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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Madazinha, como foste tu crescer tanto?

Encontrei ontem estas fotos, num álbum impresso em papel, e bateu uma saudade gigante desta coisinha pequenina e amorosa. 

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Depois olho para a foto de baixo e penso que, dê as voltas que der, os meus filhos acabam mesmo a ser todos iguais uns aos outros. Na foto de baixo a Mada está igual ao Mateus (ou vice-versa), sendo que eu achava que o Mateus era igual ao Manel... 😳

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E se vos dissesse que isso de esperar pela digestão para tomar banho é mito?

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Quantos de nós tivemos de ficar à seca durante umas três horas depois de comer, antes de os nossos pais nos deixarem dar um mergulho na praia? Quantos de nós fizemos a mesma pergunta insistente e desesperada "e agora, já posso?", "já posso?", "já posso?", "já posso?". A resposta parecia ser sempre a mesma: ainda não... E quantos de nós perpetuam esta tortura nos seus próprios filhos, quase como num ritual sádico: "ainda faltam duas horas e meia..."

Pois bem, o especialista em medicina geral e familiar do Hospital Lusíadas Albufeira, Pedro Oliveira e Silva, diz que tudo isto é mito. "A indigestão pode ser causada por ter comido demais ou devido ao stress, por exemplo, mas não existe nenhuma relação científica entre a indigestão e um banho."

Então mas e aquela coisa do choque térmico? De a digestão poder parar por causa da água fria? Bom, isso já pode ter alguma relação, explica o clínico. "Uma das funções básicas do organismo humano é a termorregulação, pelo que, quando expostos a temperaturas extremas, a normalização da temperatura corporal óptima para toda a atividade funcional toma-se prioritária em relação às demais funções. Ou seja, quando tomamos banho numa água extremamente gelada isto pode provocar a distribuição sanguínea e perturbar o normal funcionamento da digestão."

Mas isso significa que, depois de comer, um banho de mar fará pior do que um banho em casa (em que a temperatura é quente)? Pedro Oliveira e Silva diz que não: "A amplitude térmica provocada pela diferença entre a temperatura do corpo ao entrar na água e a temperatura do mar poderá ser, em teoria, maior do que a da água de casa. Mas nas nossas águas, especialmente nas algarvias, a temperatura do mar dificilmente provocará um choque térmico capaz de levar a um dano na nossa regulação interna corporal e que altere a digestão."

Viram? Anos e anos de pura perda de tempo! 

Podem ler o artigo completo AQUI.

BOA PRAIAAAAA!

Clube de Leitura de Julho: foi na sexta e não desiludiu

Nunca desilude. O Clube de Leitura está tão entranhado no meu coração que era preciso arrancarem-mo (ao coração) para me conseguirem extrair este gosto que tenho nesta grupeta boa que todos os meses se junta, na Fnac do Colombo, para conversar sobre livros. No WhatsApp somos cada vez mais (por acaso esqueci-me de pedir o contacto às pessoas novas que foram a este encontro, para também elas ficarem a par das nossas divações várias, não só sobre os livros como sobre a vida em geral, mas fica para a próxima) e sonho com o dia em que todas as pessoas inscritas e que já participaram consigam estar num encontro, ao mesmo tempo. Nestas coisas já se sabe: no dia marcado para cada encontro há sempre qualquer coisa que condiciona um ou outro, e nunca consegui essa proeza, de ter os mais de 40 participantes neste clube juntos simultaneamente. Pode ser que um dia.

Desta vez tínhamos um livro comum. Ou melhor, dois. Como alguns já tinham lido o escolhido, decidimos arranjar um segundo livro. Quem quisesse ler O Estrangeiro, de Albert Camus lia. Quem quisesse ler As Memórias de Adriano, de Marguertite Yourcenar, lia. Quem quisesse ler ambos... estava à vontade também.

Eu li O Estrangeiro, bem como a maioria. Comecei As Memórias de Adriano mas foi mais uma luta do que uma leitura, de maneira que não cheguei a terminá-lo.

Foi interessante discutir O Estrangeiro e perceber como só pode ser genial um autor que consegue perturbar os leitores com a total ausência de empatia para com a personagem principal. É fácil gostarmos da figura central de um livro. É fácil não gostarmos. Muito mais complexo é conseguir-se esta apatia, esta indiferença, esta estranheza para com uma personagem que mais do que levar a vida, deixa-se levar por ela, de uma forma absolutamente inquietante. Houve muita gente que não gostou do livro, justamente por esta incompreensão, por esta bizarria de uma personagem para quem tudo parece ser rigorosamente alheio, distante, uma espécie de linha recta, sem sobressaltos, sem amor, sem ódio, sem vibração. Eu gostei muito. Por tudo isto, justamente. 

