Éramos 21, na Fnac do Colombo. A maioria era composta pelos suspeitos do costume mas havia 5 caras novas (que espero voltar a ver). Uma surpresa: a Rita, que foi mãe da Helena há apenas 3 meses, apareceu para participar, com a pequena Helena ao colo, atentíssima a tudo, escavacando a teoria da Didi que, na última sessão em que ela compareceu (tão grávida que tememos que tivesse a criança ali mesmo), se despediu dela dizendo: "Então até daqui a 10 anos!"
Houve várias sugestões que me ficaram mesmo a apetecer ler e acho que consegui contagiar umas quantas com as minhas escolhas (Fim, de Fernanda Torres e Somos o Esquecimento que Seremos, de Héctor Abad Faciolince).
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Então vamos lá a saber o que cada um leu:
Beatriz - No Meu Peito Não Cabem Pássaros, de Nuno Camarneiro
Joana - Não leu nenhum. "Eu nem era para vir, que estava com vergonha, mas a minha mãe insistiu e eu, como gosto de vos ouvir, lá vim. Não consegui ler nada, para a próxima vou tentar compensar!" Era o que faltava, Joana! Todos podem vir mesmo sem ter lido - ouvem sugestões de leitura, deixam-se contagiar, participam na conversa de outras formas, com livros que já leram ou histórias que viveram e está bom na mesma.
Lurdes - Cuidado Com O Que Desejas, de Jeffrey Archer (uma saga de 7 livros que se lêem num abrir e fechar de olhos)
Elizabete - A Volta Ao Mundo Em 80 Dias, de Michael Palin. Seguindo a rota que Phileas Fogg fez 115 anos antes, Michael Palin (dos Monty Pyton) conta aqui a sua viagem de circum-navegação. Com peripécias e o humor que se conhece. Fiquei cheia de vontade.
- O Silêncio, de Fiona Barton. A descoberta das ossadas de um recém-nascido leva a cabo uma descoberta que vai deixar duas mulheres muito inquietas.
- Para Lá do Inverno, de Isabel Allende - Para Elizabete, que é uma fã da autora, este livro ficou aquém das expectativas.
Rita - O Prodígio, de Emma Donoghue - Uma menina não come e ainda assim sobrevive. É milagre, dizem todos. Até que uma enfermeira se ocupa dela dia e noite e percebe o que se passa.
Ana - O Fio das Missangas, de Mia Couto - Vinte e nove contos unidos como missangas em redor de um fio, com a escrita deslumbrante do autor moçambicano.
- Três Com Tango - Como já vem sendo habitual, a Ana traz também um livro infantil. Diz que este devia constar na prateleira de todos nós. A história (verdadeira) de dois pinguins machos que se apaixonaram, no Zoo de Central Park, em Nova Iorque. Embevecido ao perceber as tentativas do casal de chocarem uma pedra, o tratador deu-lhes oportunidade de terem um filhote, ao colocar um ovo no ninho. E assim nasceu Tango, o primeiro pinguim-fêmea a nascer com dois pais. Já está na minha lista para comprar!
Célia - Uma Questão de Fé, de Jodi Picoult. Uma criança começa a conversar com Deus, a citar passagens da Bíblia sem nunca a ter lido e a fazer milagres. De repente, mãe e filha vêem-se perseguidas por crentes e não crentes e o livro acaba por ser uma lição sobre religião, dor e amor.
Sónia - A Rapariga de Antes, de J.P. Delaney - Foi a estreia da Sónia no Clube de Leitura mas acho que vai repetir. :) Duas mulheres, uma casa de sonho, o mesmo destino?
Paula - Jalan Jalan, de Afonso Cruz. A Paula, que também teve na sexta a sua estreia nestes encontros, confessou-se rendida ao estilo de Afonso Cruz. Percebo-a bem.
Ana Melo - Siddharta, de Herman Hesse - Também foi a primeira vez que Ana participou. Gostou muito da peregrinação de Siddharta por um país pobre, e toda a contemplação e aprendizagem.
- A Ana, que é nutricionista (e disse-mo no exacto momento em que eu tinha ido buscar um bocado de bolacha de chocolate, damn it!), levou também o seu livro: Mudanças e Atitudes de uma Nutricionista.
Isabel Oliveira - O Caminho Imperfeito, de José Luís Peixoto. Trata-se do relato da longa viagem a uma Tailândia para lá dos lugares-comuns do turismo.
Isabel Sobrinho - Manual Para Mulheres de Limpeza, de Lucia Berlin. Um livro de contos, com "histórias de mulheres como ela: mulheres que riem, choram, amam, bebem, vivem e sobrevivem. Histórias de mães e filhas, casamentos fracassados e gravidezes precoces. Histórias de emigração, riqueza e pobreza, solidão, amor e violência."
Susana - Billy and Me, de Giovanna Fletcher. A história de um amor que obriga a muitas concessões, nomeadamente no que respeita à privacidade.
- Quiet Power, de Susan Cain. Serão os introvertidos menos capazes que os extrovertidos? Ou terão segredos escondidos que são, na verdade, poderosos?
Também foi a estreia da Susana, mas espero que repita!
