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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

História

Quando era miúda não gostava de História. Achava chato, tinha dificuldade em compreender os movimentos, as relações comerciais, achava os termos difíceis, na maior parte das vezes empinava sem perceber. Dava-me um sono do caraças e lembro-me de estudar com a cabeça apoiada numa mão, que me esborrachava a cara, botando-me com um ar néscio de quem realmente não está a apanhar nada.

Hoje tento estudar com o Martim (e antes com o Manel) fazendo exactamente o que achava que me faltava na altura: entusiasmo. Descrevo batalhas com dramatismo, agito os braços, enceno, represento, engrosso a voz, arregalo os olhos. Devo parecer uma maluca mas pelo menos capto a sua atenção. Sempre que o vejo com a cabeça apoiada na mão e cara esborrachada sei que está na hora de intervir. 

Pelo que percebo, o Martim tem uma excelente professora, que transmite a matéria com essa exultação. Sei-o porque, pelo menos nesta parte da matéria, ainda eu estou a começar a explicar e já ele se adianta com detalhes, com curiosidades, com pormenores que a professora transmitiu com o tal ânimo que contagia. Estou convencida de que se a matéria fosse dada com recurso a teatralizações os miúdos, ainda tão imaturos, aprendiam a gostar disto e percebiam tudo muito melhor. Mas não há tempo. Nunca há tempo. 

Hoje estamos a estudar uma parte espectacular da História: a Revolução francesa, o Bloqueio Continental, as invasões francesas, a Revolução liberal de 1820, as Cortes Constituintes e a aprovação da Constituição.

Estou a adorar e ele também.

Vamos ver como corre o teste.

 

(uma vez mais, antecipando os-que-tudo-sabem sobre a educação, repito: sim, a autonomia é importante mas o Martim claramente não está ainda nessa fase. Quando o deixo estudar sozinho os resultados caem a pique. Ora, se posso acompanhá-lo, parece-me no mínimo estúpido deixá-lo cair só para que aprenda a ser autónomo no estudo. Tudo tem o seu tempo. O Manel não precisa de mim há 3 anos. Há-de chegar a vez deste.)

A higienista oral

A Madalena chegou um dia desta semana a casa a dizer que tinha ido lá à escola uma... não era dentista... era uma... ai... é parecido e tem a ver com os dentes mãe...

- Higienista?

Isso! "Higienista oral", acrescentou com ar douto. Depois explicou como se deviam lavar os dentes. "Foi a higienista oral que ensinou". E que queria passar a levar a escova e a pasta para a escola. "Porque a higienista oral disse que devia ser". E que os doces eram terríveis para os dentes. "Disse a higienista oral". E que as pastas deviam ter 1450 de não sei o quê, senão não prestavam. "A higienista oral repetiu isto algumas vezes. Abaixo de 1450 não presta." Nós, que nunca tínhamos ouvido tal coisa, entreolhámo-nos com o sobrolho engelhado. 1450? "Sim, foi a higienista oral que disse!"

Higienista oral, higienista oral, higienista oral. Assim mesmo, com as duas palavras juntas e uma expressão de quem teve contacto com um especialista que tudo sabe.

Quando terminou de jantar, foi lavar os dentes. Passado quase tempo nenhum chegou à cozinha com a boca cheia de espuma, a falar uma língua imperceptível e a projectar gafanhotos: "Vês, vês, vês???? Esta pasta é boa!"(soou a qualquer coisa como "ês, ês, ês? Exa parrtrra é ôa!" E lá estava, 1450 de fluor. A seguir andou a correr as pastas todas, a ver se havia alguma que não prestasse. Não havia. Sossegou. 

(obrigada, senhora higienista oral. Agora tenho ainda mais argumentos para combater alguns desejos mais açucarados)

Cuidado: Mãe em contramão

A pessoa anda sempre a correr. Afogueada desde que se levanta até que se deita. De maneira que a pessoa acaba por ver tudo sempre meio na diagonal. Cheguei à escola do Mateus, no início da semana, e fui ver que tarefa haveria para fazer e entregar na sexta-feira (há sempre uma tarefa para as sextas-feiras, seja uma iniciativa solidária, seja um trabalhinho que os pais fazem para os pequeninos levarem, com a ajuda deles, sobre a família nuclear, o amor, a amizade, o optimismo, os avós, os animais... etc.).

