Somos sócios de um "clube" de arte desde que casámos. Basicamente, fazemos uma transferência mensal automática e, de vez em quando, vamos lá buscar uma peça com o valor amealhado.
Já não íamos lá há uns 8 anos. Andávamos para lá ir há que tempos, confesso que de vez em quando pensava "um dia aquilo fecha e ficamos a arder com a massa". Fomos este fim-de-semana e trouxemos duas peças lindas, lindas, lindas. Uma escultura da Antonieta Roque Gameiro e uma serigrafia da série "Goa", de Júlio Resende.
A nossa intenção era deixar a conta a zeros e desistir de sermos sócios. Mas depois pensámos melhor: se não fosse assim, quando é que pegávamos num valor assim significativo e íamos comprar arte? Nunca. Adoramos mas há sempre outras prioridades. Por isso, com esta pequena mensalidade a que nem pomos a vista em cima conseguimos, ao fim de uns anos, trazer para casa coisas boas e bonitas que, de outro modo, não passariam de sonhos.