Uma das opiniões de que mais gostei foi a da Ana Monteiro que, curiosamente, não foi ao nosso encontro por estar de férias, mas enviou as considerações sobre o livro para o nosso grupo de WhatsApp: "Aquilo que à primeira impressão parecia uma leitura simples, tornou-se cheia de reflexões e pausas. Mersault, um homem vazio de vontades, despojado de sentimentos ou apenas convicto do que não deseja? Pareceu-me que era o próprio espectador da sua vida e de tudo o que o rodeava, e ainda assim com a sua (aparente) indiferença causava uma (boa/má) impressão. Depois, toda a parte do julgamento/destino, o porquê da existência, levou-me ao quão ténue e absurda pode ser a linha que nos separa da convicção do controlo da nossa vida."

A Isabel Sobrinho destacou-se, não apenas por ter levado vinho e copos de vidro (é a maior!) mas por ter falado do livro As Memórias de Adriano, que está a adorar. Todas as outras pessoas que estavam a lê-lo revelaram as suas dificuldades, um livro denso, um livro carregado de referências gregas e romanas, quase um livro de História, mas Isabel conseguiu apaixonar-se pelas ligações - várias - aos nossos dias, a temas que se mantêm tão actuais. Para Isabel, é um livro bonito que relata a passagem de testemunho, o relato de um imperador que compreende que a sorte é crucial nas nossas vidas e que não há nenhum manual para reconhecer a sorte. A velhice, a reflexão sobre o que se fez bem e o que se fez mal, a humildade de um imperador, foram alguns dos pontos altos que Isabel destacou (e ainda não o tinha terminado). Ficámos todas com vontade de insistir na obra, apesar de nos estar a ser difícil. Mas... todos sabemos que rcom frequência o mais difícil é o que nos traz mais prazer.

No final, falaram as duas crianças que foram ao encontro, o que, como sabem, me deixa sempre encantada. O Miguel leu, da colecção Os Indomáveis, "O Mundo é uma Bola", de Álvaro Magalhães, e da colecção 7 Irmãos, "Miguel contra-ataca". Não quis falar muito mas disse que gostou porque gosta muito de futebol e identificou-se com as personagens. O Francisco leu a Avozinha Gangster, de David Walliams, que é, até onde ele já leu, a história de "um menino que não gosta de ir para casa da avó porque ela tem barba mas um dia descobre diamantes na caixa das bolachas, e descobre que foi a avó que os roubou." Claro que é impossível não gostar de uma avó tão aventureira, se bem que não sabemos ainda como termina a história (esperemos que com alguma moral, não vá o herói infantil ser efectivamente um larápio sem escrúpulos, o que não seria muito edificante).

Agora paramos para férias mas voltamos a encontrar-nos no dia 21 de Setembro. Em breve deixo o formulário para quem quiser poder inscrever-se. 

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Fim-de-semana com três filhos (para matar saudades)

Como disse no outro post, temos estado de licença sabática, sem filhos. Mas no fim-de-semana fomos com eles (com três deles, que o outro está no Algarve) até ao Convento do Espinheiro. Já conhecíamos o hotel, que é excelente, e por isso uma boa escolha para descansar (enquanto eles se divertem na piscina), mas já não íamos lá há uns aninhos. Continua tão bom como me lembrava.

O Mateus esteve nas nuvens porque havia uma piscina bastante grande onde ele tinha sempre pé. Esteve SEMPRE de molho. O hotel é lindo e, como fomos com as refeições todas marcadas, pudemos desfrutar até ao último minuto. Basicamente passámos o sábado inteiro na piscina (interrompendo apenas para petiscar no Pool Bar). O jantar foi no Divinus, que merece bem o nome, não só porque a comida é excelente como pelo próprio espaço lindíssimo, a lembrar que estamos mesmo num antigo convento. No domingo... mais do mesmo: sopas e descanso. 

