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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Galp e a Luz dos Portugueses

A Galp tem a decorrer, desde o início de 2018, a campanha "A Luz dos Portugueses", em que oferece um mês de electricidade grátis a todas as famílias dos bebés que nasçam no dia 1 de cada mês.  Basta ir AQUI e ver as condições e a forma de se inscreverem.

O objectivo da campanha é o alerta para a queda da natalidade. A verdade é que se se tomassem mais medidas do género talvez as famílias se abalançassem para mais filhos - a quantidade de pessoas que me confidencia que gostava de ter mais filhos mas que não se aventura pela falta de incentivos e apoios é pungente.

 

Ora, o vosso Cocó na Fralda também quis apoiar esta iniciativa (como sabem adoro bebés e famílias grandes) e todos os meses teremos aqui no blogue uma entrevista a uma família que tenha tido um bebé em cada mês do ano e, além da entrevista, oferecemos (através de um passatempo) uma sessão de Baby Art, com a talentosíssima Raquel Brinca. Não sabem o que é isso do Baby Art? São aquelas sessões com recém-nascidos maravilhosas, como a que o Mati fez e que deu origem a fotos como estas: 

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SENDO ASSIM, E UMA VEZ QUE ESTAS SESSÕES TÊM DE SER FEITAS PREFERENCIALMENTE QUANDO OS BEBÉS TÊM ATÉ 15 DIAS... HÁ POR AÍ BEBÉS NASCIDOS NESTE MÊS DE FEVEREIRO QUE QUEIRAM TENTAR A SORTE?

ENVIEM EMAIL PARA SONIA.MORAIS.SANTOS@GMAIL.COM

O VENCEDOR SERÁ SORTEADO VIA RANDOM!

 

Cada família é uma família. Cada chegada de um filho é uma chegada diferente. Nuns casos pode ser um primeiro filho, um filho que foi uma surpresa ou que, pelo contrário, levou anos para chegar (de tratamentos, espera, angústias e consequente felicidade desmedida). Nuns casos pode ser o segundo, o terceiro ou o sexto. Em todos os casos há emoção, há medo, há dúvidas. Certo é que cada nascimento deve ser celebrado. Vamos a isso!

 

*Post em parceria com Galp

Filhos da Químio

O lançamento do livro "Filhos da Químio", do jornalista Nélson Marques é hoje na Fundação Champalimaud.

Tenho-o ali para ler mas, por razões pessoais, ainda não lhe consegui pegar. Minto. Peguei-lhe, li algumas partes e pu-lo de parte para ler quando me sentir capaz. Do que já espreitei está muito bem escrito, forte sem ser piegas, cru sem ser frio. Tão bem escrito que estava quase a pegar de estaca na leitura, eu é que me obriguei a deixá-lo, por agora, a uma distância de segurança.

Filhos da Químio retrata histórias reais de cinco mulheres grávidas que descobrem que têm cancro. Um livro de força, de esperança, de amor.

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Pelo fim dos bombardeamentos

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Vale o que vale. É uma assinatura. Serão seguramente milhares, talvez milhões de assinaturas. Valem o que valem, contra os interesses "maiores" (e tão menores) de várias potências internacionais. Mas à falta de poder fazer mais, faço isto. Assino e divulgo, para que possam também assinar. Valerá o que valerá. Mas vale mais do que não fazer nada.

Assinar petição AQUI.

28 de Fevereiro: Dia das Doenças Raras

Existem mais de 6.000 doenças raras e cerca de 30 milhões de pessoas vivem com uma doença rara na Europa e 300 milhões em todo o mundo. Para a maioria destas doenças, continua a não haver cura e há poucos tratamentos disponíveis.

Hoje, Dia das Doenças Raras, é importante pedir um maior investimento na investigação científica para reforçar o apoio a estas doenças. São raras, é certo, mas afectam muitos seres humanos, como cada um de nós. 

High Spirit: digam lá se isto não é lindo!

Há pessoas incríveis. Imagino que ele preferisse que não me centrasse nele mas sim na ideia. Já lá vou. Acontece que a ideia nasceu dele e é preciso dar o seu a seu dono. O João Chú é o mentor do High Spirit e eu faço-lhe uma vénia agradecida por este projecto tão bonito. O João tem dois filhos, é licenciado em Educação Física pela FMH - UTL e tem uma empresa que comercializa produtos ligados à saúde e ao desporto. Eu não o conheço, nem nunca o vi mais gordo. Mas fiquei rendida ao seu projecto.

