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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

BCook: sem desculpas para não cozinhar

Na semana passada chegou cá a casa uma caixa BCook. Um projecto mesmo giro!

Já conhecem?

É um novo serviço de gestão de refeições saudáveis e saborosas. Como? Basta escolher o menu, encomendar e depois chega a casa uma caixa com TODOS os ingredientes necessários para a confecção dessa refeição, bem como a própria receita. Não é tão giro? Vejam aqui o vídeo de apresentação:

 

As receitas foram pensadas pela chef Mónica Alves Pereira em conjunto com a nutricionista Tânia Barbosa para que todos possam cozinhar, em cerca de 30 minutos, refeições mais equilibradas e saborosas. 

Os ingredientes, frescos e de época, são seleccionados por Joe Best e colocados nas quantidades exactas para evitar desperdício alimentar e para poupar tempo e recursos. “Esta ideia surgiu numa conversa de amigos, mas rapidamente se traduziu numa paixão”, diz Miguel Silva, responsável pelo projeto BCook. “Portugal ainda não tinha um projeto desta natureza, já muito comum noutros países, que promovesse uma alimentação saudável e equilibrada e, em simultâneo, fizesse despertar nas pessoas uma vontade de (re)descobrir o prazer de cozinhar, perante um dia-a-dia cada vez mais exigente e stressante. Não somos um serviço de entrega de cabazes de produtos, somos muito mais do que isso, pois entregamos os produtos nas quantidades exatas para confecionar receitas criativas, do dente de alho aos 10ml de azeite, e com isso ajudamos a reduzir o desperdício alimentar, tão comum nos lares”, acrescenta o responsável.

Indicado para todos aqueles que gostam ou gostariam de cozinhar, mas a quem falta tempo e criatividade, e para aqueles que se preocupam com a saúde e com a alimentação equilibrada, privilegiando a qualidade e a sustentabilidade, a BCook permite cozinhar, sem riscos, garantindo um resultado seguro e surpreendente.

Para pertencerem à comunidade BCook, os clientes apenas têm de se registar em www.bcook.pt e escolher a modalidade preferida: o conforto de uma subscrição flexível, para receber, todas as semanas, uma caixa BCook com duas ou três receitas e todos os ingredientes necessários, separados e pesados na quantidade certa para confecionar os pratos que escolheu, para duas ou quatro pessoas, com transporte gratuito; ou a aventura da descoberta numa única encomenda, com a BCook Tester, uma caixa com uma única receita e todos os ingredientes necessários, separados e pesados na quantidade certa para confecionar o prato que escolheu, para duas ou quatro pessoas.

 

No nosso caso, chegou uma receita de Bobó de Frango maravilhosa. No dia em que recebemos a caixa, era dia de treino com o mister do demo. Mas como o Ricardo tinha ido dar sangue e não podia fazer exercício, ficou em casa a fazer o almoço com os ingredientes da caixa e seguindo a receita que lá vinha. Quando cheguei, estava o almoço pronto. O Ricardo disse que foi incrível ter os ingredientes todos disponíveis, nas quantidades certas, e que seguir a receita foi fácil e relativamente rápido. Estava muuuuuito bom.

Parabéns aos envolvidos neste projecto!

https://www.bcook.pt

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Blogs do Ano: Cocó nomeado, yeaaah!

Ontem fui à festa em que foram revelados os nomeados os Blogs do Ano. E lá estava o Cocó, na categoria "Família".

Muito obrigada aos membros do júri, que acharam o Cocó merecedor, pelo segundo ano consecutivo. Mas sobretudo obrigada a vocês, que aí estão sempre desse lado, já lá vão quase 10 anos. 

Parabéns às outras nomeadas, que são muito queridas e fazem com que esteja muuuuuito bem acompanhada.

A festa foi bonita, sobretudo porque 75% do The Woffice recebeu uma nomeação para os Blogs do Ano. E só não foi 100% porque a nossa Inês tem mais que fazer do que ser blogger. Senão era o escritório em peso, que a moça é talentosa que se farta.

Bom, nós divertimo-nos pra xuxu, como se pode ver no GIF anexo. 

 

Também gosto muito desta foto, em que parecemos um galheteiro 😂. A Babá enorme, fazendo com que até a Ana, que é alta e estava em cima de uns Louboutin vertiginosos, parecesse pequena, e transformando-me a mim numa anã (que sou, praticamente, e ainda para mais levei uns ténis).

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Bom, minhas pessoas, agora se acharem que a vossa Cocó merece o voto... é irem AQUI. Podem votar a cada 24 horas. Hum? Podem perfeitamente fazer isso todos os dias, como quem lava os dentinhos. Eram a-mo-ro-sos!

