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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Voar

Foi ontem, em Évora.

As palpitações dos corajosos deviam estar a rebentar a escala (as minhas, que não tenho coragem nenhuma, estavam) mas o balanço foi muito positivo.

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Os valentes. Manel e o pai da namorada - receberam ambos o presente dela

(temos para nós que ela se queria livrar dos dois de uma só vez 😂)

 

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 Que meeeeedooooooooooo

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 Manel a recuperar (eu precisaria de uns 6 meses de recuperação)

 

Há muito, muito, muito tempo

Ontem o fotógrafo Leonardo Negrão publicou no Facebook uma foto minha que deve ter a data de 1996 ou 97. Estou com cara de parva (o que também não surpreende, há coisas que não mudam) mas vivia uma das fases mais extraordinárias da minha vida. A foto foi tirada no DNA, um micro-escritório que tínhamos no Diário de Notícias. Desta foto sobra pouco. O Diário de Notícias já não funciona neste edifício da Avenida da Liberdade, o Pedro Rolo Duarte (que devia estar ali mesmo ao lado, à sua secretária) já não está por cá (embora esteja sempre por cá), eu já não sou esta pessoa, os computadores já há muito que foram para abate, os telefones idem, e até a máquina, de rolo, que tirou a foto é já uma antiguidade. Sobra a água do Luso e pouco mais. Tudo passa mas o meu coração tende a permanecer neste tempo que foi de descoberta, de aprendizagem, de deslumbramento absolutos. Saudades. Mas mesmo muitas. 

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Quem somos nós? Os nossos vizinhos? Os nossos amigos?

Fico sempre arrepiada com estas notícias de filhos que matam pais, pais que matam filhos, mulheres que matam maridos. 

Esta história do triatleta Luís Grilo ter sido alegadamente assassinado pela mulher põe-me mesmo incrédula. Todas as pessoas diziam que era um casal feliz, todas as pessoas da família dele punham as mãos no fogo por ela, quando começou a ser suspeita. A irmã da vítima até insistiu que continuava a não acreditar na sua culpa, que continuava ao seu lado. Agora, que parecem existir imensas provas que apontam mesmo para ela, nomeadamente a alteração que fez a um seguro de vida, não deixo de pensar: será que todos nós podemos ser homicidas? Será? Porque pelos vistos ela era uma pessoa de quem todos gostavam, uma mulher madura, sem qualquer antecedente criminal. Poderia acontecer-nos a nós? A qualquer um de nós? Seria ela uma psicopata disfarçada? Como é que alguém alegadamente liquida um marido, pai do filho, por motivações financeiras ou outras quaisquer? Poderemos nós ser psicopatas sem o sabermos até ao dia em que alguma coisa nos acciona? Como é que alguém dá entrevistas à televisão, olha o filho nos olhos, acorda e vive e cola cartazes à procura do marido, sabendo exactamente o que lhe aconteceu? 

Porra.

Quem somos nós? Os nossos vizinhos? Familiares? Os nossos amigos?

Que medo, a sério.

