Amor empilhado
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
O final das férias tem muito de triste mas traz também um desejo de recomeço. Por vezes, mais do que de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro, há uma sensação de que podemos fazer tudo de novo, melhor, como se a vida fosse um caderno em branco. Sentimos algumas saudades de casa. O corpo acusa os excessos e iniciamos planos de recuperação: vamos comer melhor, fazer exercício, havemos de conseguir ter mais paciência, mais tempo do que tivemos no ano anterior, os miúdos comprometem-se a estudar diariamente e nós fingimos que acreditamos. Por vezes, com sorte, os dias começam a ficar mais frescos, prenunciando já o outono. Começa a fazer sentido ir embora, se até o calor já partiu. Assistimos à debandada dos vizinhos, que empilham malas nos carros antes de seguirem viagem. O estacionamento torna-se mais fácil em todos os lugares onde antes era impossível estacionar. Os restaurantes subitamente têm mesas livres a horas a que antes era impensável terem. Já não é preciso caminhar quilómetros no areal para estender a toalha sem tocar no veraneante do lado. Há, na rua e por todo o lado, um silêncio estranho de deserção. O Algarve é uma espécie de amante a que nos entregamos uma vez por ano, com paixão e fulgor, para depois abandonarmos impiedosamente até ao verão seguinte.
Férias rima com vagar. Acordar e ficar na cama, na ronha, até todos os filhos, um a um, invadirem o nosso espaço com os seus corpos quentes de sono em abraços apertados que se dão de olhos fechados. Férias é tomar o pequeno-almoço no nosso pequeno jardim, todos juntos ou, quanto eles dormem até mais tarde, à vez. Sem pressas. Sem a correria dos pequenos-almoços nos dias de escola. Férias é praia, claro. E cheiros bons: o perfume das flores algarvias, o pinhal da Praia Verde, a ria formosa, o mar. Férias é jogos na areia: cartas, stop, futebol, raquetes. Férias é ler. Muito. Livros que deliciam pela beleza da escrita mas sobretudo livros que se devoram pelo suspense e mistério - para mim, os melhores para ler na praia. Férias é dormir sestas na areia, a ouvir ao longe o vendedor das bolas de Berlim com o seu cântico e risos de crianças e as ondas a rebentar. É um sono leve porque escutamos tudo, mas perfeito mesmo assim (ou por isso mesmo). Férias é sair do areal já com o crepúsculo. É ficar com as toalhas hirtas de sal, os cabelos com algas que não se libertam nem com um banho, é sentir a areia nos pés em casa mesmo depois de varrer tudo duas vezes. Férias é apanhar o comboio do Barril com o lusco-fusco e sentir aquele cheirinho inconfundível (reconheceria aquele lugar de olhos fechados, apenas pela brisa). Ou subir a ladeira da Praia Verde já com vontade de jantar. Férias é fazer projectos, sonhar, imaginar que tudo possa ser ainda melhor do que já é. Férias é passar tempo com os amigos de sempre, é ver como os nossos filhos crescem juntos desde que nasceram, é ver as diferenças de ano para ano e sentir um misto de alegria e nostalgia por isso. Férias rima com jantares tardios, percorrendo todas as capelinhas obrigatórias do verão: os petiscos de Cacela, o Sem Espinhas, os Pezinhos na Areia, o Zé Maria, o Fialho, a Noélia, o Pedro, os fritos de Ayamonte. Nas férias também há birras épicas, por falta de sono, mas que se aguentam bem porque ninguém tem a paciência esgotada. Porque nas férias gostamos todos mais uns dos outros, porque temos tempo para nos lembrarmos disso, porque não temos mais nada para fazer do que estarmos juntos. E é tão bom. Férias é tudo isto, todos os anos, numa monotonia que não cansa. Provavelmente, se não tivessem fim não seriam tão boas. Mas que custa muito pensar que terminam... isso custa.