Já agora, se acharem que as minhas meninas também merecem - e se merecem! - votem nelas: A Pipoca Mais Doce está nomeada na categoria de Lifestyle e a Bárbara está na categoria de Negócios e Empreendedorismo.

http://blogsdoano.iol.pt/votacao#/

 

O Amoreiras faz anos e a festa é amanhã!

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São 32 anos. Caneco. 32 anos e eu lembro-me tão bem. É terrível quando dizemos "foi há 32 anos" e eu não só já existia como já tinha 11 anos. Glup. Adiante.

O que interessa é que o Amoreiras Shopping Center celebra o seu 32.º aniversário com uma edição especial do shopping day mais famoso da capital. A festa inclui descontos exclusivos, música, dança, sessões de maquilhagem, atividades radicais, uma after party no cais…e muito mais. E é JÁ AMANHÃ!

O centro comercial mais icónico de Lisboa em dia de aniversário vai recriar o ambiente exótico da Índia, com momentos de Bollywood, ioga, henna, um encantador de serpentes e muitas outras surpresas. Uma das surpresas mais saborosas são as ofertas exclusivas e descontos até 50% promovidos pelas diversas lojas aderentes.

 

O que pode fazer neste dia?

Bom, além de aproveitar as promoções, há uma agenda muito preenchida. Por exemplo, às 11h pode-se descer 18 andares em rappel, a partir do Miradouro 360º Panoramic View, tendo como pano de fundo o casario de Lisboa e o brilho do rio Tejo (obrigadinha, mas passo 😅).

A FNAC junta-se à festa aliando as últimas novidades da tecnologia a elevados níveis de adrenalina, com uma aventura de BTT num simulador de realidade virtual.

A partir das 18h, no Amoreiras 360º Panoramic View, um DJ Bollywood vai guiar todos os visitantes por um sunset com uma vista deslumbrante sobre a capital, a 174 metros de altura acima do mar.

Mas o momento alto deste dia especial é o concerto agendado para as 20h30. Na escadaria central do Amoreiras, a mais internacional cantora e fadista portuguesa, Mariza, promete tornar a data verdadeiramente inesquecível.

Esta 5.ª edição do Amoreiras Shopping Day conta ainda com a antestreia do filme Vitoria e Abdul, seguindo-se, às 23h, uma After Party exclusiva no Cais para terminar esta edição especial em alta.

Mais informações: http://amoreiras.com/shoppingday/#/

 

Quanto a mim, amanhã lá estarei e, assim de repente, vou sem dúvida passar por lojas como Stone by Stone; Lush; RitualsSwarovski; Multiópticas; Lanidor; Fnac; Clash; Tiger; Lacoste; O Boticário; Pedra Dura; Pés de Cereja; entre taaaaaantas outras!

 

Fritos? Açúcar? Pão? Sim, ainda consumimos

Quando aqui falo na minha tentativa de comer de forma mais equilibrada, há quem pense que me passei definitivamente para o lado dos papa-sementes (nada contra, atenção!) ou para um rigor indelével em que não entram fritos, processados de qualquer tipo, gorduras más, açúcares ruins, leite de vaca, carnes, refrigerantes, álcool.

Minhas bondosas almas, não. Eu estou a tentar mudar algumas coisas. Não todas! Estou a tentar que o grosso da alimentação cá de casa seja menos mau. Não estou a procurar entrar no céu dos vegan-vegeto-gluten-ph-cenas!

Prova disso é este vídeo do palhaço do meu filho Mateus, apanhado a lamber o pão com Nutella que lhe fiz para o lanche, este domingo. Como vêem... estou longe da santidade alimentar.

 

 

Clube de Leitura: é esta sexta, malta!

Minhas pessoas queridas! 

É já esta sexta que nos reunimos, de novo, à volta dos livros. Na Fnac do Colombo, às 19h.

Conto com os do costume, conto com novos que se queiram juntar.

Gostava muito que viessem, mesmo que ainda não tenham terminado o livro que se "comprometeram" a ler.

Ou mesmo que não se tenham inscrito. E que já não leiam um livro há muito.

Venham. Aposto que ficam contagiados por este prazer da leitura e no próximo mês já voltam com um livro para contar.

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 Se ainda se quiserem inscrever (fazendo tudo by the book - olha que expressão tão apropriada), é aqui: 

Tomate panado com abacate e ovos escalfados

Ontem experimentei uma receita que vi no Casal Mistério. E foi um sucesso! Tomates panados com pasta de abacate e ovo escalfado. 

