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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Leve 3, Pague 2

A Pisamonas, de que sou cliente fiel, já tem preços óptimos. Mas deu início à promoção "Leve 3, Pague 2" e fica impossível não aproveitar. Sobretudo quando se está - como eu estava - mesmo a precisar de comprar sapatos de verão para a Madalena e para o Mati. Vale muuuuito a pena!

Ah, e uma nota para a eficiência de sempre: as sabrinas verdes e os ténis brancos estavam muito grandes. Pedi para trocar. Vieram os novos, levaram os outros, tudo isto na mesma semana! Se todos trabalhassem assim... 

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Presente para a Alice

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Já as imagino, mãe e filha, assim deitadinhas lado a lado.

Quando o Mateus nasceu, este berço da Chicco (Next To Me), foi uma grande ajuda. Tê-lo ali mesmo à mão é perfeito porque, nos primeiros tempos, eles passam a vida a mamar e assim é só uma questão de esticar os braços, puxar o pequeno rato, metê-lo no sítio certo e depois voltar a colocá-lo na sua caminha.

Pequena Alice, a tia já ofereceu a caminha mas faz-me o favor de ficares aí até ao final. Vais nascer quando estiver no Algarve, o que não dá jeito nenhum (raça de gente aquela, que só sabe fazer filhos para nascerem em Agosto!), mas o que importa é que venhas prontinha.

Avioneta, piloto, pai da criança e os julgamentos sumários do costume (a que não me acostumo)

O que tenho lido no facebook sobre o caso da avioneta que aterrou na Praia de São João seria suficiente para nunca mais voltar ao facebook. Mas depois é uma óptima ferramenta de trabalho e não me dá jeito deixá-la. Sentei-me para escrever o que penso sobre o assunto mas antes fui dar uma volta pelos blogs do costume e a cabra da Pipoca antecipou-se e já tinha escrito exactamente o que me vai na alma. De maneira que é só ir lá ler e aí têm o que penso. 

Ainda assim, uma pequena nota: Há muita coisa em mim de que não gosto. Mas há uma que aprecio verdadeiramente. É a de não fazer julgamentos sem estar na posse de todos os dados. Os julgamentos sumários do facebook revolvem-me as entranhas. E não é metáfora. Chego a ficar nauseada, à beira do vómito. Esta coisa de todos saberem tudo: "Se eu fosse o piloto tinha aterrado no mar!" Sabes lá se aterravas no mar, pá! Sabes lá! Para já nem sabes se conseguias sequer manobrar a coisa para isso mas, ainda que conseguisses, tens a certeza que o teu instinto não te ia trair? Tens a certeza que não começavas a pensar nos teus próprios filhos e não querias mais era preservar a tua existência? Tens mesmo a certeza que não tentavas pousar aquela merda, acreditando que as pessoas fugiriam e que não magoavas ninguém? Achas mesmo que o piloto é um assassino, que vai dormir tranquilamente depois de ter matado duas pessoas? Uma criança? Pensa lá melhor, vá.

E quanto ao testemunho do pai da criança, mais alarvidades. "Se eu fosse o pai da criança nem conseguia falar, quanto mais mostrar aquela frieza!" Sabes lá se conseguias falar, se ficavas petrificado, se largavas a rir do choque? O que é tu sabes? Porventura já te morreu uma filha na areia, atropelada por uma avioneta? Então faz um favor a ti próprio e à humanidade em geral: não digas mais nada. 

 

Além da Pipoca, o Nuno Markl também escreveu um texto no facebook (lá está, há coisas boas na rede) que assino por baixo:

"Há dias em que a Internet é a pior invenção de sempre. Quando não havia Internet até podiam existir imbecis capazes de dizer cobras e lagartos de um homem que acabou de perder a filha de 8 anos num acidente com uma avioneta numa praia e que parece estranhamente calmo a falar para uma reportagem (não está; está numa coisa pela qual uns bons 99% dos imbecis que estão a dizer cobras e lagartos do homem nunca passaram, nem sabem que existe, chamada estado de choque); mas, quando não havia Internet, esses imbecis não nos entravam pelos olhos dentro. Estavam em casa ou no café a murmurar porcaria a um canto sem ninguém lhes dar atenção. Hoje em dia têm um fórum, e julgam, e metem uma carinha zangada, e sugerem que desconfiam que há ali coisa, porque, de acordo com a sua visão do mundo, provavelmente formada por lágrimas de novela e reality show, o homem não parecia triste.

