Não me apetece correr.
Está frio e só a ideia de sair por aí a correr cansa-me.
Inscrevi-me na Maratona de Sevilha mas nem isso me espicaçou.
O prazer que a corrida me dá parece esquecido, não sei que raio é isto, mas o corpo só me pede quietude.
Tenho sono e sinto-me cansada desde que acordo até que me deito.
Eu sei que vou ter de começar a sério, e em princípio já daqui a uma meia-hora porque combinei uma corrida a dois. Mas também pode acontecer que me esconda e não apareça.
Sinceramente, é o que me apetece.
Perguntam-me: ah, mas se é o que te apetece porque é que não obedeces? Porventura pagam-te para correres? É alguma obrigação? Uma necessidade? Uma urgência?
É tudo isso, filhinhos.
Correr faz-me bem ao corpo (coitadinho, que bem precisa) e sobretudo à cabeça (que, por razões cá minhas, carece ainda mais neste momento). Correr é uma terapia mas, como bem sabe quem já fez terapia, nem sempre apetece (nem mexer as pernas nem escancarar a alma, e ainda menos as duas ao mesmo tempo).
Tenho pena de não pertencer àquele grupo restrito das pessoas sempre motivadas para o movimento. Sempre. Era tão bom.
Mas não. Aqui há esforço, há um claríssimo e violento arrancar da "pessoa humana" (como diz a minha Bárbara) a uma inércia onde se sente confortável (ainda que seja um conforto ilusório, porque o verdadeiro conforto nasce do bem-estar físico e emocional e esse só consigo quando me mexo).
Enfim. Considerações que decerto não interessarão a mais ninguém do que a mim própria, mas sendo este blogue meu é para isso que também serve. Para considerar.
Ora então adeus e boa tarde.
Diz que vou correr.
👀
Obrigada, Run is a Gift! Pode ser que ajude!
(há de todas as cores, servem para levar à cintura o telemóvel, as chaves, o gel para comer, etc)