Como se faz? (eu fiz algumas - pequenas - adaptações à receita original)

Corta-se o tomate verde (não tem de ter a cor verde, tem é de ser pouco maduro e de consistência rija) em rodelas grossas. Tempera-se com sal e pimenta. Passa-se por ovos com um pouco de leite e por pão ralado. Leva-se uma frigideira com azeite ao lume e, quando o azeite estiver quente, fritam-se as rodelas de tomate. Reserva-se, em papel de cozinha, para absover o excesso de gordura.

Paralelamente, esmaga-se um abacate, tempera-se com sal, e espreme-se meio limão por cima (ou 1, a gosto).

Ao mesmo tempo, escalfam-se os ovos para pôr por cima (agora que aprendi não quero outra coisa 😂). Ontem experimentei uma dica que também vi no Casal Mistério (mas acho que eles tinham visto no Jamie Oliver): escalfar os ovos dentro de película. Explicação AQUI.

Os ovos ficaram perfeitinhos mas não foi tão fácil perceber quando estavam no ponto. Retirei-os cedo demais, percebi depois que a gema ainda estava demasiado líquida, voltei a metê-los dentro de água a ferver (um deles já fora da bolsa, mas já tinha a clara na forma certa e não se desmanchou) e consegui que ficassem no ponto. 

As fotos estão manhosas, desculpem lá qualquer coisinha, mas foi tudo fotografado assim a correr, que tinha 6 almas para pôr a jantar. 

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 Nhamiiiiiiiii!

E então?

Gira ou não, a história anterior? Inspiradora, sem dúvida. Se não leram ainda... convido-vos a lerem mesmo. Acho extraordinário que alguém mude de vida, trocando "o certo" pelo incerto, trocando uma suposta seriedade e formalismo por uma vida mais verdadeira e apaixonante. 

São histórias como esta que procuro. Sobretudo quando têm subjacente uma certa ideia de "ir de cavalo para burro", na perspectiva preconceituosa (no sentido literal de pré-conceito) da sociedade: um médico que se tornou professor de yoga; um engenheiro que virou músico; um jornalista que se tornou massagista. A ideia de largar uma profissão liberal, uma carreira de sucesso, trocando-a por algo que é visto como "menor" foi aquilo que me atraiu quando criei esta rubrica. 

Uma das coisas que a Susana me dizia - e que acabei por não escrever no texto - foi que não há comparação no modo como a tratam quando diz que é economista e quando diz que é dançarina ou professora de dança. Há uma certa reverência (ou olhar respeitoso) na primeira situação, há um olhar sobranceiro na segunda. E é isto que me fascina. Que me encanta. Trocar o certinho pelo fora da caixa, enfrentando os olhares, o choque, o espanto. Porque se for o fora da caixa que nos faz feliz... então vamos a isso!

(com cautelas e planeamento, evidente, não queremos agora malta debaixo da ponte por perseguir quimeras - vejam lá isso com jeito, sim?)

Mudar de Vida #6: Susana Amira

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Estão a ver um automóvel a fazer inversão de marcha, chiando os pneus, e seguindo depois viagem pela via contrária? Assim é esta história. Ou, se quisermos outro paralelismo, menos rodoviário: estão a ver a água e o fogo? A protagonista deste “Mudar de Vida” começou por ser água. Hoje é fogo. Assim mesmo, sem tirar nem pôr. Susana Moraes, 39 anos, mudou de tal maneira de vida que até o nome levou uma volta. Hoje é conhecida por Susana Amira (princesa, em árabe).

Comecemos então pela água, que foi o início de tudo. Susana Moraes, nascida e criada em Lisboa, sempre foi uma menina atinada, boa aluna, adolescente sem devaneios. Quando chegou o momento de escolher um curso (porque o “canudo” era uma inevitabilidade a que nem lhe passaria pela cabeça escapar), não soube bem o que fazer. Era boa a tudo, e quando se é bom a tudo fica difícil fazer escolhas. A maior parte das amigas seguiu para Gestão, ela optou por Economia por pensar que talvez fosse mais abrangente e lhe desse mais oportunidades. Além disso, tinha o sonho de acabar com a pobreza e a exclusão social (quem nunca?) e, por isso, especializou-se em Economia Social. “A minha ideia era destruir o sistema por dentro”, explica com uma gargalhada de quem já perdeu a inocência há muito.

Assim, quando terminou o curso, Susana começou a trabalhar em gabinetes de consultoria na área social, onde fazia estudos para caracterizar as populações desfavorecidas e encontrar medidas para quebrar esse ciclo de pobreza. Estava tudo a correr como previsto: ia mesmo mudar o mundo e combater a miséria e a injustiça social.