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Conta-me #10

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Claro que as pessoas percebem. As pessoas não são burras. Percebem. Olham. Suspiram. Miram-no com ódio, como se ele fosse um monstro. Mas não é. Coitado. Não é. Ele é um desgraçado, sabe? É uma alma atormentada. Mas enfim. Eu também passo os meus maus bocados. Esta? Esta aqui foi há umas duas noites. Não. Que dia é hoje? Ah, pois, não. Lembro-me que foi na véspera de ir ao médico dos olhos, por isso foi quinta-feira passada. Bom, para o caso é igual, é só mais uma igual a tantas outras. Estávamos a dormir, eram umas duas e picos da manhã, quando acordei com as mãos dele no meu pescoço. Percebi logo que era mais um daqueles sonhos. Gritei, tentei chamá-lo à razão, Vítor!, e ele apertava, Vítor, e ele cada vez com mais força, Vìtor! Foi então que me deu um soco. Foi o que me valeu. Ao levantar a mão para me bater libertou-me o pescoço e, depois de apanhar na cara com toda a força, levantei-me e fugi para a casa de banho. Isto parece um filme, não é? Parece, parece. Mas olhe, é o filme da minha vida. O problema dele são os pesadelos. Quer dizer, não são só os pesadelos, são também aquelas crises que acontecem assim de repente. No outro dia - lembra-me como se fosse hoje - um carro deu uma aceleração mais funda, e aquilo devia ser um carrão porque deu cá um estrondo... Vim a correr da cozinha já a imaginar tudo. Lá estava ele deitado no chão, com as mãos na cabeça, num sofrimento que não lhe passa pela cabeça. Ninguém sabe... ninguém sonha. Por isso é que eu digo: o meu homem não é má gente... ele veio de lá outro. Deram cabo dele. E não há ninguém que se responsabilize, não há nada que pague isto de me terem mandado um homem que não é o meu. Calado, sempre calado, triste, sempre triste, assustado, sempre assustado. A médica de família mandou-o para um psicólogo. Ele encolheu os ombros, qual quê, psicólogo, eu cá não sou maluco. Sabe como são os homens. Desculpe, também é homem... mas são casmurros, acham que conseguem resolver tudo. É uma questão de macheza. São machos e não podem dar parte de fracos. Mas eu tanto andei, tanto andei, Vítor, tu não és maluco mas passaste por muito, ninguém passa por uma guerra e volta o mesmo, vai falar, vai desabafar, que eu não aguento mais. Acho que se assustou. Foi. Quando voltou não disse uma palavra. Então, Vítor? Ele, nada. Fui eu falar com o psicólogo. Diz que ele tem stress pó-tramático ou trómatico ou lá o que é. Isso, stress pós-traumático, é isso mesmo! E que precisava de ser acompanhado e que o ideal até eram umas reuniões com outros ex-combatentes. Fui à associação, havia reuniões às quartas, voltei a falar-lhe. Fechou-me a porta na cara. Que era o que faltava, que isso já foi há tantos anos, que ia agora falar com gente que não conhece de lado nenhum, para dizer o quê? Vítor, para dizeres que não podes ouvir uma mota, um prato a cair, uma trovoada, uma porta a bater, Vítor. Para dizeres que acordas de noite aos gritos, a chorar, a falar em estilhaços e em mortos e a querer matar o inimigo. Para dizeres, Vítor, que eu sou o teu inimigo, quando dormes, que me atacas sem querer mas atacas, que um dia destes me matas a achar que eu sou um dos pretos, Vítor. Não sei quanto mais tempo aguentarei isto. Já lá vão anos. Anos. Anos disto. Estou saturada. Tenho medo de dormir. Chego a ter medo de entrar em casa, sei lá se não está num daqueles momentos em que parece que cega, o olhar fica gazeado, sei lá se não pega numa faca e não me corta a garganta. Eu sei lá. O que eu sei é que me deram conta do homem, que ele era alegre, conversador, brincalhão, e que veio de lá outro, mudo e quedo, metido com ele e com seus os pensamentos, os horrores que terá visto, as mortes, a gente que teve de matar. O que eu sei é que este não foi o homem com quem casei. Mas vou fazer o quê, agora? Separar-me? Abandoná-lo? Eu gosto dele. Tenho pena dele. Dó, sabe? Tenho dó. O meu Vítor não é mau homem. Não é um monstro. Coitado. Não. Ele é um desgraçado. Ele e eu. Duas almas penadas que vivem nesta casa, ensombradas pelos espíritos que vieram com ele da guerra e nunca mais nos largaram.

 

*Conta-me é uma rubrica de contos originais (ficcção) escritos por Sónia Morais Santos

 

Reuniões nas escolas

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O Manel foi para a escola aos 3 anos. O que significa que já levo 14 anos de reuniões escolares. Primeiro só dele, depois dele e do irmão, depois dele, do Martim e da Mada. Por fim, dele, do Martim, da Mada e do Mateus. Se só houvesse uma reunião por ano, creio que já teria frequentado 34 reuniões, mais coisa menos coisa. Mas como há escolas que fazem duas e três por ano... já devo ir aí na meia centena ou mais de encontros com professores, educadores e pais.

É giro ver a diferença entre os pais de primeiro filho e os que têm muitos. Regra geral os primeiros estão ainda na ilusão da perfeição (o que é bonito e comovente - não estou a ser irónica, é mesmo) e os segundos estão ali a 30% (sendo optimista) porque têm a cabeça em trezentos outros sítios e porque já foram a dezenas de reuniões iguaizinhas àquelas e porque, em bom rigor, já desistiram da perfeição por terem descoberto, por vezes dolorosamente, que ela não existe.

