tornam agentes de redenção. É um livro absolutamente extraordinário."
O Ministério da Felicidade Suprema, de Arundhati Roy foi o livro de que a Marta falou (ainda não tinha lido todo, mas ia a meio). Depois de ter considerado O Deus das Pequenas Coisas, da mesma autora, o seu livro preferido, foi com alguma desilusão que leu este (e por isso nem o tinha terminado ainda). O livro é uma viagem íntima pelo subcontinente indiano, desde os bairros superlotados de Deli às montanhas e vales de Caxemira. É uma história de amor e uma provocação. As suas personagens são almas que o mundo quebrou e que o amor curou.
A Marta aproveitou para dizer ao Paulo, que o Heart of Darkness foi um livro que lhe deu a pior nota da faculdade (e Paulo riu-se dizendo que foi a sua melhor nota). "Odiei o livro e tenho um verdadeiro trauma. Nem posso ouvir falar dele." Ainda nos rimos com as diferenças que podem existir e com o que aquilo que para uns é excelente, para outros pode ser terrível.
A Inês leu As Inseparáveis, de Kristin Hannah. A história de duas amigas, inseparáveis. Quando uma delas morre, a outra tenta cumprir a promessa que lhe fez, de apoiar os seus filhos. Mas a amiga que sobrevive desconhece o que é ser mãe, ter uma família e preocupar-se com os outros.A sua própria mãe abandonou-a várias vezes e agora reaparece, desesperada por uma oportunidade de ser boa mãe. No fundo, uma história de mulheres perdidas, desorientadas, e com vontade de mudar as coisas e de fazerem a sua redenção.
Outro livro que a Inês leu foi A Imperfeição É Uma Virtude, de Brené Brown. Todos os dias nos dizem como devemos ser. Fazem-nos acreditar que se tivermos uma aparência impecável e uma vida perfeita não iremos sentir-nos desadequados. E assim a maioria das pessoas atua diariamente, fingindo-se feliz e perfeita. Brené Brown entra na nossa mente e explica como podemos encontramo-nos connosco.
E, ainda a Inês, leu O Cavaleiro da Armadura Enferrujada, de Robert Fisher. Um daqueles livros com a capacidade de provocar mudanças profundas na nossa vida. É uma história do percurso de um cavaleiro a caminho da verdade e da vida. No fundo, o caminho do cavaleiro poderá ser o nosso caminho, de modo a libertarmo-nos das barreiras que nos impedem de nos conhecermos a nós mesmos. A Inês adorou.
A Maria João, que aproveitou para dizer ao Paulo que também ela odiou o Heart of Darkness (caramba, 2-1, Paulo...), leu o livro Pensar, Depressa e Devagar, de Daniel Kahneman. O autor, que não é economista mas sim psicólogo, ganhou o Prémio Nobel da Economia em 2002 pelo seu trabalho fundamental em psicologia que questionou o modelo racional de tomada de decisões e de formulação de juízos. Pensar, Depressa e Devagar transformará a maneira como pensamos acerca de tudo. E a Maria João, que se define como muitíssimo racional, deu por si a duvidar das suas decisões. Afinal, serão elas assim tão racionais?
A Isabel foi pela primeira vez ao clube e leu um livro que, por ser verdadeiro e por ser tão assustador, não recomenda: A Sexta Extinção, de Elizabeth Kolbert. Nos últimos 500 milhões de anos, a Terra passou por cinco extinções em massa, nas quais a diversidade da vida no planeta se reduziu drástica e subitamente. Desta vez, a extinção é provocada por uma única espécie: o Homem. 40% dos anfíbios, um terço dos corais e dos tubarões, um quinto dos répteis e um sexto das aves estão em vias de extinção. O resto das espécies podem seguir-se e muito mais depressa do que se espera. A Sexta Extinção é uma leitura recomendada por personalidades como Yuval Noah Harari, Al Gore, Bill Gates ou Barack Obama.
Também falou sobre os Contos, de Tchékov, de que não gostou assim tanto por serem assim meio "sobre nada" e sobre os Jogos da Noite, de Stig Dagerman. "Um livro extraordinário com uma linguagem que corta como uma faca. Um livro sobre a solidão, a falta de amor, os vícios, a angústia, a dificuldade de comunicarmos uns com os outros e o medo." (a não ser lido por quem esteja deprimido).
A Maria João (outra Maria João), leu A Gorda, de Isabela Figueiredo, e gostou muito. E a Ana leu Eliete, de Dulce Maria Cardoso, e ao contrário de quase todas nós, que já lemos e aguardamos pela sequela, não gostou. "É uma mulher com uma grande pancada, a Eliete, muito problemática. E o final parece caído do céu aos trambolhões."