Só que não. Os levantamentos que fazia não tinham repercussão prática, acabavam por não evoluir para uma real mudança, e foi então que as suas convicções de que ia fazer a diferença começaram a esmorecer. Se calhar não ia. Se calhar não valia a pena. E foi então que a menina inocente virou mulher.

Acabou, em 2001, a aceitar emprego na área financeira, algo que sempre havia rejeitado, cruzes canhoto! Onde? Num dos centros nervrálgicos da finança: a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Ali encontrou um ambiente "composto por números e gráficos". O oposto do que sonhara. Passou por vários departamentos, teve muitas funções. Não nega que "em termos intelectuais era estimulante". No final, fazia parte de alguns grupos internacionais que supervisionavam a bolsa e que a obrigavam a viagens mensais. "Era o que mais gostava. Não só pelas viagens como por ir aos centros de decisão, e ficar a conhecer formas diferentes de trabalhar. Todos os meses tinha uma reunião em Paris, Bruxelas, Londres, Amesterdão, etc. Isso foi muito bom."

Paralelamente, Susana tinha uma paixão por dança oriental e pela cultura árabe que nem consegue precisar a origem. Sempre disse que havia de ir a Marrocos com o primeiro ordenado e assim foi. Em 1999 foi pela primeira vez a Marrocos e foi como se tivesse chegado a casa. "Os mercados, os cheiros, os sabores, as músicas... era como um regresso a algo que me fazia todo o sentido." Nessa altura, porém, não havia em Portugal muita informação sobre onde aprender danças orientais. Foi só em 2002 que encontrou uma escola e foi aprender a dançar. "Apaixonei-me logo na primeira aula. Não sei explicar mas senti que aquilo fazia parte de mim."

Continuou sempre a dançar, como hobbie. Mas a paixão, em vez de esmorecer, crescia. Inscreveu-se num curso de árabe na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e esteve dois anos a aprender Língua e Cultura Árabe. "O meu maior interesse era perceber as letras das músicas que dançava para melhor as interpretar." Em 2008 concorreu para um casting de um professor egípcio que ia fazer espectáculos em Portugal e foi seleccionada. A família ia ver os espectáculos dela com a complacência que os comuns têm pelos excêntricos: "Lá está ela com esta mania dos árabes. De onde virá isto?" Susana sorri ao lembrar: "Eles foram ver e acharam muita piada. Acharam o máximo. Mas - claro - só acharam tudo isso porque eu era uma Economista a trabalhar na CMVM."

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Em 2010 dá-se o clique fatal. Susana Moraes vai pela segunda vez ao Egipto (já tinha viajado também para a Tunísia, a Jordânia, para Marrocos várias vezes). Objectivo da viagem: ter aulas intensivas de dança. 16 dias. E é nesse ano também que uma das suas colegas a convida para fazer parte de um grupo de dança profissional e para dar aulas. Ela, completamente apaixonada, aceitou. "Ou seja, em 2010 eu era a senhora doutora durante o dia, e era a dançarina à noite. É preciso sublinhar que a área financeira é uma área muito conservadora. A maior parte das pessoas veste fato e gravata ou tailleur cinzento. De maneira que eu fazia isto no maior secretismo, como se fosse uma coisa errada ou proibida. Sentia-me cada dia mais prisioneira na CMVM porque sentia-me mais feliz do que nunca a dançar, porque sentia que tinha finalmente descoberto a minha vocação, e porque tinha a certeza de que era por ali o meu caminho."

Foi assim que a decisão foi tomando forma. "Pensei: não quero passar mais 10 anos da minha vida aqui, quando tenho lá fora algo que eu adoro. Sempre fui muito romântica e sempre acreditei que se fizermos as coisas com amor e com verdade dá tudo certo. Ora, se eu sentia aquela paixão tão grande, tinha de lutar para conseguir concretizá-la." Num acesso de coragem (dirão uns), de loucura (dirão outros), Susana Moraes chegou a acordo e saiu da CMVM. E da água surgiu o fogo. E a Susana Moraes dava lugar à renascida Susana Amira. 

Na família, a decisão foi acolhida com choque e escândalo. Falaram-lhe do perigo de trocar o certo pelo incerto. "Estavam preocupadíssimos, e eu percebi. Era legítimo. Mas tive de lhes dizer: errei na minha vocação, mas mereço ser feliz agora."

