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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

O insecto

O insecto é o blogue de um amigo. Um amigo que por acaso é padre. Que se tornou amigo por causa do meu blogue, que era lido por outro amigo dele, jesuíta também. Um dia, precisei de uma espécie de consultoria religiosa para fazer uma reportagem para a Notícias Magazine (ESTA) e, como o outro amigo estava muito ocupado, passou-me para este. Foi o Paulo que me ajudou, que me deu dicas. E, a partir desse dia, nunca mais nos perdemos de vista. Gostei tanto dele que, passado tempo, fiz uma reportagem sobre a história do seu chamamento e da sua ordenação (ESTA). Era apetecível. Afinal, ele sentiu que aquele era o seu caminho quando era comissário de bordo. Parecia quase uma graça: de tanto andar pelo céu, ouviu mais de perto o chamamento de Deus. 

O Paulo é uma pessoa especial. Se houver aqui ponta de possibilidade de conversão... será ele a consegui-la. Mas sei que ele gosta de mim na mesma, apesar de saber das minhas dificuldades com o tema divino. Temos grandes conversas. Francas, intensas, profundas. É um homem inteligente, com uma cabeça muito aberta. E dança bem. E, by the way, é uma brasa.

Às vezes aparece cá em casa, de surpresa. Sempre que o faz... eu estava mesmo a precisar do seu abraço. 

A minha filha Madalena adora-o. Quando está muito tempo sem o ver começa a dizer que tem saudades. É verdade que ela é uma pequena beata... mas o que é certo é que eles têm ali uma ligação qualquer que me ultrapassa.

Vale a pena conhecer o Paulo. Mas, em não podendo, vale a pena acompanhar O Insecto. 

Podem lê-lo AQUI.

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A nova paixão do Mati

Uma tia muito querida ofereceu um presente especial ao Mateus: um tablet. Calma, calma... não é preciso enervarem-se já. É um tablet, sim senhora, mas é da Chicco, ou seja, totalmente pensado para estes caganitos, pedagógico, com jogos para puxarem pela cabeça tipo puzzles ou outros jogos de encaixe virtual, jogos para estimular a atenção, a rapidez, a motricidade mais fina. Super intuitivo, dá para crescer com eles. Ou seja, dá para crianças dos 18 meses aos 6 anos. Tem acesso à internet mas só na área do controlo parental e com password.  Da mesma maneira, é possível descarregar Apps para o Happy Tab, mas só com o controlo dos pais. Na verdade, para a idade do Mateus é só um conjunto de jogos giros, com músicas queridas. Mas o bichinho está encantado (e claro que também deve contar muito o facto de ter um brinquedo parecido com os brinquedos dos mais crescidos).

 

 

Mercantina com promoção especial de Carnaval

Ontem fomos jantar à Mercantina de Alvalade com uma das minhas grandes amigas e os nossos filhos (um deles, lá está, meu afilhado). Até dia 28 de Fevereiro os mais novos (até aos 8 anos) não pagam a refeição na Mercantina, que quer promover os momentos em família, para que sejam vividos ao máximo. A Mercantina está cada vez mais apostada neste lado familiar, o que muito me agrada, e ontem houve cornetas e serpentinas e narizes de palhaços entregues na mesa - o que foi um bocadinho complicado para o casal amoroso que estava a tentar ter um jantar romântico (ups... sorry).

As pizzas continuavam uma beleza (são certificadas pela Associazione Verace Pizza Napoletana) e eu não resisti ao delicioso risotto de farinheira. No final... a desgraça total: pannacotta com Nutella e pizza com Nutella. 

No final do jantar, nós ficámos a conversar e os miúdos saíram do restaurante e ficaram nas arcadas do prédio (ao lado do Centro Comercial Alvalade) a brincar e a correr. Pela quantidade de miúdos que estavam lá fora aos saltos e aos gritos acho que a Mercantina está a atingir o seu objectivo e a tornar-se mais familiar. 

Por mim... está perfeito!