Então mas o que é o High Spirit, afinal? É um encontro de gerações. Actividades desportivas, recreativas e artísticas GRATUITAS para crianças e séniores, com vista ao encontro inter-geracional e familiar. 

Ok, dito assim parece bem. Mas em que consiste, exactamente?

Então, todos os domingos de Março, durante todo o dia, vai haver múltiplas actividades, no Parque das Nações, que as crianças vão poder experimentar acompanhadas pelos seus avós ou pais. Cada uma das actividades demora 2 horas. Para já isto vai acontecer apenas no Parque das Nações porque o João vive aqui e porque todos os projectos, antes de serem maiores, têm de começar por algum lado. O objectivo é que se torne uma ideia de âmbito nacional, mas para já nasce aqui e os destinatários são crianças dos 3 aos 10 anos de idade que residam no código postal 1990, seus pais e avós. Os Pais e Avós não necessitam de cumprir este requisito. 

 

As actividades estão divididas por grupos de idades. Há o grupo dos 3 aos 6 anos e o grupo dos 7 aos 10. Sempre acompanhados pelos avós ou pelos pais (ou tios ou padrinhos, isso depois logo se vê).

 

Grupo dos 3 aos 6 anos

Hotweel Spirit - Especialistas vão ensinar as crianças e séniores a andar de bicicleta e trotinete. Num ambiente controlado e com equipamentos destinados a uma aprendizagem segura e progressiva, vai ser só 'dar ao pedal'.

Picasso Spirit - Eles vão pintar, borrar, escrever, riscar, tornar a pintar, construir e destruir, vão todos poder mostrar o seu espírito artístico. Com materiais próprios para o efeito, os participantes vão experienciar diversas técnicas e efeitos, uns Picassos por isso.

Portuguese Spirit - Os jogos tradicionais portugueses vão invadir a cabeça das crianças. E os séniores vão recordar como era bom brincar 'à séria'. Num diálogo saudável entre o jogo e a brincadeira, brincar sem depender da electricidade vai ser o mote principal.

 

Grupo dos 7 aos 10 anos

Warrior Spirit - Rugby é a modalidade conhecida por ser bruta mas 'played by gentlemen'. Uma experiência rica onde serão passados os valores principais do rugby:  Integridade, Respeito, Solidariedade, Coragem, Paixão e Disciplina. Soa-lhe bem? Raparigas, rapazes e adultos são bem-vindos.

Robinhood Spirit - Vai ser uma experiência única para crianças e adultos num ambiente de torneio medieval. Um arco, flechas e alvos, e claro, regras de segurança bem apertadas. Ninguém se vai esquecer desta actividade.

Zorro Spirit - Esgrima é um desporto de concentração, perícia, controlo e atenção. Vamos ter Zorros de todas as idades e até podem trazer a máscara. Conduzida por profissionais especialistas, venha experimentar as artes do espadachim mais conhecido do mundo.

 

Há ainda actividades extra, que serão feitas em condições específicas (ver AQUI)

 

Uma das coisas mesmo bonitas neste projecto foi a aceitação que a ideia teve junto dos parceiros. Como expliquei no início, as actividades são todas GRATUITAS. Para isso, os monitores/professores/especialistas que vão estar a acompanhar cada uma não vão cobrar nada por isso. Vão dar o seu tempo e o seu saber pro bono. Não é maravilhoso?

Todas as actividades vão decorrer na Escola Vasco da Gama e podem inscrever-se apenas numa ou em todas. Têm é de se inscrever: www.highspirit.pt. O primeiro dia deste projecto inovador (que espero tenha longa vida e cresça para todo o país) é já este domingo! Pessoas do Parque das Nações, vamos a isso? Inscrevam-se!

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Cá por casa levamos os aniversários muito a sério

Há quase 20 anos que a nossa vida é isto: ele faz uma surpresa, eu tento superar, ele a seguir procura ser ainda mais criativo, eu depois volto a fazer das tripas coração para o deixar de cara à banda. Calhou juntar-me com alguém que ama surpresas tanto ou mais do que eu, de maneira que passamos boa parte do tempo a magicar a melhor forma de surpreender o outro. 

Desta vez, comecei a preparar a surpresa dele há mais de um mês. Quando voltámos de Nova Iorque, o homem vinha doido com o Fantasma da Ópera. Já vimos alguns musicais mas aquele mexeu mesmo connosco e era ver o Ricardo a pôr as músicas a tocar o tempo todo, para tormento dos miúdos (menos do Mateus, que também se viciou e passa o tempo a cantar "Masqueraaaaaade..."), que reviram os olhos e imploram por outros temas no rádio.