Nas reuniões também se vê logo quem são os pais que se descabelam pelo sucesso escolar dos filhos, que levam tudo com uma seriedade que não deixa de me perturbar, apontando tudo, fazendo perguntas que me deixam sempre um certo arrepio na espinha, tipo aos 2 anos querer saber qual "a matéria" que eles estão a aprender para "podermos reforçar em casa". WHAT??? No caso dos pais mais velhos, também já assisti a um pai que escrevia num caderno todas as respostas erradas que a filha tinha tido nos testes, enquanto abanava a cabeça furiosamente, e a gente estava mesmo a imaginar a cena: ele a chegar a casa e a pedir-lhe satisfações pelos erros (sendo que falamos de uma miúda que andava, salvo erro, no terceiro ano).

Depois há os pais que se queixam de tudo: do calor da sala, do frio, da professora, do recreio, da comida, dos manuais, dos colegas, dos equipamentos escolares, das regras, dos trabalhos de casa, da vida, em geral. Nestas alturas já eu estou a ver os emails no telemóvel e a olhar para o relógio, a ver quando é que aquilo termina.

Eu? Ai filhos, também tenho os meus defeitos, não pensem que estou aqui levianamente a apontar o dedo a vários subtipos de pais e a achar que sou incrível em comparação com os outros. Acho que me despreocupo demais, que oiço apenas metade do que me é dito (não admira, com a quantidade de gente que fala ao mesmo tempo aqui em casa), que depois ando aos papeis sem saber da missa a metade, que me esqueço por vezes de verificar as mochilas e, quando vou a dar por ela, há restos de bolachas e coisas que a professora mandou para assinar e eu não assinei, que não sei quando é a visita de estudo, que não sei quando são os testes, etc. A culpa disto é a de ter por hábito enterrar-me em coisas para fazer, e ter muitos filhos com respectivos afazeres, e não conseguir chegar a todo o lado. Geralmente ocupo-me mais do filho que está mais à toa, a patinar, a precisar mais que eu me concentre nele. E a esse não falho: escrevo as datas dos testes, pergunto pelos trabalhos, ajudo no estudo. Se os outros estão na maior... deixo a vida seguir o seu curso. 

Voltanto ao tema "reuniões"... já fui a três. Falta uma para terminar. 💪

Urgente: empregada doméstica

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Este é um pedido pessoal: tenho uma amiga que acaba de ficar na mão. A empregada anterior vai embora no sábado e a que vinha substituí-la lembrou-se que tinha mais que fazer. 

É uma casa com crianças, em Caxias. Será preciso limpar, engomar, cozinhar e tomar conta dos miúdos quando eles vêm da escola. São 8 horas por dia. E é bem pago, com contrato, segurança social, tudo como deve ser. A ideia é ser um emprego de longa duração, não um toca-e-foge. 

Interessados devem enviar email para: sonia.morais.santos@gmail.com

 

P.S: Estou a receber centenas de emails de brasileiras que estão no Brasil, pensando que o trabalho é no Brasil. Não é. É em Portugal. 

Drogas. Uma boa hipocondríaca tem sempre drogas por perto

A Luísa Leal é farmacêutica e tem um blogue muito giro chamado, justamente, "A Farmacêutica". Além disso, tem um lugar cativo no meu coração porque participou num dos workshops de cozinha que fiz (e gostei logo muito dela) e porque é um dos membros quase sempre presentes no Clube de Leitura. Vai daí que, quando me convidou para escrever sobre o meu kit de farmácia, disse logo que sim, claro. Eis o resultado. Quem quiser ver, é clicar na foto, do Pau Storch que vai lá ter directo.

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Se preferirem... vão AQUI

Mãe, porque não gostas de mim?

Toda a gente devia ler este livro. Uns para encontrarem consolo, outros para compreenderem que, afinal, se calhar até nem têm assim uma tão má relação com as suas mães, outros ainda para confirmarem que têm a melhor mãe do mundo. E quem já é mãe pode também tirar boas lições sobre o que não fazer com os seus filhos. Amanhã terei todo o gosto em estar lá, na Fnac do Colombo, às 18.30, a co-apresentar o "Mãe, porque não gostas de mim", da jornalista Lucília Galha.

