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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Desafio das 52 semanas

Encontrei no facebook uma ideia mesmo boa. Entretanto, pus-me a pesquisar e é uma ideia que já tem barbas e já foi publicada em tudo o que é internet, em todas as línguas, e por isso muitos de vocês já devem conhecer. Então, a ideia consiste em poupar 1€ na primeira semana do ano, 2€ na segunda semana, 3€ na terceira semana e assim sucessivamente, até chegar à 52ª segunda semana do ano, em que se poupa 52 euros. Quanto é que isto dá no total? 1378€. Se um casal conseguir fazer duas poupanças em separado, chega ao final do ano com 2756€. Nada mau, hein? Também há quem faça a poupança ao contrário, ou seja, começando por poupar os 52€ da semana 52, depois os 51€ da semana 51, e por aí adiante, para se sentir que se vai reduzindo a quantidade que se põe de parte e ir "doendo" menos, em vez de mais. 

Estamos mesmo inclinados a aceitar o desafio das 52 semanas. Mais um para 2016!!! 

(há que aproveitar o ímpeto e as boas energias do começo de ano... )

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Quilómetros e quilómetros

Estive a fazer as contas e, em 2015, corri 1084 km. 

Caraças. Mil e oitenta e quatro quilómetros nestas pernas, em doze meses! Nunca pensei que fosse capaz disto, palavra de honra.

Janeiro foi o mês em que corri menos (10km) mas tinha sido mãe há apenas 2 meses; Setembro foi o mês em que corri mais (164km). 

Vamos ver como será este ano. A maratona de Barcelona está mesmo aí ao virar da esquina. Faltam 68 dias e, também por isso, é bom que comece a dar corda aos ténis. 

Os Retratistas

Adoro o novo projecto do Pau Storch e do Nuno Fontinha (fotógrafos profissionais). Chama-se "Os Retratistas" e visa fazer do retrato uma forma de apresentação diferenciada, a nível profissional e corporativo. Mas os dois fotógrafos não estão nisto sozinhos. Têm a trabalhar com eles uma equipa de maquilhadores e stylists, que vão ajudar os clientes a mostrarem, no retrato, quem realmente são. 

"De fato, bata ou jaleca, vamos criar identidades fortes e capazes de fortalecer a imagem do profissional dentro da sua empresa, na apresentação única de um curriculum, ou como parte essencial de um perfil numa rede social."

Os serviços disponíveis dividem-se em 3 formatos distintos:

- Instituições: o objectivo é realizar sessões para os colaboradores de uma empresa, quadros ou administradores. O serviço ideal para um portfólio dos recursos humanos, comunicação da empresa ou apresentação de resultados. 

- Particulares: para uma necessidade específica que exija uma sessão mais elaborada. Serviço ideal para artistas, freelancers ou para atualizar a presença online. 

- Open Days: vão ser realizados por cidade, permitindo que tenha acesso a retratos profissionais a um custo reduzido.Com uma duração de 30 minutos, entrega de 3 a 5 fotos editadas, com acesso a make up e um acompanhamento prévio pelo fotógrafo, este modelo de serviço foi concebido para que possa atualizar a sua imagem no CV ou Linked in. Estes Open Days serão anunciados com antecedência no site.

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Eis alguns exemplos de retratos d'Os Retratistas

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Parabéns, querido Pau Storch por este projecto tão interessante. Que tenha uma longa vida.

Viagens na nossa terra #1

E uma das resoluções de 2016 foi passear mais por cá. Às vezes estamos loucos para conhecer o mundo, poupamos dinheiro para as viagens, compramos os guias da American Express, vasculhamos cidades estrangeiras até ao mais ínfimo recanto, e depois se nos perguntam se já conhecemos lugares deslumbrantes do nosso país mordemos o lábio, baixamos o olhar, e respondemos um envergonhado "pois... aí nunca fomos". Queremos mudar isso. Queremos levar os miúdos a conhecer o seu país. Ainda que seja num toca-e-foge de fim-de-semana, será melhor que nada. Podemos sempre assinalar aqueles sítios a que queremos regressar e fazê-lo mais tarde, com outro vagar. 