Quando comecei a pensar no presente que lhe queria dar ocorreu-me: e se lhe oferecesse uma ida ao Fantasma da Ópera mas em Londres? Aproveitávamos e íamos fazer um fim-de-semana a dois, que sabe sempre bem, e de repente tudo começou a parecer-me muito apetecível. E pronto. Marquei o espectáculo, marquei o hotel, tratei de fazer as reservas para os jantares. Partiríamos no próprio dia do aniversário, mas só mais tarde, para que ele pudesse estar com os pais e com os filhos. 

Era agora preciso pensar em como iria passar o dia (sexta-feira). E se fosse uma massagem, num sítio que adoramos, e um almoço sobre o mar? Se depressa pensei, mais depressa decidi que era por aí. Fiz as malas em segredo, não lhe dei um único indício.

Assim, sexta-feira, depois de levarmos os miúdos à escola, começámos por ir ter com os pais dele. Passámos lá um bocado e, a seguir... Cascais. Como chegámos cedo, ainda fomos à Casa da Guia tomar um café.

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Curiosamente, quando estávamos ali sentadinhos na esplanada encontrei os meus primeiros chefes. Primeiros ainda que o meu querido Pedro Rolo Duarte. A Raquel Silva e o Paulo Parracho foram meus chefes na Rádio Clube de Sintra, onde trabalhei pouco tempo mas da qual tenho maravilhosas recordações. Vai daqui um grande beijo para os dois.

Dali pedi-lhe para seguir até à Rua Frei Nicolau de Oliveira (há que manter o suspense até ao final) e eis que chegámos ao Grand Real Villa Itália, um dos nossos hotéis preferidos (e que terá sempre o simbolismo de nos ter recebido na noite que antecedeu a nossa primeira maratona - que começou em Cascais e acabou em Lisboa). Tinha marcado um circuito termal de Thalassoterapia e uma massagem a dois, seguidos de um almoço no divinal restaurante do hotel. Haverá melhor maneira de se começar o dia de aniversário?

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Massagem incrível pelas mãos de Mariline e Rafaela Santos

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Durante o almoço fizemos amizade com uma gaivota, que o Ricardo prontamente baptizou de Fernão. 

O Fernão veio comer à mão e até lhe deixei um bocadinho de pão na minha cabeça, que ele veio buscar. Descaradão do Fernão. 

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Quero agradecer muito a gentileza da equipa do restaurante do Grand Real Villa Itália que, sabendo quando reservei que se tratava do aniversário do homem, providenciou um bolo com vela e tudo. 

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Confesso que me deu um gozo bestial estar neste bem-bom a pensar "Nem fazes ideia de que daqui a umas horas vais estar a entrar num avião". Depois do almoço, fomos para o carro e disse o destino: casa. Ao mesmo tempo, fui trocando mensagens com o Manel. Se já estavam todos, se já tinham as velas no bolo, se já estavam na cozinha escondidos. O Mateus, que acordou doente, vomitou minutos antes de entrarmos em casa, pelo que tive de empatar um bocado a entrada (e estava com o coração apertado por saber que íamos embora com ele doente), mas depois lá entrámos, os miúdos cantaram os parabéns ao pai e enquanto ele recebia mimos e presentes, fui buscar as malas para a entrada de casa sem ele ver.

Cerca de uma hora depois, chamei um Uber. Quando o Uber chegou, disse-lhe: "Temos de sair. Tens a carteira?" Quando chegou à porta e viu as malas ficou azul. Quando viu no GPS do carro o destino - aeroporto - ia tendo um colapso.

Foi só quando chegámos à porta de embarque que soube que íamos para Londres. Estava doido (não íamos os dois sozinhos a Londres há 20 anos, apesar de ja termos ido com os miúdos) e ainda nem sonhava do projecto principal - assistir ao Fantasma da Ópera, no dia seguinte. Quando se viu à porta do Her Majesty's Theatre ia falecendo.

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O espectáculo foi incrível, ainda melhor que o de Nova Iorque. Os actores transmitiam muito mais emoção, o fantasma chorava (e eu com ele), eram todos muito mais actores do que os da Broadway. Certo é que chorei baba e ranho na parte da escadaria, em que todos cantam ao mesmo tempo (e são - creio - 40 actores/cantores) o "Masquerade". Aquilo comove-me até à medula, bem como o dueto entre a Christine e o Raoul. Sou uma sentimentalona, eu sei. O aniversariante adorou. E até era capaz de ver ali uma garganta a engolir em seco, para evitar uma vergonha maior, mas pode ser dos meus olhos... :)

 

O fim-de-semana em Londres foi mesmo bom. Como já lá fomos algumas vezes e como era apenas um fim-de-semana não tivemos aquela tendência para andar a mata-cavalos a ver tudo.