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Um fim-de-semana vinícola

No sábado de manhã chegámos à Herdade das Servas, em Estremoz. Tínhamos chegado na véspera, o dia amanheceu lindo, a piscina estava convidativa mas foi fácil convencer os miúdos a abdicarem dela porque lhes tínhamos falado em ir pisar uvas. Apesar de os mais velhos já o terem feito, numa casa familiar, já foi há muitos anos e têm pouca memória disso. 

A visita à adega foi muito interessante. A Mafalda e o André fizeram-nos a visita guiada, explicaram imensas coisas sobre os vinhos da Herdade das Servas, mas aquilo que mais memorizei foi o facto de ali não regarem as vinhas por opção. Ou seja, deixam a natureza cumprir o seu papel. Isto proporciona dois fenómenos distintos: por um lado, os vinhos são muito mais concentrados, por outro, a produção não é tão grande como seria se houvesse rega (mas o vinho seria totalmente diferente). 

Atentem que eu sou apenas uma leiga a falar destas coisas e a fazer o "resumo do resumo" do que me foi dito. Mas olhando para os vinhos da Herdade das Servas (e provando-os), nota-se perfeitamente que esta opção faz deles vinhos com características muito particulares. Para mim, que bebo vinho com alguma facilidade (leia-se "como se fosse água" 😂), noto que estes são vinhos que, mais do que serem bebidos, faz sentido serem degustados. Estarei porventura a dizer parvoíces mas é assim que o sinto. Há um sabor carregado que merece tempo. 

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Foto: Jerónimo Heitor Coelho 

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Este ano, está a demorar a que as uvas estejam no ponto para serem apanhadas. E foi por isso que a nossa experiência levou ali uma volta. Como só saltam para o lagar de mármore as uvas de alta qualidade, que prometem dar um vinho de topo, e como a apanha ainda não tinha começado, tivemos de saltar para uma cuba que tinha algumas uvas (porventura fruto da apanha possível) onde a pisa já é feita de forma automática (e não a pé, como nos lagares de mármore). Foi uma aventura entrar lá para dentro mas lá fomos (ia ser um bocado complicado, depois da visita inteira, dizer aos miúdos "ah, afinal não vão pisar uvas coisa nenhuma"). 

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Como não havia fato para a Mada e para o Mateus (não têm para miúdos tão pequenos) só puderam ir ao colo, até porque ela ficaria com uvas até ao pescoço e o Mateus ficaria submerso. Mas deliraram na mesma. Ela ainda pôde descalçar-se e experimentar pôr o pé. Já não me lembrava como é difícil andar ali, a tracção que aquilo tudo faz nas pernas. Só estivemos às voltas um bocadinho, imagino o que custará estar horas na pisa depois de já terem estado horas a colher as uvas, à torreira do sol! Ah, gente valente!

 

A seguir à visita, fizemos uma prova de vinhos. Que maravilha. A cor, o cheiro, o sabor. Amei sobretudo os brancos e o rosé. O tinto menos, mas também pode ter que ver com o calor que estava. Depois das provas, almoço no restaurante Herdade das Servas. O couvert começou logo bem com uma divinal manteiga de chouriço e o queijo de ovelha de Estremoz. Depois, entrou em cena o Bacalhau às Servas (sublime), seguido de Bochechas de Porco Preto Assadas no Forno (imperdível). Não comi sobremesa mas tinham todos óptimo aspecto.

Estes programas podem ser marcados em herdadedasservas.com e valem mesmo muito a pena.

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Depois do almoço... voltámos ao hotel que só tínhamos visto à noite, quando chegámos, e de manhã de raspão ao pequeno-almoço. E que lindo que é este hotel de charme no coração de Estremoz.

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Clube de Leitura: foi o mais longo (ou não fosse o primeiro depois das férias)

Em Agosto não houve encontro e, para a maioria das pessoas, foi mês de férias ou seja, para muitos, mês de pôr a leitura em dia. Uma coisa a somar à outra deu nisto: começámos às 19h e terminámos às 22h. Estivemos três horas a falar dos livros que lemos, a falar de coisas da vida (porque as conversas são como as cerejas e os livros espelham tantas coisas que vivemos e outras tantas que não vivemos mas imaginamos). Éramos 20 (se bem que na altura da foto já não estava toda a gente) e foi perfeito, como sempre.