Quero acreditar que as redes sociais e as zonas de comentários dos jornais não são o mundo lá fora. Quero ter esperança na humanidade e acreditar que esta corja ainda é uma mísera facção da espécie humana - só que parecem muitos porque dizem muita alarvidade. Quero acreditar que a estupidez é como a espuma do banho: parece imensa e vasta, mas é fininha, desfaz-se e acaba por desaparecer.

(Isto não é boa comparação, porque a espuma do banho cheira bem. Mas apanharam a ideia.)"

Mateus, dois anos de aventuras

Na semana passada estive a fazer uma formação de edição de vídeo.

Foram 3 dias intensos, das 10h às 17h, em que saí de lá com os olhos em bico e a cabeça cheia de informação. Acho que há anos que não dormia tão bem como nessas noites.

Agora... é treinar. Treinar, treinar, treinar. Falhar muito, acertar algumas vezes.

Esta é a minha primeira obra, feita com vídeos que fui encontrar aqui no meu arquivo. 

Está muuuuuito amador, cheio de falhas que consigo detectar (algumas depois de já ter publicado o vídeo, outras quando ainda o estava a fazer mas já naquela fase em que não me apetecia mexer-lhe mais), e de certeza centenas de outros erros e imperfeições que não detecto por não perceber do assunto.

Seja como for, estou orgulhosíssima porque o meu nível de infoexclusão é considerável. Sou aquela pessoa que consegue embrulhar o computador a ponto de quem percebe perguntar "mas o que é que você fez para aqui?" Para não dar asneira, acabo a fazer tudo como com a máquina de lavar a roupa: sempre no mesmo programa, sem espinhas. Ou seja: o Word é a minha casa; o resto são enigmas.

Posto isto, cá está a minha primeira obra. Rudimentar, é certo. Mas uma espécie de milagre (quem me conhece sabe como me irrito e mando tudo pró caraças quando não percebo as coisas tecnológicas - e não as percebo a maior parte das vezes).

De maneira que daqui para a frente... Hollywood me aguarda! (ou então não).

 

 

Cada um com as suas preferências

Ontem fomos buscar o Martim, a Mada e o Mateus (o Manel está no Algarve) para transitarem da casa de férias da minha mãe para a casa dos meus sogros, onde vão ficar com avós, tios e primos até seguirmos para as nossas férias a sul. A minha mãe também foi lá jantar. Matámos saudades, demos muitos beijinhos, ouvimos os relatos todos (se bem que estivemos com eles no fim-de-semana e na semana passada tínhamos lá ido na quarta-feira, e também lá tínhamos ido passar o fim-de-semana anterior). Jantámos com os meus sogros e com os tios. Os primos juntam-se na sexta-feira. 

Às tantas, estava com o Mateus ao colo, a fazer o caminho entre a casa e o telheiro onde jantámos. Passávamos pelas árvores de fruto e eu segredei-lhe ao ouvido, abraçando-o:

- Sabes que te adoro?

Ele olhou para mim e respondeu:

- Eu gosto de tangerinas.

 

😳

Voos

Ontem o Manel voltou de casa da avó. Fomos às compras todos juntos, jantámos num restaurante mexicano (andava cheia de saudades) e a seguir ele foi fazer a mala. Hoje partiu, de novo. Levei-o à estação e fiquei a ver o comboio partir. Custa tanto ver quem amamos desaparecer na linha do horizonte. O meu coração foi ficando apertadinho, quase como se apertasse proporcionalmente à diminuição do tamanho do comboio, cada vez mais pequeno, até se transformar num ponto. Procurei disfarçar a vontade de largar a correr para pedir só mais um abraço, ou de implorar ao maquinista particular cuidado com a viagem. Limpei disfarçadamente uma ou duas lágrimas, engoli um ou dois soluços. Senti-me um bocadinho ridícula, como se sentem geralmente os pais quando existe uma desconformidade entre a situação em si e a tristeza que os invade.

Os filhos crescem, ganham asas, autonomia, voam. Primeiro baixinho, depois, progressivamente, cada vez mais alto. Os pais deixam-nos voar, observam ao longe, dão as recomendações costumeiras, dissimulam as dores que lhes vão dentro. Sempre foi assim. Sempre será. 

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