O Diogo trouxe-nos Inesquecível, de Alexandra Bracken. Uma distopia, tal como o Diogo gosta. Basicamente, há uma doença que se espalha e os sobreviventes são adolescentes. Não me pareceu que tivesse achado fascinante.
A Mariana leu Pequenos Fogos em Todo o Lado, de Celeste Ng. Não gostou nem desgostou, leu rápido e serviu de entretenimento. Leu também A Menina Perdida e Achada, de Brooke Davis. A história de Millie, uma menina de 7 anos que começa um Livro de Coisas Mortas, no qual regista todas as coisas que lhe tocaram o coração e desapareceram. A Coisa Morta nº28 é o seu pai. Pouco tempo depois, a mãe abandona-a num centro comercial e não volta. A vida de Millie acaba a cruzar-se com as vidas de Karl, de 87 anosm e Agatha, de 82, que partem juntos em busca da mãe de Millie e, pelo caminho, vão descobrir que as crianças podem ser sábias e que a velhice não equivale à morte. A Mariana leu ainda Secrets Of The Millionaire Mind, de T. Harv Eker, que mostra a razão pela qual uns têm habilidade de ganhar dinheiro e outros nem tanto, e como a infância, as experiências familiares e a mentalidade mais profunda moldam a nossa visão do dinheiro. E ainda... (raça da rapariga!) A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera. Li este livro há uma vida e tenho imensa pena de não me lembrar de nada, mas sei que o adorei.
A Ana (tanta Ana que há neste grupo, caneco, tenho de saber os apelidos para começar a distingui-las) foi pela primeira vez, desafiada pela Maria João (uma das Maria Joões) e tem a intenção de ler mais, uma vez que passa a vida a ver números. Está a ler 12 Regras Para a Vida, de Jordan B. Peterson, um livro em que o autor, um dos mais polémicos pensadores contemporâneos, nos diz que vivemos num mundo caracterizado ou pela ausência de valores ou pela entrega a crenças totalitárias. Ora, quando não há valores, falta-nos um sentido para a existência; mas se aderimos cegamente a uma crença, colocamo-nos em confronto com as restantes. A alternativa é assumir as nossas responsabilidades individualmente. Dizem as críticas que, no fim do livro, nunca mais olharemos para uma lagosta da mesma maneira (tudo porque nos é explicado que as lagostas povoam a terra há 350 milhões de anos e há 350 milhões de anos que o fazem obedecendo a uma rígida estrutura hierárquica: as mais fortes têm direito ao melhor território, à melhor comida, às melhores fêmeas. As mais fracas vergam-se à autoridade - a ponto de caírem em depressão. A organização social das lagostas é o ponto de partida da primeira regra deste livro: Levante a Cabeça e Endireite as Costas.)
A Balada de Adam Henry, de Ian McEwan, foi o livro lido pela Catarina, que também teve a sua estreia no nosso clube. A Anabela (que não vai há umas sessões) já tinha trazido este livro: a história de um menor que é Jeová e que tem uma doença que obriga a uma transfusão de sangue. A família não permite e a juíza encarregue do caso decide que ele deve receber a transfusão de sangue para ser salvo. O desfecho levou a Catarina a pensar que, por muitos caminhos distintos que se nos apresentem, o que tem de acontecer acontece. Isto gerou alguma discussão sobre o determinismo versus o livre arbítrio, o que é sempre frutuoso.
Por fim, o Alfredo, natural do Uruguai, mas que viveu no Rio de Janeiro, em Cambridge, em Princeton, em Washington, em mais não sei quantos sítios e por fim em São Paulo e há um ano veio para Portugal, mais concretamente, para o Porto, com a mulher Luli, Venezuelana. O Alfredo lançou ele mesmo um livro, Teresa Voa (Alfredo Behrens). A história de uma vaca que decide procurar pastos verdes noutras pastagens, já que lá onde ela mora está tudo seco. Tudo porque um pardal a aconselha a aprender a voar, para ir com ele ver os pastos mais verdes. As aventuras dessa vaca voadora até pousar em Washington são uma verdadeira delícia e fazem-nos pensar que não há impossíveis. :)
Obrigada, malta do Porto. Vocês foram incríveis, maravilhosos, estupendos, fabulosos! Eu sei que querem muito que este clube dure a vida toda. Vamos ver se o fazemos durar!
O PRÓXIMO ENCONTRO NO PORTO É NO DIA 5 DE DEZEMBRO, A PARTIR DAS 19H, NO VILA GALÉ PORTO (EM LISBOA É JÁ NO DIA 29 DE NOVEMBRO).
Obrigada à MultiOpticas pelo apoio que dá à leitura e ao cuidado dos nossos olhinhos.
Obrigada ao Vila Galé por nos receber tão bem.