De 23 de Agosto a 8 de Setembro está a decorrer nas redes sociais da Staples um passatempo que permite ganhar um vale de 100€. A ideia é personalizarem as vossas mochilas e as mais originais ganham esse prémio que pode dar muuuuito jeito neste regresso às aulas.
Saibam mais sobre o #DesafioStaples e como participar nas redes sociais da Staples ou em: https://www.staples.pt/Content/Static/W17/07/800/index.cshtml
*post escrito em parceria com a Staples
(podia ver este vídeo em loop durante horas )
São muitas porque a felicidade quer-se guardar para sempre. É nas férias que temos sempre as pastas mais gordas de fotografias porque é nas férias que somos mais felizes. Ainda falta um bom bocado para terminarem mas somos bem capazes de já ter a melhor foto deste verão. A-d-o-r-o.
Esta e outras estão no Instagram, que por esta altura andamos mais a Instagramar.
Já nos seguem por lá?
O endereço é coconafralda. Lá vos espero!
Como mostrei no sábado, já estou preparada para o regresso às aulas. A visita à Staples não é coisa deste ano, por via desta parceria que agora nasceu. Mas é que nem pouco mais ou menos. Na verdade, repete-se todos os anos porque é certo e sabido que lá há tudo o que é preciso: das mochilas aos cadernos, passando pelas canetas, lápis, borrachas, tesouras, colas várias, mas também cartolinas, papéis especiais (de lustro, vegetal, de cera, de veludo, manteiga 😅), argilas, pincéis, tintas, clipes, agrafadores, dossiers, sem esquecer até a "maquinaria pesada": cadeiras, mesas, candeeiros, impressoras, computadores... eu sei lá! Há lá TUDO e assim não tenho de me chatear mais do que o necessário. Basta levar a looooooooonga lista que cada professor se lembra de pedir e ir fazendo um certo em frente a cada item, à medida que vou metendo cada coisa no cesto (geralmente são dois cestos - completamente a transbordar).
Segue então um primeiro conjunto de coisas que já comprei porque já sei que eles vão precisar (antes mesmo de chegarem as listas dos professores, e aí voltamos à carga).
Ah! Não se esqueçam que as encomendas de livros escolares têm 10% de desconto e entrega grátis em casa, se forem feitas online até 26 de Agosto! Já só têm 5 dias, minha gente, é aproveitar!
Para todos os gostos. Do maluquinho da Billabong, ao que prefere a sobriedade, à miúda apaixonada pela Lady Bug
A - Mochila Billabong: 34,90€
B - Mochila Lady Bug: 19,90€
C - Mochila Eastpak : 39,90€
D - Canetas de feltro Staedtler Triplus, 10 unidades: 8,99€
E - Esferográficas Papermate Inkoy, leve 4 pague 3: 3,99€ (as de gel); 1,79€ (as Inkjoy 100 Wrap, 4 unidades)
F - Lápis Bic Evolution Purple HB, 4 unidades: 0,99€; e Lápis Staedtler Noris Nºs 1, 2 e 3, 3 unidades: 1,89€
G - Canetas de feltro Giotto 12 unidades: 1,89€
H - Caderno espiral Lady Bug A5 80 folhas pautado: 1,59€
I - Caderno agrafado Openflex A4 90 g, 48 folhas, azul e verde: 2,45€ cada
J - Caderno espiral Oxford Black N'Colors A4 pautado 90g, 120 folhas, 4 divisórias: 5,99€
K - Borracha Maped Technic 600, 2 unidades: 1,29€; Borracha Maped Mini Softy, 3unidades: 1,29€
L - Cola Universal UHU 35ml: 1,75€; cola Stick UHU 8,2g: 1,38€
*post escrito em parceria comStaples
Adoro o verão e os programas que fazemos juntos todos os anos
Regresso às aulas é sinónimo de... compras e mais compras e mais compras. Cadernos, dossiers, pastas, canetas, lápis, borrachas, guaches, pincéis, papéis de todo o tipo, formato e feitio, mochilas, estojos, compassos, máquinas de calcular... aaaaaaaaaaaaahhhhhhh! É todo um mundo de coisas que é preciso comprar. Abasteço-me todos os anos na Staples e juro que não sei como era antes de haver um sítio onde há TUDO para o regresso às aulas. Lembro-me de ir à papelaria minúscula que ficava no final da minha rua, mas depois vinham os professores com os seus pedidos exóticos e era preciso andar a percorrer capelinhas fora de mão até descobrir uma que tinha, como que por milagre, o pincel xpto que o stôr de Educação Visual tinha pedido. Valha-nos santa Staples, é o que tenho para vos dizer. É verdade que este ano somos parceiros mas não é menos verdade que é lá que me safo nos outros anos todos.