Uma nota para os nossos quartos. Que além de lindos e enormes tinham uns colchões daqueles que não se esquecem e que nos permitiram repor o sono. Ah, e uma outra nota para... as sanitas dos nossos quartos. Dizer que fizeram as delícias dos três putos (ou não fossem eles filhos da Cocó na Fralda - isto está tudo ligado). Agora a sério: as sanitas têm aquele sistema de lavagem e secagem dos traseiros que lá se sentam (que já é velho em muitos cantos do mundo, como no Japão, por exemplo), e não posso descrever-vos a pândega que foi quando eles tocaram naqueles botões pela primeira vez. 😂😂

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Este robalo assado com risoto de camarão, lima e gengibre era simplesmente esplêndido! 

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The Sweet Art Museum

Não temos estado com os miúdos todos. Tem sido uma espécie de "desmame de filhos" feito como os desmames - devagarinho. Há duas semanas estiveram dois no campo de férias Sniper (Martim e Mada). Na semana passada foram três para a casa de praia da minha mãe (Martim, Mada e Mateus). Há uns dias também se pirou para o Algarve o Manel. Ficámos sozinhos, meio bêbados do silêncio, sem sequer fazermos jantar porque o melhor desta fase sem filhos (que temos a sorte de viver todos os anos) é o facto de não termos de fazer nenhuma das actividades a que os filhos sempre nos "obrigam". Preparar todos os dias o jantar para seis é dose. Em podendo descansar disso... excelente! Venham de lá esses iogurtes, essa peça de fruta, essas papas de aveia. E as séries! E os livros! E o silêncio. Amamos os nossos filhos, não imaginamos de todo a vida sem eles. Mas... estas semanas - justamente por sabermos que não são a regra mas a excepção - valem ouro.

Ainda assim, como na quinta a minha mãe tinha um jantar e trouxe-os, até porque tínhamos marcado um fim-de-semana no Convento do Espinheiro para irmos com eles.

Assim, na sexta-feira peguei nos dois mais novos e levei-os ao The Sweet Art Museum. Ainda tentei arrancar o Martim da cama mas foi uma tarefa impossível. Não insisti. Para o ter de cara amarrada... antes não o ter.

Não ia com muitas expectativas porque já me tinham dito que, apesar de ser muito giro, era pequenino e acabava num instante. Talvez por isso (ou então não) gostei muito e não achei assim tão pequeno. Não é enorme mas talvez tenha a medida certa. Porque cada sala tem pelo menos um sítio que é altamente fotogénico, mas por vezes tem dois ou três pontos muito fotografáveis. Numa altura em que a imagem é tão valorizada, em que vivemos muito para mostrar coisas bonitas (às vezes obsessivamente), ali temos a garantia de conseguir. O The Sweet Art Museum é muito giro e dá sempre fotos incríveis. Ao longo do percurso, vai havendo alguns doces (gomas, gelados, rebuçados). Sim, sim, sim, já sabemos que o açúcar é um veneno e mimimimi, tudo certo. Mas uma vez não são vezes e ali... faz todo o sentido.

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Procura-se!

Já muito se falou neste caso, nos jornais, na televisão, nas rádio, mas nunca é demais reforçar. Se alguém viu o paradeiro deste homem, por favor alerte as autoridades.

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Luís Miguel Grilo saiu de casa no Carregado (Alenquer) no dia 16 deste mês, para mais um treino (é triatleta amador), e nunca mais voltou. Os familiares e amigos não desistem de o encontrar e a polícia diz que todos os cenários estão em aberto.

 

Encomendar os livros escolares antes de ter água do mar a bater nos calcanhares

Gostaram do título? É verdade, há uma poeta em mim! 😂

Há quem já tenha ido de férias, há quem ainda vá. Mesmo as famílias que ainda não estão de molho têm os miúdos em campos de férias ou nos avós e já começam a contar os dias para o merecido descanso. Mas... já se sabe: quando se tem filhos não dá para desligar completamente. É preciso antecipar, prever, programar. E não dá para comprar os livros escolares à boca das urnas, ou seja, no primeiro dia de aulas. Há que comprar antes ou fazer ainda melhor: encomendar os livros na Fnac, deixá-los encomendados e... ir de férias descansado. O site da Fnac tem a lista dos manuais escolares organizada por ano de escolaridade, escola e disciplina, conforme informação do Ministério da Educação. Rápido e simples. É só escolher a escola dos miúdos e depois encomendar os livros pretendidos.

Até 19 de Agosto há um desconto de 6% na encomenda! Além do desconto, há facilidades de pagamento, portes grátis e a tal plataforma ultra simples para se encomendar os livros escolares da miudagem. Assim dá para ir de férias descansadinho da vida.