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LuísaNorwegian Wood, Haruki Murakami 

Cocó na Fralda, Sónia Morais Santos

FranciscoAvozinha Gangster, David Walliams 

Inspector Max - Alerta no Mega Concerto, Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada

CéliaA Vida de Pi, Yann Martel

Flores, Afonso Cruz

A Princesa de Gelo, Camilla Lackberg

SusanaJogos de Raiva, Rodrigo Guedes de Carvalho. A forma como descreveu o livro e, sobretudo, o final do livro, fez com que ficasse com muita vontade de o ler.

Inês - Tem 16 anos e diz que leu vários livros mas muitos eram mauzinhos (era o que havia em casa da prima). Saga After, Anna Todd

Younger, Pamela Redmond Satran

"Só depois passei para algo mais desafiante intelectualmente. Tão desafiante que ainda não acabei de ler. É, na verdade, uma releitura de um dos meus livros preferidos de sempre: A Rapariga de Roubava Livros, Markus Zusak. Quem não leu devia mesmo, mesmo ler." 

Elisabete - O Estrangeiro, Albert Camus (ainda em atraso da tertúlia anterior, a que faltou)

Os Homens Que Odeiam as Mulheres

A Rapariga que Sonhava com uma Lata de Gasolina e um Fósforo, ambos de Stieg Larsson

A Viagem do Elefante, José Saramago. Elisabete tinha uma malapata com Saramago, por não ter gostado do Ensaio Sobre a Cegueira, e foi convencida pela Didi a dar-lhe mais uma oportunidade. Diz que valeu a pena e que vai ler mais Saramago.

A Pequena Abelha, Chris Cleave (não gostou, diz que era chato)

O Desaparecimento de Stephanie Mailer, Joel Dicker

Fartou-se de ler, a Elisabete! :)

Beatriz - O Estrangeiro, Albert Camus (ainda em atraso)

Ensina-me a Voar Sobre os Telhados, João Tordo (ainda em atraso, da leitura conjunta)

A História de Uma Serva, Margaret Atwood. A Beatriz achou demasiado gráfico, muito depressivo, sem luz ao fundo do túnel. 

Estúpida, Eu?, Camila Coutinho. Pediu a uma pessoa que foi ao Brasil para lhe trazer (o livro não foi publicado em Portugal). Sobre o percurso de uma blogger inteligente. Beatriz falou do seu olhar sobre o mundo da blogosfera (e não foi nada meiga) e sobre as excepções. Gostou do livro por ser uma excepção, que veio confirmar o que ela já esperava da blogger em questão.

DidiMeridiano 28, Joel Neto. Aconselha. Nem fazia ideia do papel dos Açores na 2ª Guerra Mundial.

Estuário, Lídia Jorge. Gostou muito e serviu para desmistificar a ideia que tinha de Lídia Jorge: "Achava que era demasiado intelectual para mim, que não ia conseguir acompanhar." E no entanto... não foi.

Mafalda - Ensina-me a Voar Sobre os Telhados, João Tordo. "Ri-me tanto, tanto". Ficámos todas a olhar para ela com espanto. "Riste? De que parte? Da parte em que o pai espanca o filho? De quando ele o atira do telhado e o puto se parte todo?" Ela riu-se ainda mais. Afinal, riu-se da loucura de Tsukuda, como qual acabou por criar uma empatia.

Não Respire, Pedro Rolo Duarte. "Não tinha qualquer tipo de enquadramento sobre o jornalismo em Portugal e fiquei a saber mais. Adorei as lições de vida e já o emprestei ao meu namorado, que está a gostar muito também."

Perguntem a Sarah Gross, João Pinto Coelho. Adorei. Foi mesmo dos que gostei mais.

O Planalto e a Estepe, Pepetela. Ainda está a ler mas acha curioso que oiça a voz de um homem angolano sempre que o lê, pelo facto de a escrita ser tão diferente.

JoanaO Espião Improvável, Daniel Silva. Muito interessante em termos históricos, tendo como foco a segunda guerra mundial, nomeadamente o Desembarque da Normandia.

IsabelA Ridícula Ideia de Não Voltar a Ver-te, Rosa Montero. A história de amor da autora e a história de amor de Marie Curie, entrelaçadas. Um livro sobre o amor, sobre o ser mulher, sobre superação da dor, sobre as relações entre homens e mulheres, sobre morte e vida, ciência e ignorância.