Joana Madeira - Homens Bons, de Arturo Pérez-Reverte. "Na Europa do século XVIII, dois homens viajam em segredo. A sua missão? Levar para Espanha algo proibido: os 28 volumes da Enciclopédia Francesa de D'Alembert e Diderot. A delicada tarefa está nas mãos do bibliotecário don Hermógenes Molina e do almirante don Pedro Zárate, membros da Real Academia Espanhola. Mas estes dois académicos estão longe de imaginar as peripécias que os aguardam…" Igualmente uma primeira vez, no clube.
Didi - O Ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago. É a obra de um génio sobre a obra de outro génio. Só podia correr bem.
- O Mandarim, de Eça de Queiroz. Não convenceu muito a Didi, que ali não encontrou o Eça de sempre.
- O Retorno, de Dulce Maria Cardoso. Como não amar este livro sobre a descolonização e o regresso de mais de meio milhão de pessoas, escrito magistralmente?
- Romão e Juliana, de Mário Zambujal. Uma escrita deliciosa, garante a Didi.
- É Isto Que Eu Faço, de Lynsey Addario. Fiquei louca para ler este. A história da fotojornalista de guerra e a dureza da vida de uma mulher num mundo de homens (e de morte).
Sara - Vidas Roubadas, de Mary Kubica. Uma mulher vê uma adolescente com um bebé ao colo num comboio. A imagem não lhe sai da cabeça e, quando a volta a encontrar, decide ajudar mãe e filha acolhendo-as em casa. Quando começa a saber mais sobre o passado desta estranha, porém, há revelações perturbadoras.
Fátima - O Caderno de Maya, de Isabel Allende. A história de Maya Vidal, "dezanove anos, sexo feminino, solteira, sem namorado por falta de oportunidade e não por esquisitice, nascida em Berkeley, Califórnia, com passaporte americano, temporariamente refugiada numa ilha no sul do mundo."
Rosa - Good in Bed, de Jennifer Weiner - Uma mulher termina uma relação e o seu ex-namorado escreve um artigo em que descreve como é o sexo com uma gordinha. Podia ser um acto horrível (e é) mas acaba por a confrontar com o modo como lida com o seu corpo e com a sua (falta de) auto-estima.
Diana - O Perfume, de Patricl Suskind. Inesquecível a história do perfumista Jean-Baptiste Grenouille, em busca do perfume supremo, forma única de alcançar o belo, mesmo que para isso seja preciso cometer os crimes mais hediondos.
- A Vida de Pi, de Yann Martel - A Diana ficou deslumbrada com este vencedor do Man Booker Prize 2002. "O filho do administrador do jardim zoológico de Pondicherry, na Índia, Pi Patel possui um conhecimento enciclopédico sobre animais e uma visão da vida muito peculiar. Quando Pi tem dezasseis anos, a família emigra para a América do Norte num navio cargueiro juntamente com os habitantes do zoo. Porém, o navio afunda-se e Pi vê-se na imensidão do Pacífico, a bordo de um salva-vidas, acompanhado de uma hiena, um orangotango, uma zebra ferida e um tigre de Bengala. Já considerado uma das mais extraordinárias criações literárias da última década, "A Vida de Pi" é um livro mágico, onde o real e absurdo se misturam numa história intemporal.
Ricardo - A Rapariga No Comboio, de Paula Hawkins. Rachel, divorciada, que desistiu de si e se entregou à bebida, faz todos os dias o mesmo percurso de comboio, para ir procurar emprego. Vê todos os dias um casal e fantasia sobre ela, sobre ele, sobre ambos. Imagina a sua vida feliz. Até que um dia, vê algo que muda tudo.
Eu - A Rapariga no Comboio, de Paula Hawkins.
- Fim, de Fernanda Torres. O delicioso relato da vida de 5 amigos cariocas, perto do fim. Velhos, cheios de frustrações mas também de uma vida muito vivida, recordam os tempos áureos, paixões, traições, felicidades e percalços. Uma maravilha de escrita. O primeiro de muitos romances de Fernanda Torres, espero.
- Somos o Esquecimento que Seremos, de Héctor Abad Faciolince. O autor recorda o pai, que lutou pela defesa da igualdade e dos direitos humanos, até ser assassinado em Medellín. Uma história de amor imperdível.
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A seguir fomos para o Italien Republic, ali mesmo no Colombo, onde já em Dezembro tinha ficado marcado o jantar mas, pelas razões que muitos recordam, acabou por ser cancelado. O gerente, Adelino, que já tinha sido espectacular quando foi da marcação para uma Black Friday, quando liguei a desmarcar, aos soluços (nunca o termo Black Friday teve tanta razão de ser para mim), voltou a ser impecável. Compreendeu perfeitamente e disse para não me preocupar com o assunto. Claro que agora o jantar só podia ser lá. E correu tudo muito bem. Divertimo-nos, trocámos presentes (livros, claro) e até ficámos com vontade de fazer isto uma vez por mês, a seguir ao clube de leitura. :)
Adoro-vos, malta! Até daqui a um mês!
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Obrigada, uma vez mais, à Fnac que nos recebe sempre tão bem! ![]()