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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Vem aí a 4ª edição do Little Style

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É já no próximo fim-de-semana (9 e 10 de Abril) que o Little Style volta às cavalariças do Pestana Palace, apresentando as colecções de Primavera-Verão para miúdos e graúdos.

O evento contará, como sempre, com diversas marcas de acessórios, moda para mães e filhos e decoração, que estarão a apresentar novidades e linhas exclusivas para a próxima estação, entre as quais Tu Chique, Amikko, Boneca de Sabão, Nós e Tranças, Letras Bordadas, Cosythings e Mamã dá Licença.

Para além das novidades de moda, o Little Style tem como tema central a educação nos seus mais diversos formatos como leitura, música, dança e alimentação saudável. Vai haver workshops, atividades para pais e filhos, e muita brincadeira.

O espírito é de festa e a programação foi pensada para toda a família. Os já tradicionais desfiles de moda, pinturas faciais, modelagem de balões são alguns dos momentos a não perder, neste fim-de-semana com sabor a Verão (esperemos que a meteorologia colabore!).

A entrada terá o custo de 1€ que reverte na totalidade a favor da Associação Corações Com Coroa, que visa promover uma cultura de solidariedade, igualdade de oportunidades e inclusão sócio-afetiva de pessoas em situações de vulnerabilidade, risco ou pobreza.

A não perder!

Sábado lá estarei.

Horário:

9 de Abril – 10h às 20h

10 de Abril – 10h às 18h

 

 

Não, as crianças não são de Baccarat

Ontem, a propósito do post sobre o desafio pedido aos alunos do básico e do secundário (para que escolhessem os pertences a enfiar na mochila, caso tivessem de deixar a sua casa, num cenário de guerra) recebi aqui no blogue e no Facebook maioritariamente comentários a aplaudir a iniciativa da Plataforma de Apoio aos Refugiados em colaboração com a Direção-Geral da Educação, o Alto Comissariado para as Migrações e o Conselho Nacional de Juventude. Mas também recebi um ou outro comentário xenófobo (sobre esses nem vou falar) e também críticas a esta forma de "violência" sobre as nossas crianças.

Respeito a opinião. De resto, todos temos direito à nossa, felizmente. A minha é, no entanto, totalmente distinta da de quem acha que isto é exercer uma "violência" sobre as nossas crianças, de que isto lhes traz "angústias", "stress" e que devem ser os adultos e não os mais pequenos e "inocentes" a preocuparem-se com estas matérias. Com efeito, não podia discordar mais.

Os miúdos de hoje - que nunca nos esqueçamos disto - são os adultos de amanhã. E a mim, honestamente, preocupa-me esta bolha que insistimos em criar em seu redor, como se fossem uma espécie de porcelana de Limoges ou um cristal de Baccarat. Não se lhes levanta a voz que se atemorizam, não se põe de castigo que se diminuem, não se mostram certas coisas que ficam traumatizados. Mas que raio de adultos estamos a criar?

Sobre este caso em particular, acho sim que as crianças devem ser confrontadas com uma realidade que existe. Há pessoas concretas, reais, gente como nós a fugir de uma guerra com pouco mais do que a roupa que tem no corpo. E são pessoas que tinham uma vida, tal como nós temos: eram médicos, engenheiros, empregados de balcão, professores, estivadores, filhos, pais, gente. Dizermos às nossas crianças que isto existe, pô-las a pensar sobre esta questão de ter de fugir e de que pertences escolher para levar para uma nova vida desconhecida e insegura é importante. Fá-las olhar o seu mundo e perceber aquilo que valorizam e aquilo que é dispensável. Fá-las reflectir sobre o que têm e o que seria da sua vida se deixassem de ter. Fá-las, sobretudo, porem-se no lugar do outro. Daquele que passa por aquilo que ninguém devia ter de passar. Isso traz angústia, tristeza, receio? Óptimo! Estamos a ajudá-las a crescer. E a crescer melhor. Com o coração no lugar certo. Com conceitos como solidariedade, bondade, amor ao próximo. Para mim, se os meus filhos tiverem isto dentro deles... já cumpri o meu papel de mãe.

 

 

Cortar

Quando a neura bate à porta... nada melhor que cortar o cabelo. É quase como se procurássemos deixar os problemas no soalho do salão, juntamente com as mechas que se espalham à volta da cadeira.

Ontem entrei no cabeleireiro do bairro e pedi à Lena para cortar. Muito. Ela mordeu o lábio. Tanto? Tem a certeza? Sim. Força nisso.

O Manel também foi. Demorámos uns 20 minutos, no total. Os dois. Gastei, salvo erro, 18 euros nos dois cortes. Sei que dei 20 euros e recebi troco.

Gosto sobretudo da rapidez e pragmatismo da Lena, não há cá mariquices, longas horas para não sei o quê, um enfado sem fim. Em escassos minutos estava outra. Só ainda não tenho a certeza de ter deixado a neura toda lá no salão, mas isso são outros quinhentos.

 

(o cabeleireiro chama-se Expomágico, antes que perguntem)