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Foto descaradamente roubada ao blogue Definitivamente São Dois, porque com a gula esqueci-me de fotografar 😂

 

(obrigada à Mercantina pelo convite)

Madrinha

No sábado à noite fomos jantar com uns amigos que, como nós, também têm 4 filhos. O quarto nasceu há 4 meses e chama-se António. Chegámos ao restaurante, cá beijinho, cá abracinho, deixa cá ver este amor, ai que lindo, igual às manas, que amor, que querido, até que o Ricardo apontou o dedo para a parte de baixo do ovo, onde estava um bilhetinho. Não há dúvida: havendo um bebé no pedaço, até podia o ovo estar revestido a notas de 500 euros que eu era capaz de não ver e continuar a babar, ai que amor, tão lindo, e o narizinho, e as pestanas, e esta boquinha?

Bom, quando por fim vi o bilhete, ia tendo um colapso. 

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Fiquei derretida. Mesmo. Acho uma honra brutal ser convidada para madrinha. Tenho outros dois afilhados e o que sinto por eles é um carinho e uma ternura mesmo grandes. E quero acompanhá-los e quero que saibam que podem sempre contar comigo. Para tudo. Sim, sim, já sei. É estranho convidar uma ateia para ser madrinha. Mas é bom não perder de vista que o meu ateísmo não é um ateísmo orgulhoso, ou desrespeitoso para com as crenças alheias. É mais um ateísmo com pena de existir. É um ateísmo com baixa auto-estima, sempre a tentar encontrar uma luz qualquer. Porque, acreditem no que vos digo: não acreditar em nada é uma chatice dos diabos. Dá cá umas voltas à mioleira que nem vos passa pela cabeça. Seja como for, os pais das crianças que me convidaram para ser madrinha sabem que não será por mim que os filhos hão-de deixar de acreditar no que quer que seja. Veja-se a minha filha Madalena, que me pede imensas vezes para ir à igreja rezar e nunca ouviu um não (bom, a menos que eu tenha outras coisas marcadas e não me dê jeito nenhum estar a levá-la 😅).

Estou portanto vaidosíssima da minha nova missão. E o pequeno António entrou directamente para o meu coração e já lá está instaladinho, num dos ventrículos, ao lado dos outros afilhados.

Obrigada, Ana e Rudy. Prometo dar o meu melhor. 

Fun Stand: viagens virtuais e interactivas para toda a família, num rigoroso exclusivo do novo Renault Grand Scénic

E lá fomos ontem ao Fun Stand, no Lx Factory, para conhecer o novo Renault Grand Scénic. O novo familiar da Renault está mesmo muito giro, e apesar de levar muita gente é maneirinho e nem parece um 7 lugares. O Mateus foi, de todas as pessoas que lá estiveram, quem mais gostou do carro. Não exagero. Entrou lá para dentro e foi um verdadeiro sarilho tirá-lo. De resto, mal entrou pediu para se fecharem as portas e ai de quem as abrisse. "Fecha, fecha". E assim ficou. Nas duas horas e meia em que lá estivemos, as pessoas foram rodando, umas entravam, outras saíam, todas iam experimentando os óculos interactivos, e o Mateus sempre lá. Ora no banco da frente, ora nos bancos de trás, mas sempre lá. Quando foi para irmos embora... foi um berreiro. De tal maneira que as pessoas da marca até já brincavam a dizer que iam enviar-nos o contrato de compra.

O Grand Scénic Fun Stand está muito giro e com várias experiências dinâmicas e interactivas. Por exemplo, bem no centro do espaço há uma tela gigante para ver com óculos 3D. O que se vê é uma dança de assentos do Grand Scénic, em que alguns "se aproximam" de nós. Num outro ponto, o nosso preferido: um ecrã táctil onde se escolhiam as cores ou os motivos que se queriam projectar no carro que estava parado em frente. O que se escolhia para as diferentes partes do carro aparecia reflectido no próprio carro, o que significa que cada pessoa podia "pintar" o Renault Grand Scénic ao seu gosto. Dava coisas meeeeesmo giras.

Por fim, dentro do carro havia uns óculos XPTO em cada lugar. As pessoas sentavam-se, punham os óculos correspondentes a cada lugar, e faziam uma viagem virtual animada e em 3D. Olhando para o resto do carro, podíamos ver as pessoas sentadas ao nosso lado ou atrás (ou à frente, conforme o lugar em que estivéssemos sentados) transformadas em bonecos animados. Muito giro!