 

Mada no seu melhor

- Estive a pensar e vocês, quando se referem a mim e aos manos (juro que disse assim mesmo, tão espertinha, benza-a Deus) dizem, por exemplo: "Meninos, venham cá!". Eu sou uma menina mas vocês dizem "meninos". Isso ficou aqui na minha cabeça, achei mal. Mas depois lembrei-me de um exemplo ao contrário: avós. O plural, se fosse igual, era "avôs". Mas diz-se "avós". Por isso... menos mal.

 

Mada nas Capazes, já! 😜

Consultório #9

Que tal vão as noites aí por casa, malta com filhos pequenos? Hum? Uma desgraça? Têm olheiras até ao queixo? Sentem-se um trapo do chão, uma esfregona? Adormecem junto da máquina do café, na reunião importante do dia, ao computador? Sentem saudades de uma noite inteira de sono, sem interrupções? Aaaaaaaaaah, como vos compreendo!

Hoje o Consultório é para nós, pais que sofrem com crianças que dormem pouco ou dormem mal. Havia muito mais para dizer, mas esta rubrica é mesmo assim: curta. Ficam as respostas a algumas das questões que nos puseram por email. Espero que ajude!

 

A Luneta filmou e editou.

A maquilhagem é da Madalena Martins Makeup.

Martim, o pré-spoiler

Martim em casa. Lesionado num joelho, teve hoje consulta na ortopedista e vai à tarde fazer ressonância magnética.

Está a ver a série que nós também estamos a ver, só que vai uns bons episódios mais à frente.

Infernal ouvi-lo exclamar: "Oh meu Deus!", "Não!", "Não é possível!", "Hã??? Como assim???"

 

Estou capaz de lhe torcer o pipo mas depois tinha duas ressonâncias magnéticas para fazer. 

Um chef em casa? Que cozinha, emprata, serve e deixa a cozinha impecável? Sim, existe!

Ora então deixem-me cá contar a história tim tim por tim tim. 

Um belo dia recebi uma proposta na caixa de email. Se não queria juntar um pequeno grupo de amigos e fazer um jantar cá em casa, com um chef. Era uma empresa chamada Supper Stars, que tem vários chefs (27, fui agora contar) e que vão a casa das pessoas cozinhar, servir e deixar tudo como se por lá não tivessem passado. Eeeeh lá! Olha que bela ideia! Pois que sim, senhora, que viesse então o chef!

Escolhi o menu, convidei dois casais amigos, pedi à minha mãe que ficasse com as crianças lá em casa nessa noite, pus a mesa, recebi o chef, no caso foi o chef Kiko Sousa (que chega duas horas antes, munido de tudo o que precisa - ingredientes, utensílios, cenas específicas para cada prato), eles chegaram, perguntaram que barulho era aquele na cozinha, nós dissemos, com um tom normal, "ah, é o nosso chef" e continuámos a conversa como se fosse absolutamente comum ter um chef na cozinha (para depois nos desmancharmos todos a rir), o chef apareceu entretanto na sala com o amuse  bouche, que foi devidamente apreciado através de elogios verbais (que maravilha, mas que delícia, muito bom) não-verbais mas sonoros (hummm, aaaaah, nhammm) e visuais (olhos revirados de prazer, línguas passando pelos lábios, sobrolhos em arco).

Passámos para a mesa e fomos brindados com iguarias que degustámos com prazer. Começámos por um Carpaccio de vieiras marinadas, puré de aipo, legumes crocantes, coco e lima. Uma entrada que quase mereceu uma ovação de pé. Não podíamos ter começado melhor. A conversa fluiu, o vinho escorregou, o chef trouxe o prato principal: Sargo, batata doce assada, compota de cebola roxa, crumble de nozes e gengibre, espargos e molho cremoso de limão. Perfeição pura. Unanimidade à mesa. "Parabéns, chef!" Estava tudo a correr tão bem que a sobremesa só podia correr bem também. E assim foi. Pavlova com frutos vermelhos e raspa de lima. Aaaaaaaaaaaah, soberba!

E foi assim que, quase sem dar por isso, o chef se despediu, discretíssimo, deixando a cozinha a brilhar e deixando-nos completamente rendidos. Tão rendidos que, no meu caso concreto, me esqueci de fazer uma única fotografia do evento. Nem chef, nem ingredientes, nem preparativos, nem pratos, nem coisa alguma. Mas que bela porra. Como é evidente, tratava-se de uma troca de serviços: a Supper Stars não me ofereceu esta possibilidade pelos meus lindos olhos mas porque tenho uma plataforma com muita afluência. E eu ali estava, de barriga e alma cheia, mas sem nada para dar em troca. Descontraí de tal forma que me deixei ir, esquecendo o nosso compromisso. Caneco.

