Um peru na cabeça
Hoje protagonizei uma daquelas cenas patéticas que nos fazem sentir uma espécie de Mr. Bean.
Fui levar 3 sacos de livros à escola da Madalena (que se vai encarregar de os entregar a quem precisa). Tirei os sacos do carro e fechei a bagageira... na minha cabeça. A dor foi violenta mas disfarcei, não fosse estar alguém a ver. Dei dois passos como se nada fosse, olhei para um lado e para o outro, não vi ninguém agarrado à barriga a rir, e então agarrei-me ao carro com uma mão e à cabeça com a outra e disse um f*d*-se bem graúdo. Fiquei ali alguns momentos, a observar passarinhos e estrelas a rodopiar. Tenho estado todo o dia zonza e aparvalhada (hei-de ter matado para aí os 3 neurónios que ainda me restavam), dói-me a cabeça no sítio da pancada mas toda ela, de forma geral, e tenho um peru na cabeça. Não é um galo. É um peru de Natal, daqueles que alimentam uma família inteira.
Arre, que é preciso ser estúpida.