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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

19 anos de namoro 😮

Se me dissessem, quando comecei a namorar que havia de um dia comemorar os 19 anos de namoro com alguém... era coisinha para me largar a rir à gargalhada. Sinceramente, não esperava ser uma maratonista das relações amorosas. O que é que sucede? Sucede que tive a sorte de ser convidada, faz hoje precisamente 19 anos, para ir jantar com um colega lá do Diário de Notícias que estava sempre a lançar-me sorrisos nas escadas e a dizer "olá Sónia". Eu, que nem sequer sabia o nome dele, pensei: "vamos lá então aceitar o convite, que se lixe". 

Correu bem. Já lá vão quase duas décadas de namoro. 17 anos de casamento. 4 filhos. 

Já tivemos as nossas cenas, os nossos amuos, os nossos desatinos. Há dias em que não o posso nem ver à frente. E ele a mim (apesar de ser um cavalheiro e dizer sempre que nunca tal lhe aconteceu). Mas na esmagadora maioria dos dias sinto que foi uma sorte do caraças ter dito que sim ao jantar. Não imagino mesmo a minha vida sem ele e sou capaz de apostar (apesar de jamais poder saber) que seria hoje uma sprinter das relações, se não fosse ter-me aparecido este sábio que me amestrou o coração.  

Parabéns a nós, gordo!

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A busca

“Escrevo de pé, ereto, com sapatos mocassins folgados. A minha produção diária de palavras varia de quatrocentas e cinquenta a duas mil e quinhentas. No dia seguinte ao pico da criação de palavras, vou pescar; assim não me sinto culpado. Reescrevo sempre o que fiz. Reescrevi o final de Adeus às Armas, a última página do livro, trinta e nove vezes antes de ficar satisfeito. Porquê? A busca pelas palavras certas”. 

Ernest Hemingway

Vamos lá a orientar isso

Acabo de ver uma entrevista do nosso presidente Marcelo a partir da praia, no Algarve, e constato com pesar que esta ventania desenfreada que por aqui grassa também por lá sopra. Chapéus de sol com as varetas em esforço, cabelos em desvario, a bandeira amarela toda agitada e as águas... sem vivalma. O vendaval está à vista e, quanto à temperatura da água, Marcelo queixa-se (ele que nada habitualmente em Cascais). De maneira que me ocorre dizer que é bom que esta brincadeira se vá orientando, que faltam poucos dias para rumar a sul. Compreendo alguma atrapalhação de São Pedro, que já não vai para novo, mas meio de Agosto já vai sendo tempo de perceber que estamos no verão. Está bem?

(logo eu, que odeio vento e água fria).

O Retorno

A minha amiga Maria João tinha-mo oferecido há uns anos, já. Não sei porquê, fui adiando a leitura. Talvez tenha sido a capa, não sei. Havia ali qualquer coisa a afastar-nos. Na semana passada, peguei-lhe. Comecei a ler e uma semana depois terminei-o. Demorei uma semana porque quis degustá-lo, senão teria levado menos tempo. É simplesmente maravilhoso. A escrita é deliciosa, a história toca na verdade de muitas famílias que tiveram de regressar à metrópole, com o fim das colónias, é emocionante, belo, puro, duro. O retrato do fim da inocência. Tão bom. Está definitivamente no grupo dos meus livros preferidos. E, pensando bem, talvez houvesse uma razão para que adiássemos este encontro. Ele aconteceu na altura certa. Mesmo sem acreditar nestes acasos do universo... às vezes eles parecem acontecer. 

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 Malta do Clube de Leitura: preparem-se! Já li o livro para Setembro e ainda falta imeeeenso tempo para o nosso encontro! Acho que vou levar um trolley carregadinho... 😂

Primos em férias

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Estão lá todos, na quinta dos avós. A correr, a dar mergulhos, a comer fruta acabada de apanhar das árvores, a jogar às cartas com os avós e com os tios, a jogar à bola de pés descalços.

Espero que consigamos fazer estas fotografias durante muitos, longos e felizes anos. 

O renovado Olivier

 

Andava a adiar esta visita ao renovado Olivier Avenida (que agora se chama apenas Olivier) porque às vezes as renovações me custam. Há sítios de que gosto tanto que quando os mudam fico danada. Por exemplo, durante anos fiquei furiosa com o Olivier por ter mudado o seu primeiro restaurante de sítio, eu que adorava o Olivier na Rua do Alecrim (onde agora mora o Pito do Bairro, também dele). Já me passou, acostumei-me à mudança para a Rua Júlio César Machado, ali atrás da Avenida da Liberdade, e por isso quando recebi o convite para ir conhecer o "renovado Olivier" pensei: pronto, já me tramaram outra vez. Tanto assim foi que o convite veio em Maio e só agora ganhei fôlego para lá ir. E ainda bem. A mudança não foi suficientemente grande para me trocar as voltas, gosto das andorinhas que chegaram para o embelezar, fiquei feliz por não terem tirado os sofás nem os candeeiros, repito, há lugares onde nos sentimos bem e quando lhes mudam os traços dão cabo de bons hábitos que temos. 

A comida não está assim tão diferente, também. Há novos pratos, para partilhar, mas a picanha e o linguini com molho parmesão e trufa preta ralada mantêm a minha felicidade intacta. Nas sobremesas, coração aberto para o cheesecake de goiaba e hortelã e para a bomba branca (gelado de chocolate branco merengado e frutos vermelhos), mas a constatação aliviada de que o petit gateau se mantém.

Enfim, parabéns Olivier pela mudança (é certo que é bom dar uma renovada de quando em vez) mas obrigada por não teres mudado assim tanto. Afinal, todos precisamos de poisos onde nos sintamos em casa. E isso, felizmente, não mudou.

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