Susana não lastima os anos de "erro". Na verdade, não é assim que os vê. "Foi um processo por que tive de passar. Foi útil. Ainda hoje é, quando tenho de gerir a minha vida de profissional por conta própria. Fez sentido e não me arrependo. Tornou-me na pessoa que sou hoje e as coisas acontecem no momento em que têm de acontecer. Foi complicado ter a aceitação da família. Acho que hoje estão todos conformados e apoiam-me incondicionalmente. Mas sim, acho que ainda têm uma secreta esperança de que isto me passe e eu volte a ter um emprego 'sério'."

A mudança de vida trouxe-lhe instabilidade financeira mas uma felicidade e realização que nunca havia sentido. Sim, o facto de não ter filhos ajudou. "Se calhar, se tivesse filhos, não poderia fazer isto. Ou então fazia na mesma, porque era quase um grito cá dentro. Como se finalmente estivesse a ser fiel a mim mesma. Talvez fosse importante passar essa mensagem aos meus filhos. Mas também seria aterrador a perspectiva de falhar, tendo pessoas a depender de mim. É uma incógnita, mas também não importa muito." O que importa é que, ainda que sem dependentes a cargo, Susana deu o passo. Do certo para o incerto. Do sério para o excêntrico. Da água para o fogo.

Hoje dá aulas em várias escolas e tem cerca de 50 alunas. Vê-la a dançar, a interpretar, a vestir o fato que a transforma é como assistir à transformação de uma crisálida em borboleta. "A dança oriental está muito ligada ao feminino, ao resgatar da essência feminina. E eu quero, com a dança, dar o meu pequeno contributo para que as mulheres se aceitem como são, para que gostem de ser femininas, que se permitam. É uma redescoberta do corpo e uma partilha do feminino. Quando as minhas alunas aprendem a dançar e vestem aqueles vestidos cheios de brilhos sentem-se poderosas. Aparecem-me muitas vezes mulheres com uma baixa auto-estima, maltratadas, cheias de fragilidades e a dança é extremamente terapêutica. Além disso, é uma excelente forma de fazer exercício físico e de nos divertirmos."

Susana Amira já fez muitos espectáculos e tornou-se a única bailarina portuguesa a participar numa grande produção de Hollywood sobre a vida do faraó Tutankamon. "Vi um casting na internet, enviei vídeos e fotos e fui seleccionada. As filmagens decorreram em Marrocos e eu ali estive, ao lado do Ben Kigsley! Foi uma experiência incrível!"

A qualidade do seu trabalho foi distinguida com o Prémio de Excelência Artística 2014 atribuído pelas Instituições de Artes, CEMD e Literarte. E não só. Em 2015 foi seleccionada para integrar o prestigiado Ballet Internacional Munique Neith de Barcelona, dirigido pela bailarina Munique Neith. 

"A minha paixão é cada vez maior. À medida que vou amadurecendo torno-me melhor bailarina. A dança é uma expressão de sentimentos, é onde me liberto, é onde me sinto livre. À medida que vou amadurecendo tenho mais experiências para partilhar através da dança. Mais histórias, mais feridas, mais alegrias. A dança é muito mais do que técnica. É alma. Ora, a minha alma é muito mais cheia agora e estou hoje muito mais à vontade para a entrega que a dança implica. E é essa entrega que pode arrepiar e emocionar quem assiste. É essa a magia. A magia que me fez trocar uma vida por outra e todos os dias agradecer por isso."

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Website:www.susanaamira.com

Facebook: https://www.facebook.com/susanaamiradancaoriental/

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=9-hIm57Vtb0

 

 

 

 

Cocó em êxtase

Estou a fazer um trabalho que pode vir a ser assim uma coisa próxima do "trabalho da minha vida". 

Tenho o coração a bater muito depressa quase 24 horas por dia. Tenho um sorriso de orelha a orelha. Está a obrigar-me a uma investigação digna de detective, e cada nova descoberta faz-me dar gritos de felicidade (ontem dei um berro perto da 1h da manhã, levando as mãos à boca porque tinha quase toda a gente a dormir). 

É tão bom quando fazemos aquilo que amamos!

 

Plástico de bolhas. É a solução. Embrulhá-los em plástico de bolhas

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Ontem à tarde ligaram da escola. "É a mãe da menina Madalena?" Coração a mil. "Ela caiu e dói-lhe o braço. Está muito queixosa".

A minha mãe foi buscá-la, saí do escritório, fomos para o hospital. Tinha o braço à Popeye. O raio x não foi conclusivo, de maneira que vai ficar assim quietinho até à próxima semana, em que faremos novo raio x. É o mesmo braço que tramou há uns meses. Fiquei com alguma vontade de a esganar, confesso. As aulas ainda agora começaram e já estamos nisto??? Raça da miúda!

De maneira que estou a pensar nesta solução. Creio que resolverá todos os meus problemas a este nível.

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