Gosto de acções assim. Não é apenas o lançamento de um carro, é um stand "fora da caixa", com experiências divertidas para se fazer em família. Muito giro.

Podem saber mais sobre o evento AQUI.

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 O carro em branco, pronto a ser "pintado"

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 Os irmãos a começarem a "pintura"

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 Uma das "pinturas"

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Outra versão entre as dezenas delas 

 

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(post escrito em parceria com a Renault)

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WTF? La-la-...nop

Não fiquei acordada para ver os Óscares.

Quando acordei nem queria acreditar.

Mas que grande ba-ba-rraca. Credo! Como é possível acontecer isto numa cerimónia como esta?

Infelizmente, ainda não vi Moonlight nem La La Land, mas imagino que depois de ver vá ficar contente com o vencedor de ontem. Ainda que, honestamente, me tenha doído para caraças ver aquela gente fazer o discurso da vitória, tudo cheio de lágrimas e o catatau e afinal... auch. It must have hurt!

 

Renault Grand Scénic: diversão em família no fim-de-semana do Carnaval

A Renault convidou-me para ir em família ao Fun Stand do novo Renault Grand Scénic e prometeu que ia ser uma experiência muito divertida. Vamos hoje ao evento (devo levar dois mascarados, espero que não dêem cabo do look do Fun Stand todo 😬) e em breve conto como foi. De qualquer modo, de 25 a 28 de Fevereiro, a Renault convida as famílias a irem conhecer o Renault Grand Scénic, o familiar da nova geração, com 7 lugares. E para demonstrar que este é o automóvel certo para as famílias, foi criado o Fun Stand, com várias experiências imersivas, interativas e de realidade virtual, criadas pelo OCUBO, cada uma delas relacionada com uma feature específica do carro. Pinturas criativas de luz, viagens por fantásticos mundos virtuais e uma dança sincronizada de bancos do Grand Scenic são algumas destas experiências, que prometem divertir todos os elementos da família. Ainda lá não fui mas quer-me parecer que pode ser um programa diferente para se fazer neste fim-de-semana de Carnaval (nós, pais, andamos sempre à procura de programas diferentes)... e não se preocupem: ninguém vos obriga a comprar o carro! (mas lá que é bem giro, isso é!) Amanhã conto tudooooo!

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Manel, presidente do Sporting

O meu filho Manel viu ontem o debate entre os dois candidatos a presidente do Sporting com um caderno na mão. Fartou-se de tirar notas. Não me surpreende. O meu filho Manel tem pelo Sporting uma verdadeira doença. Acorda e deita-se a cantar os cânticos das claques, já ensinou todos ao Mateus, sabe tudo sobre o clube, conhece todos os jogadores (não só do Sporting) a ponto de saber onde nasceram, em que outros clubes estiveram, que lesões já enfrentaram, que golos marcaram.

O meu filho Manel quer tirar Gestão mas eu sei que ele vai acabar a trabalhar em qualquer coisa que tenha a ver com futebol. Não é que isso me deixe particularmente feliz, mas sei que a ele o deixará. O meu filho não vê futebol como as outras pessoas "normais". Ele vive o futebol. Vive especialmente o Sporting com um fervor que não conseguirei jamais entender. De onde é que isto vem? Como é que isto aconteceu? O pai e o avô são sportinguistas mas nada como isto. Nada. 

O meu filho Manel não pôde ouvir ontem o debate em directo porque era o aniversário do pai, mas passou o dia (e a véspera e a antevéspera) a falar no assunto. Quando os avós se foram embora, pôs o debate e sentou-se, a tirar apontamentos. Parava a gravação sempre que havia barulho, pedia silêncio, estava seríssimo, enquanto nós todos o olhávamos, sem compreender. 

O meu filho tem cadernos onde escreve tácticas, desde que era minúsculo. E tem uma página de facebook (Mibster), onde fala de futebol.