Como queremos ter tudo despachado a tempo e horas já resolvemos o assunto aqui mesmo nos Algarves. Fomos à loja de Faro e foi como ir à loja onde vamos sempre em Lisboa. Igual. E lá os miúdos escolheram as mochilas preferidas (é perfeito porque há para todos os gostos: todas de uma só cor, com flores, riscas, padrões geométricos, com bonecada, com troley, sem troley, grandes, pequenas, médias, de marcas várias, sem marca... é à vontade do freguês), os cadernos, e tudo o que, assim de repente, nos lembrámos que se repete de ano para ano. Claro que vai haver aquele professor excêntrico que vai pedir um material qualquer estrambólico mas aí já será só uma coisa ou outra que vai faltar.
Outra das coisas que gostamos na Staples é o nível de conhecimento dos funcionários. Uma pessoa pergunta-lhes por um tipo de agrafo, por uma espécie de capa, por um determinado lápis ou pasta arquivadora e eles sabem sempre em que corredor está, se existe ou se está esgotado, e só falta saberem de cor quantos têm ainda em stock. Às vezes pedem que os sigamos e lá vão eles, à frente, com passo decidido prontos a mostrar-nos a luz. Fico sempre impressionada.
Problema da Staples? De tanto ter tudo, eles querem TUDO. "Ahhhh, olha só este bloco pequenino com separadores coloridos, que giro, dava-me tanto jeito...." ou "Olhaaaaa, estas canetas de apagam e têm tinta metalizada... é mesmo o que eu preciso!" Está bem, está. O Mateus conseguiu chagar-nos tanto a paciência com uma mochila da "pilhapata" (leia-se Patrulha Pata) que lá cedemos (coitado, a ver os outros todos com as respectivas mochilas também era foleiro não trazer uma para ele).
Bom, o que importa é que estamos despachadinhos e já não vamos chegar a Setembro desprevenidos. Ah, importante deixar esta nota: em encomendas online de livros escolares feitas até 26 de Agosto têm 10% de desconto e entrega grátis em casa. Vale bem a pena! E vocês, já trataram do regresso às aulas?
*post escrito em parceria com a Staples: https://www.facebook.com/staplesportugal/
E ontem... de novo.
Em Fevereiro do ano passado, quando estivemos em Barcelona para a maratona, eu e o Ricardo comentámos um com o outro: "Um dia ainda um daqueles assassinos entra pelas Ramblas a matar gente". Foi ontem. E foi dilacerante. E, sim, é óbvio que nos dói mais quando é mais perto, quando é um sítio aqui ao lado, quando é um lugar que conhecemos e onde já fomos felizes. Claro que nos magoa sempre a morte de inocentes, mas desde sempre que sentimos mais quando, de algum modo, existe um processo de identificação. Sim, as mortes em Ouagadougou também nos incomodam. Mas não como em Barcelona, porque em Barcelona podíamos ser nós. E em Ouagadougou podíamos menos ser nós.
Ontem doeu como doeu Paris. Ontem fiz 19 anos de namoro e, por coincidência, fui pedida em casamento em Barcelona. É uma daquelas cidades onde não me importava de viver. Onde já estive nem sei quantas vezes.
Tenho cada vez mais a sensação de que não estamos seguros em parte alguma. Sim, é o que eles querem. Infelizmente estão a conseguir. A nós resta-nos continuar a viver, a viajar e a aproveitar cada momento, sem cedências.