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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Sofá de velho

Encontrei um sofá de orelhas lindo de morrer, que fica maravilhoso na nova decoração da sala. Quando disse ao Ricardo ele fez uma careta de horror: "Isso é cadeirão de velho!"

Chamei-lhe vários nomes. Que não percebia nada de decoração, que era lindo, que ficava tão bem, que ia ser o primeiro a render-se a ele. Ele engelhou o nariz. Que já me imaginava de óculos na ponta do nariz, a babar-me para cima do livro sobre o qual adormeci, ou a fazer camisolas de tricô para os netos.

Seja. Afinal, estamos mesmo a caminhar para velhos e a verdade é que não gostava de favas e agora gosto, não gostava de vinho do Porto e agora já o bebo com outro prazer, não apreciava ópera e agora o meu ouvido já lhe encontra outro encanto. Deve ser isto, o envelhecimento. E vai na volta passa também por gostar de sofás de orelhas.

Seja como for, hoje estava a mostrar o cadeirão ao Manel, no site, e ele, que não tinha presenciado a nossa discussão, atirou: "Isso???? Isso é cadeira de velho!"

 

É oficial. Já fui.

Vencedores do passatempo 7º Workshop #Receitaperfeita

Os sortudos que amanhã vão cozinhar comigo, com a Mónica e com a Raquel no Cooking Memories em Cascais, numa espécie de antevisão familiar e natalícia, são:

- Sandra Francisco e a mãe

- Patrícia Fernandes e o marido

- Margarida Santos e o marido

- Fátima Cruz e a irmã

- Marlene Fialho e a cunhada

- Ana Cravo e o marido

 

O Lidl é o parceiro deste workshop (e que belo parceiro que tem sido!)

Até amanhã!!!!!!

 

O poder de uma batata

Estava a almoçar restos de ontem. Entre eles meia batata cozida que o Ricardo me pôs no prato mas que não tencionava comer. No entanto, e uma vez no prato, cortei um bocadinho e levei à boca. De repente, tinha outra vez 7 anos, uma saia de pregas vestida, um camisolão de lã, e a cesta do almoço ao lado. Vi com uma nitidez impressionante a cesta, com o pauzinho a servir de fecho, vi o meu termo, senti o cheiro do refeitório da escola. Aquela batata requentada teve um poder absolutamente surpreendente de me transportar no tempo, de forma tão clara que até me comovi. Há batatas poderosas.

Uma das melhores decisões de 2016

Meter dois dos meus filhos na Academia de Sobrevivência foi, sem sombra de dúvida, uma das melhores decisões do ano.

Se o Campo de Férias Sniper já era um dos momentos altos das férias deles, imagine-se agora estender aquele conceito (acrescentando outras ideias e filosofias) ao ano todo. Com efeito, de 15 em 15 dias eles partem em missão, podendo a missão ser circunscrita ao lugar onde funciona o campo de férias (e que tem salas, piscina, campos de paintball e lasertag, matraquilhos humanos, escalada, slide, camarata de raparigas e de rapazes, zona de refeições) ou então ser uma missão ainda com mais aventura e que implica uma caminhada de vários quilómetros com um mochilão às costas, para acamparem algures na serra, faça sol, chuva ou frio, porque o que se quer é que estes miúdos cresçam sem as mariquices que tendemos a passar-lhes. Como diz o Nuno Avelar de Sousa (que está à frente da Academia), "temos a mania de ficar fechados em casa porque caem umas pinguinhas; depois vamos a qualquer país da Europa onde chove a sério grande parte do ano e vemos como não deixam de fazer absolutamente nada por causa da chuva! Esse é o espírito que lhes quero passar. Que com bons agasalhos, com impermeáveis, botas, protecção adequada... podemos fazer tudo!"

E tem ele toda a razão. Assim, aqui há umas semanas, lá foi a Madalena (o Martim esteve doente nesse fim-de-semana) para uma missão fora (chovia tanto nesse dia... e as previsões metereológicas para esse fim-de-semana? Praticamente anteviam o fim do mundo! A minha mãe só olhava para nós e dizia: "se fosse eu, nunca na vida deixava!" 😂)

Deixo-vos o vídeo, para terem uma ideia. 

 

Adoro o conceito da Academia, adoro o Nuno, adoro os monitores. Acho mesmo que ele faz um trabalho notável com os miúdos, e nota-se bem o carinho e o respeito que todos têm por ele. 

Acho espectacular que, nos dias de hoje, os miúdos tenham fins-de-semana totalmente ao ar livre, longe das tecnologias que os alienam, que aprendam a fazer pão, a orientar-se, que construam uma aldeia de raiz, que tenham aulas de Krav Maga para saberem defender-se, que lhes insuflem a autoestima ao mostrarem-lhes que sim, são capazes de tudo e mais alguma coisa. De 15 em 15 dias, é vê-los partir com as mochilas às costas, mesmo que chovam picaretas, para dois dias de aventuras espectaculares.

A única questão são os fins-de-semana anteriores a semanas com muitos testes. É certo que eles estabelecem tempos de estudo, mas para miúdos que ainda precisam ali de uma mão firme e de acompanhamento nem sempre é fácil. Tem de prevalecer o bom senso. Se estiverem bem preparados, vão, com o compromisso de muito estudo antes, durante e depois. Se não estiverem preparados... faltam à missão. Até porque daí a 15 dias... há outra!

Antibiótico

Eu não sou médica mas parece-me pouco normal que numas urgências se prescreva antibiótico para uma bronquiolite que é claramente viral. Na escola do Mateus houve vários meninos doentes e ele tombou também. Nunca tratei uma bronquiolite com antibiótico e já passei por umas larguíssimas dezenas (o Martim passou os primeiros 3 anos de vida a fazer bronquiolites de repetição, internado, a fazer ginástica respiratória diária, a que se seguia nova bronquiolite). 

Na véspera de ter ido ao hospital ouvi, de novo, as notícias a darem conta de que há cada vez mais super-bactérias ultra resistentes, justamente porque por tudo e por nada tomamos antibióticos.

Não percebo.

 

(não estou a dar antibiótico mas sim os broncodilatadores da ordem, prescritos por... mim 😬)