No outro dia, dei com este texto dele sobre o jogo entre o Porto e o Sporting: 

"Por onde começar? Começar pelo minuto zero? Ou recomeçar do zero?
Para já começar por dizer que Sou Sporting até morrer.
Agora falando sobre os 90 minutos do jogo:
Primeira parte Porto,segunda parte Sporting. O Sporting a não conseguir lateralizar o jogo, e com processos defensivos débeis, assim como transições previsíveis taticamente.
Porto a explorar espaços vazios e a apostar forte em contra-ataques, nos quais conseguiu dois golos.
Segunda parte, como era de prever, o Sporting entrou com mais dinâmica de jogo, mais e melhor poder ofensivo, e cultura defensiva sólida. Porto mais defensivo, muito fechado, como também era esperar, acaba por sofrer um golo com justiça.
Alan Ruiz foi fundamental para chegar ao golo; A entrada de Esgaio mostrou a deficiência de jogo de Marvin Zeegelar; André André entrou para fechar Alan, e conseguiu, dando também largura ao meio-campo portista; Primeira parte da defesa do Sporting muito má posicionalmente; Casillas salvou o Porto, mérito do espanhol.
O jogo foi intenso, bem disputado, e acaba por ser um bom clássico. Parabéns ao @fcporto pela vitória!
Parabéns a equipa de arbitragem que esteve mais do que à altura do jogo.
Por último reforçar a ideia inicial:
Um leão nunca baixa a cabeça, só para beijar a camisola. Se Matematicamente é possível, então quem a pode negar?
É difícil? É!
Quase impossível? Sim!
Já acabou? NÃO!
AMO-TE @sportingclubedeportugal"

 

Não contrario isto, apesar de não compreender. Tento dar-lhe outras coisas, outras vivências, mais do que só futebol. Para que não se torne uma pessoa vazia do resto, apenas cheia de bola, que me parece sempre tão pouco. Uma coisa é certa: é isto que o faz vibrar como mais nada. 

Silêncio

Depois de "Manchester By The Sea", depois de "Eu, Daniel Blake", depois de "Lion, Um Longo Caminho Para Casa", ontem foi a vez de ir ver o "Silêncio", de Martin Scorsese. Um filme de uma beleza e de uma força e de uma dor incomensuráveis. E sim, ali há dor. Física e espiritual. Há tortura (não chinesa, mas japonesa) e há sofrimento e há morte, e é tudo filmado de forma crua e violenta. Mas, estranhamente, é belíssimo, poesia pura, fé no seu sentido mais profundo. Incompreensível, transcendente, fervoroso. A voz, do padre narrador, é pausada e quase sussurrada. E no meio da vegetação densa e permanentemente chuvosa e nublada do interior do Japão parece uma voz quase sobrenatural.

Dois padres portugueses vão ao Japão mais profundo para tentar perceber o que aconteceu a um terceiro padre, por se recusarem a acreditar nos boatos que sugerem que ele se converteu ao budismo e aos costumes locais. Quando lá chegam, testemunham a perseguição e os horrores de que são vítimas os cristãos e passam, eles próprios, pelo inferno (palavra muito apropriada). 

Silêncio merece, sem dúvida, o Óscar para a Fotografia, mas parece-me manifestamente pouco em termos de nomeações. É, sem dúvida, um grande filme.

 

 

 

Ontem

Ele fez anos. Não foi trabalhar. Passámos o dia juntos, com vagar. A pessoa esquece-se de como é bom estar, simplesmente estar, sem pressas, sem ter o que fazer a seguir. Sentimos o mesmo em Sevilha. Sentimos o mesmo sempre que viajamos, a dois. Como é bom passear de mão dada, conversar sem 658 interrupções por minuto. A pessoa esquece-se do quanto gosta disso. Do quanto gosta do outro. Na vertigem do dia-a-dia, a pessoa corre o risco de se esquecer, engolida pelo tanto que tem de fazer, como um rato frenético numa roda. Foi por isso que lhe ofereci uma viagem. A dois. Para usufruirmos daqui a uns tempos. Para não nos esquecermos de como é bom estar, simplesmente estar. De mão dada. A conversar ou em silêncio. Sem a voragem da vida. Que é necessária. Mas tão estúpida.

 

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