Já encomendei tudinho e foi tão fácil!

Agora sim, já posso ir a banhos (se bem que ainda falta um bocadito).

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A compra é feita em 3 passos simples: 

1. Selecciona-se o ano de escolaridade

2. Escolhe-se como se quer procurar os livros, por escola (tem de selecionar o distrito e concelho) ou por disciplina. Se escolher por escola, aparecerão os livros de todas as disciplinas indicados pela escola para o ano letivo.

3. Indica-se o nome da escola na lista apresentada.

4. Por fim é só adicionar os livros pretendidos e completar a encomenda em fnac.pt (AQUI)

 

Bons mergulhos (de consciência tranquila)!

*post escrito em parceria com Fnac

 

Clube de Leitura: é já amanhã!

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Não esquecer, malta!

É amanhã que nos reunimos, para falar de um destes dois livros (ou de ambos):

- O Estrangeiro, de Albert Camus

- Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar

 

Na Fnac do Colombo, às 19h! 

Até amanhã!

Quem quer ganhar uma KCook Multi?

É um robot de cozinha que só lhe falta falar. A KCook Multi da Kenwood, com o valor de 699,99€, é o prémio que está a jogo no passatempo do Instagram do Cocó. Faz estufados, molhos, coze a vapor, faz sopas, salteados, sobremesas. Corta, rala, bate. 

Vão lá ver as regras de participação e concorram! O passatempo termina hoje à meia-noite! 

Boa sorteeeeeee!

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Crescer, amar, apoiar

Quando tive o meu primeiro trabalho, creio que pelos 18 anos, a servir às mesas numa hamburgueria chamada "Yellow Cab" nas Amoreiras (aaaaaaaaah, que saudades), aconteceu mais ou menos isto: toda a família quis lá ir assistir ao momento, os amigos, os amigos dos pais, foi uma festa. Não havia era telemóveis para registar o momento (e que pena porque hoje adoraria recordar com o auxílio de imagens e não apenas com recurso à minha terrível memória) mas lembro-me de ter  muitas visitas que me sabiam sempre pela vida (e as gorjetas também).

Com o Manel tem sido parecido. Nós já fomos umas três vezes, sozinhos e com os irmãos, e na segunda o meu pai e a minha boadrasta também quiseram lá ir espreitar. Enquanto lá estávamos, uns amigos do Manel chegaram também, para assistir ao momento. Acho delicioso este acompanhamento dos nossos, um pouco como quando os ensinamos a andar de bicicleta. Largamos mas estamos sempre a correr ali atrás, capazes de lhes deitar a mão se for caso disso. Aqui não íamos propriamente  salvá-lo de se espalhar ao comprido, mas estar por perto deixando voar é coisa que até os pais pássaros fazem com os filhos.

Na noite em que fomos lá jantar com os irmãos foi impagável ver a cara da Mada a olhar para o irmão quando ele assomou à nossa mesa, de pólo com o nome do restaurante e avental. Mandou uma daquelas gargalhadas genuínas, e não se calava de um riso enorme, que era de espanto e orgulho no irmão mais velho. Foi tão bonito que será impossível esquecer. 

Já o Martim, esteve a vingar-se de todas as prepotências que os irmãos mais velhos sempre exercem - de uma forma ou de outra - sobre os mais novos. Chamava-o por nada, obrigando-o a regressar com a bandeja cheia, perguntou-lhe se tinha fome enquanto se deliciava com uma bolinha de alheira, entre outras patifarias do género. Claro que lhe fomos dizendo que "cá se fazem cá se pagam" e daqui a 3 anos, se tudo correr bem, vai ser ele a dobrar a mola e o outro pode bem ir para lá dar-lhe cabo da cabeça diariamente. 

Na segunda o avô e a avódrasta apareceram, pediram a sangria que ele prometeu saber fazer bem (e sabia, que estava óptima), e ficaram enternecidos com o tanto que o miúdo cresceu. Se a mim me provoca esta mistura de sentimentos que vão do achar que isto é tudo encantador, ao ter pontadas no peito pelo tempo que passa quase sem darmos conta, nem imagino aos nossos pais, que já nos viram a nós bebés e agora vêem-nos adultos com filhos a caminhar para adultos também. A vida e a sua perpétua transmissão de testemunho não cessam de me maravilhar. 

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