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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Garrafas de água pelo ar

Quando vi o meu filho Martim a atirar insistentemente uma garrafa de água pelo ar, tentando que ela caísse direita, vezes sem conta, achei que se tinha passado. "Do que te foste lembrar, sinceramente. Tanto brinquedo, tanta tralha e andas aí a rodopiar uma garrafa de água pelo ar. Só tu!". Ele sorriu e continuou, concentradíssimo. Dias depois, percebi que trocava vídeos com os amigos e que também eles faziam o malabarismo da garrafa. Achei, na minha inocência, que era uma cena lá deles, os miúdos pegam uns aos outros as suas manias, e agora era isto o que estava a dar lá na escola, com toda a certeza.

Até que ontem vi no facebook de uma amiga um vídeo que ela pôs com os dois filhos a fazer a mesmíssima coisa. E eles não andam na escola do meu. 

Vai daí e fiz uma pesquisa. E o fenómeno tem vídeos na internet e alguns, americanos, já têm data de Maio, pelo que isto terá começado por lá tendo chegado agora até cá. Afinal, o meu "só tu" não podia estar mais errado. É uma autêntica febre (e no caso dos EUA até há adultos histéricos de felicidade de cada vez que a garrafa aterra direita, depois de a girarem no ar).

Suspeito que isto seja uma espécie de crise da abundância. Numa sociedade encharcada de brinquedos, jogos e gadgets de toda a espécie, parece haver aqui um certo regresso ao nada. Como se, de tão saturados de terem tudo, os miúdos precisassem de voltar a um minimalismo que lhes resgatasse o prazer de brincar. De inventar. De criar. Talvez isto diga muito sobre o estado de consumismo desenfreado a que chegámos. Ou então sou só eu a disparatar.

 

 

 

O mais difícil nisto de sermos muitos

Quando me perguntam o que é mais difícil de gerir, nisto de ter uma família grande, respondo sem hesitar: o mais difícil é conseguir dar atenção personalizada. Saber que um precisa de um abraço e daquela conversa, que o outro precisa de ajuda nos estudos, que o ideal mesmo era conseguir ficar meia hora sentada só a brincar com o bebé, que era perfeito se conseguisse fazer um programa de miúdas com a única filha. E conseguir fazer isto diariamente, sem perder o pé, é realmente um desafio. A vida é voraz, o quotidiano esmaga-nos. E entre o trabalho, as refeições, os banhos, os trabalhos... é muito fácil esquecermo-nos de olhar para cada um, individualmente, em vez de olhar para todos. É fácil sermos engolidos por tudo o que nos ocupa os dias e percebermos que falhámos. Nós, as mães, passamos a vida nesta gestão, neste equilíbrio, nesta luta. Queremos estar em todo o lado e sentimos sempre que falhamos algures. Como um cobertor demasiado curto. Se tapamos os pés temos frio nos ombros, se tapamos os ombros temos frio nos pés. 

Há dias em que me sinto a falhar em toda a linha e apetece-me fazer um reset. Mudar tudo. Há outros em que corre tudo tão bem, de forma tão fluida, que é como se conduzisse uma grande orquestra com a mestria de um grande maestro. Nesses dias, em que abracei o que precisava mesmo do abraço e daquela conversa, em que ajudei o outro nos estudos, em que brinquei meia hora e fiz o programa a duas... nesses dias sinto uma realização que dificilmente sinto a fazer outra coisa qualquer. Porque geralmente esses são também os dias em que o trabalho me correu bem, em que consegui despachar muitas coisas e, por isso, tenho um equilíbrio diferente para estar 100% concentrada nos meus quatro filhos.

Ter uma família numerosa é um desafio constante. Às vezes desesperante. Muitas vezes frustrante. Mas é também a melhor decisão que tomei - que tomámos - na vida. 

Kids Market (um agradecimento geral)

Estou em falta para com imensas marcas que me mimaram até mais não nesta edição do Kids Market. Em breve faço um agradecimento personalizado, a cada uma, mas para já - e porque odeio estar em falta - segue a lista de agradecimentos:

- Made By Us

- Xicalarica

- Maria Joah

- Trendy Bazaar

- Alecrim

- Dilema

- Caravan

- Gama Rústica

- Our Sins

- Bastidor Colorido

- Aficionata

 

Espero não me estar a esquecer de ninguém!

Obrigada pela simpatia, pelos miminhos, pelos parabéns, pelas conversas, pelas gargalhadas (as manas do Bastidor Colorido receberam-me aos gritos "Cocó! Cocó! Cocó!"). Fizeram com que fosse uma tarde muito bem passada. E têm todas coisas mesmo giras que vale a pena divulgar. Em breve mostro!