 

Foi então que decidi explicar o sucedido e, assumindo o meu falhanço, contratei a empresa - a pagar - para voltar cá a casa. Era uma excelente oportunidade, de resto, para compensar a minha mãe pelo trabalho na outra noite (e pelas vezes todas em que nos ajuda) e para convidar o meu primo Quim para jantar, algo que já estava para acontecer há muito. E uma excelente oportunidade também para relatar, como cliente "normal", este serviço, desde a marcação ao jantar em si.

Convidei os dois, perguntei à minha mãe se os miúdos podiam ficar a jantar na casa dela, nessa noite em que ela vinha cá a casa (moramos uma em frente da outra), e fiz a reserva online. Surpreendi-me com a facilidade. O site não podia ser mais simples, mais intuitivo, mais claro. Escolhi de novo o chef Kiko, mas com um menu diferente, cliquei em "Reservar Menu", completei os dados que pediam (local, dia, hora, número de pessoas e os dados para faturação, método de pagamento) e... paguei. Mais fácil impossível. Confesso que fui surpreendida pelo valor final porque não correspondia ao valor definido por pessoa. Depois percebi que há um valor mínimo de 6 pessoas (pelo que, se forem menos - e eram, éramos só 4 - pagamos na mesma o valor das 6 pessoas). Mas pronto. Como não me apetecia juntar mais ninguém àquele ramalhete... assim foi. Um dia não são dias!

O chef Kiko chegou duas horas antes e eu andei a fotografar quase tudo, não fosse embarcar de novo na onda da alegria e descontracção e esquecer algum detalhe (e depois tinha de passar a vida nisto, com um chef cá em casa a cozinhar para mim - não que me importasse mas desgraçadamente ainda não consigo ter verba para isso). Preveni-o - em jeito de brincadeira - para a exigência do meu primo, ex-chefe de cabine da TAP, voluntário no Palácio da Ajuda há 26 anos na àrea dos banquetes de Estado, pelo que é homem que sabe TUDO sobre como pôr uma mesa, como servir, como deslizar pelas pessoas sem lhes tocar... enfim, um verdadeiro especialista (e uma enciclopédia histórica também).

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Desta vez, houve dois amuse bouche: Blinis com crème fraiche e caviar de averuga (que comemos ainda de pé), e o segundo (já sentados) um ovo cozido a baixa temperatura com trompetas da morte e creme de cogumelos. Dizer que este segundo fez soar campainhas de prazer no meu cérebro de tão perfeito. O ovo é cozido durante 40 minutos a 63ºC, de maneira que fica com uma consistência diferente de todos os ovos que já comi. 

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A entrada foi Vichyssoise com crème fraiche e cebolinho e estava muito boa. Seguiu-se um Salmão braseado, cogumelos shiitake, legumes salteados com molho de ostra e couscous. Sublime! E a sobremesa foi, de novo, Pavlova com frutos vermelhos e raspa de lima. Da outra vez a sobremesa do menu escolhido era outra mas nós pedimos para ser a Pavlova. Desta vez, e como estava tão boa no último jantar, quisemos repetir. Excepcional!

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Estou absolutamente fã disto. Os jantares não podiam correr melhor. É que não é só a comida que é excelente, porque feita por quem sabe do assunto (o chef Kiko, por exemplo, trabalhou 9 anos na Fortaleza do Guincho). É também o facto de não termos de estar sempre a levantar-nos da mesa e, assim, podermos dedicar-nos inteiramente aos nossos convidados. É também a graça de ter este luxo acessível (não posso dizer que é acessível a todas as carteiras, claro, mas não acho absurda para aquilo que proporciona). É o prazer de ter um chef talentoso e simpático, de quem ficamos a saber mais, e que nos mima com as suas obras durante essa noite, em regime de exclusividade. E isto tudo no nosso ambiente, na nossa casa, no nosso conforto, onde podemos falar à vontade, rir, ouvir a música que nos apetece. E... last but not least... chegar à cozinha e estar tudo im-pe-cá-vel. Que sonho. Por acaso em nenhuma das vezes tivemos os miúdos em casa, mas havemos de experimentar também com eles. Afinal, é como ir jantar fora, mas ficando dentro.

Podem saber mais AQUI.

 

*post escrito em parceria com Supper Stars

 

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