Isabelinha - "O que é que leste, Isabelinha?", "Nada!" O título do livro infantil proporciona a piada. Nada, Yasmeen Ismail é a história de uma menina com muita imaginação. Tanta imaginação que a faz esconder da mãe todas as coisas em que pensa. Assim, quando a mãe pergunta o que é que se passa, a filha responde: "Nada!" Até que aparece uma avó, que também tem muita imaginação e que compreende os devaneios da neta.

Beatriz - O Retorno, Dulce Maria Cardoso. Beatriz não sabe dizer se foi das expectativas estarem tão altas, uma vez que este já foi um livro muito lido no Clube (eu já li e adorei), mas ela não achou assim tão encantador. Didi acredita mais que essa falta de encantamento se deva à juventude de Beatriz. 

Uma Outra Voz, Gabriela Ruivo Trindade

Histórias do Fim da Rua, Mário Zambujal

Crónica dos Bons Malandros, Mário Zambujal

O Amor nos Tempos Modernos, Azis Ansari - Beatriz quis ler um livro que desconstrói essa coisa do amor que nasce nas aplicações online.Graças às tecnologias, as alternativas aumentaram e, com uma simples pesquisa, acedemos a informações que por vezes criam grandes expectativas, por outras, grandes desilusões. 

AnaO Estrangeiro, Albert Camus

O Retorno, Dulce Maria Cardoso. Deste, Ana gostou tanto que até veio vestida a rigor. Trouxe umas calças que podiam ser dos anos 70, trouxe um fio de missangas que era da mãe, e algumas fotografias de época (os pais, ela e os irmãos gémeos quando viviam em Moçambique). Gostou muito, achou muito fidedigno, sendo que os pais dela tiveram a sorte de serem acolhidos pela família (muitos não tiveram essa sorte e deambularam por hotéis e moradas provisórias antes de conseguirem refazer as vidas).

SaraFim, Fernanda Torres. Gostou, mas sem a paixão que alguns membros do clube (eu incluída) transmitiram. Sara crê que talvez o facto de o livro tratar de pessoas mais velhas, que revêem a vida, que falam dos filhos e de tudo o que passaram, estando ela tão longe desse "final anunciado" - "eu nem filhos tenho ainda!" - possa ser a razão para não ter gostado tanto.

A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert, Joel Dicker

Os Lucros da Rua Mazur, João Pinto Coelho

Viagem ao Coração dos Pássaros, Possidónio Cachapa. "Não percebi nada. No final até fui ler críticas ao livro e li alguém a dizer que era 'um género literário'. Ok. É um género que eu não consigo atingir. Deve ser isso, mas não gostei."

Rosa - Está a ler um livro que ainda não terminou: A Mulher Certa, Sándor Marái.

DianaO Estrangeiro, Albert Camus. "Cheguei ali a meio e levei uma série de tempo a voltar a pegar-lhe. Não me causou nada... não me provocou sensação alguma."

A Laranja Mecânica, Anthony Burgess. "Leva-se algum tempo a entrar no livro porque, para começar, ele apresenta um dialecto próprio. Depois de entrarmos nessa língua nova, percebemos que tudo é violência. Mas violência brutal, numa sociedade do futuro." - Diana ainda está a ler.

Marta - O Desaparecimento de Stephanie Mailer, Joel Dicker

Travessuras da Menina Má, Mário Vasgas Llosa

Noite Sobre as Águas, Ken Follet. Marta achou surpreendente o final. Rosa interrompe para dizer que odiou o final. Que odiou de tal forma o final que nunca mais leu nenhum livro de Ken Follet. E é de encontros e desencontros como este que  - também - se faz este clube de leituta. :)

Ensaio Sobre a Cegueira, José Saramago. "Já li muitos livros de Saramago, adoro todos, e este foi, sem dúvida, o melhor.  Estive duas semanas sem conseguir ler mais nada. Abria outro livro e simplesmente não conseguia." Já Elisabete (como vimos atrás), detestou este livro. Não há nada melhor que assistir a esta diversidade de opiniões e argumentos.

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E pronto. Eram 22h quando saímos dali. Eu não pude ir ao jantar que elas combinaram porque fui, nessa mesma noite, para o Alentejo. Mas fiquei mesmo feliz por ver que esta é uma comunidade que nasceu porque a pus em marcha mas que já vive para lá de mim. 

Em breve digo quando é o próximo encontro.

Uma vez mais obrigada à Fnac, por nos acolher há mais de um ano!

 

 

 

 

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