Li o papel afixado a correr e o que deduzi foi que cada sala tinha de levar um tipo de material para depois eles fazerem decorações de Natal nas respectivas salas. Uns tinham de levar tampas de plástico, outros rolhas, outros não sei o quê e a sala do Mateus tinha de levar rolos de papel higiénico. Isto foi o que eu li!

Hoje, cheguei toda contente e ufana com os rolos de papel higiénico (diga-se que já falhei alguns trabalhos das sextas-feiras ou porque não tive tempo ou porque me esqueci), quando começo a ver chegarem pais com árvores de Natal elaboradas feitas com... tampas de plástico, rolhas e...  isso mesmo: rolos de papel higiénico. 

Levantei-me, fui reler o papel e lá estava: tragam elementos decorativos do Natal com o material indicado para a respectiva sala. 

Meti o rabinho entre as pernas, confessei a minha asneirada, e lá consegui que me fosse alargado o prazo até segunda-feira. Uffffff!

(entretanto, contei tudo ao Ricardo, que se partiu a rir - claro!)

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O que é nosso é vosso

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A Ana (Pipoca) perguntou a um grupinho de amigas, aqui há tempos: "Vou fazer uma venda. Quem se junta?" Eu, que ando em obras e em fase de destralhar, disse logo um "eu!" entusiasmado. Depois, pus-me a pensar que isso implicaria ir até à arrecadação, mergulhar num mundo sem fim, e pensei: "vou-lhe dizer que afinal não me junto".

Nesse dia, porém, fui ao blogue dela e... pumbas! Já lá estava o cartaz e o meu nome e tudo e tudo e tudo.

De maneiras que lá estarei, este domingo, se sobreviver à minha arrecadação e se conseguir encontrar coisas suficientemente interessantes para vender (elas existem... o problema é mesmo descobri-las).

Uma parte das vendas reverte para a Ajuda de Mãe e pedimos a todos os visitantes que levem alguma coisa para dar à instituição. Por exemplo:
- Roupa e acessórios para grávidas e bebés;
- Artigos de puericultura: esterilizadores, biberões, chuchas, termómetros;
- Produtos de higiene para as mães e para os bebés: champô, gel de banho, sabonete, cremes de muda-fraldas, cotonetes, soro fisiológico, fraldas (até aos 9 meses) e toalhitas;
- Produtos alimentares: leite em pó para biberão (de preferência de três meses) e papas;
 
A Ana está a preparar surpresas várias mas não posso desvendar nada (até porque nada sei).
 
É já este domingo, dia 27 de Novembro entre as 10h00 e as 19h00, no hotel SANA Lisboa, ali mesmo perto do Marquês de Pombal. O hotel tem estacionamento pagomas nas traseiras do hotel costuma ser fácil estacionar.

Dias frios

Comprei um casaco para o Mateus na Chicco. Era giro, era azul com forro verde, muito quentinho... siga. Na primeira vez que lho vesti achei estranho porque a pega do fecho de vez em quando ia para a parte de dentro do casaco. Até que percebi: é reversível!!!!! Ou seja, além de ter muita pinta em azul, consegue ser ainda mais giro "do avesso". Ganhámos 2 casacos, sem saber. Há surpresas mesmo catitas. 

casaco.png

 

Vaiana

Fomos hoje à antestreia. Adorámos. Eu e ela. 

No final, perguntei-lhe o que pergunto sempre: Qual foi a lição do filme? "Que nunca devemos desistir. E que devemos acreditar sempre que conseguimos." Nem mais. Vaiana rules!

vaiana.jpg

 

Quase nem se nota a minha havaiana no meio da Vaiana e do Maui

 

 

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Obrigada, Disney, pela Vaiana versão bebé 

 

Amanhã estreia nos cinemas. É mesmo um daqueles a não perder.