Começámos pelo Bacalhôa Buddha Eden, no Bombarral. Demorámos 45 minutos a chegar lá, ou seja, é mesmo aqui ao lado de casa. Um escândalo que ainda não conhecêssemos. É lindo, monumental, impressionante, e oferece uma paz rara a quem o visita.

O Buddha Eden tem 35 hectares e foi criado pelo comendador Joe Berardo em protesto contra a destruição dos Budas Gigantes de Bamyan, num dos maiores actos de barbárie cultural, que apagaram do mapa obras-primas do período tardio da Arte de Gandhara. 

Em 2001, profundamente chocado com a atitude do Governo Talibã, que destruiu intencionalmente monumentos únicos do Património da Humanidade, o comendador Berardo deu início a mais um dos seus sonhos: a construção deste extenso jardim oriental.  

Budas, pagodes, estátuas de terracota e várias esculturas entre a vegetação. Terão sido usadas mais de 6 mil toneladas de mármore e granito. Na escadaria central, os Buddha dourados dão calmamente as boas-vindas aos visitantes. E no lago central é possível observar os peixes KOI, bem como dragões esculpidos que se erguem da água. 
Impressionantes os 700 soldados de terracota pintados à mão, cada um diferente, incrível.
O que se pretende é que este jardim seja um lugar reconciliação. Sem nenhuma tendência religiosa, as portas estão abertas a todas as pessoas, como forma de redescobrir a felicidade... e a paz. Aconselho vivamente. 
 

 

Ano novo

Gosto da passagem de ano e de tudo o que traz consigo. A ideia de recomeço. A possibilidade de principiar tudo de novo, cadastro limpo, toda uma agenda em branco à espera de registos de relevo, reset ao que não nos orgulhamos, esperança num futuro melhor. Gosto das resoluções. Não das vazias, daquelas que já todos sabem - até mesmo nós - que não vão passar de Janeiro, mas das outras, as que nos fazem realmente pensar no que foi feito, no que podemos melhorar, no que não queremos repetir. A passagem de ano, se for bem aproveitada, pode mesmo ser uma forma de nos pensarmos, de nos medirmos, de nos escrutinarmos, com tudo o que isso tem de intenso, deslumbrante e doloroso. 

Aqui por casa houve resoluções que vão implicar mudanças. Regras que estabelecemos e queremos muito cumprir. A mais partilhável - e mais prosaica mas não menos importante - é a do uso do telemóvel. Às 19h, acabou-se. Para nós e para eles. O Martim ainda liga pouco ao telefone mas o Manel estava a ficar demasiado conectado. Chega. À noite, o telefone fica numa caixa e não há cá mensagens, emails ou facebooks para visitar. Temos todos ordem para nos policiarmos uns aos outros. Se alguém estiver a recair tem de ser chamado à razão. 

Isto parece pouco, mas é na verdade muito. Nestes 15 dias em que eles estiveram de férias e eu abrandei o ritmo de trabalho, afastei-me do telefone e o meu cansaço desapareceu quase instantaneamente. Não nos damos conta mas estamos reféns. Sempre contactáveis, sempre disponíveis, em permanente estado de alerta, de vigília, a absorver informação, imagens, parvoíces. O tempo esvai-se e nem sabemos bem como foi, e depois desta voragem sobra pouco. Muito pouco. 

Houve muitas outras decisões que implicaram protestos por parte dos miúdos, mas educar também é criar conflitos, também é tomar decisões pouco populares mas que estamos certos de serem as mais acertadas. Os pais nem sempre podem ser amados pelos filhos e ontem eu sei que nos detestaram. Não é fácil, mas é necessário. Quero acreditar que, um dia destes, serão os primeiros a agradecer as medidas. 

Gosto da passagem de ano e desta ideia de que podemos aproveitar as páginas em branco do calendário para tentar melhorar, corrigir, aprimorar. O importante é manter o entusiasmo ao longo dos meses. A ver vamos como nos saímos.