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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

2015: Balanço

Este foi um ano de estreias. De novidades boas. Emagreci 15 quilos. Passei a fazer exercício com regularidade e a tirar prazer disso. Fiz 15 anos de casamento e fui surpreendida por ele com um trail de 15 km pela Arrábida. Cada quilómetro correspondia um ano da nossa vida em comum e, por isso, a cada quilómetro percorrido ia encontrando uma mensagem sobre o ano correspondente. Fiz 15 anos de casamento e surpreendi-o com um percurso pelos lugares importantes para nós, nomeadamente a nossa primeira casa, que revisitámos muito comovidos. Corri a minha primeira maratona, com tudo o que representou de conquista e superação. Escrevi o meu primeiro livro infantil e gostei muito. Apanhei um susto que ainda não passou completamente. Estreei-me em televisão. Adaptei-me à vida com 4 filhos e foi fácil e apaixonante. Ganhei novos amigos, o que não deixa de me surpreender (durante anos achei que a partir de certa idade já não se faziam amigos). O blogue continuou a crescer (obrigada por estarem cada vez mais desse lado). Viajei menos do que gostaria mas, mesmo assim, voltei a Paris, a Marrocos e conheci Bilbao. 

Para 2016 desejo saúde, a concretização de novos projectos, mais tempo em família, amor. 

E para concretizar deixo apenas dois desejos muito concretos (tirando os óbvios de saúde, paz e amor e tal):

1- não deixar o telemóvel engolir-me tanto o tempo;

2 - tentar com todas as minhas forças ser mais organizada (escrevo isto depois de ter estado meia hora a deitar fora papéis inúteis da minha carteira, que já não fechava, e meia hora à procura dos documentos do carro, que não encontrei). Odeio ser caótica, estou cada vez pior, e preciso urgentemente de mudar isso na minha vida.

 

FELIZ 2016, pessoas!

Leões

Estava a contar ao Ricardo sobre o mal-estar que senti no circo, sempre que eram números com animais:

- Então quando foram os leões... epá, deixaram-me mesmo de coração partido.

- Então eu não sei? Há anos que me fazem sentir assim... de coração partido.

 

Demorei um bocadinho a perceber que não falávamos dos mesmos leões.

Circo

circo.jpg

Há uns dois ou três anos que não ia ao circo. A cena dos animais em performance é uma coisa que me chateia e, por isso, na última vez que fui pensei que não queria voltar tão cedo. Além disso, a Madalena é altamente prejudicada por ser a terceira no que aos espectáculos diz respeito (e nem quero imaginar como será o Mateus). Ou seja: se o primeiro filho ia a tudo o que era teatro, concerto, exposição, workshop, costumo dizer que a terceira filha não vai a lado nenhum, vê na televisão! E mesmo isso só se tiver a sorte de os irmãos mais velhos não estarem a ver televisão! Por isso, o circo foi mais uma das actividades que foi sendo sempre chutada para canto. Ah, talvez amanhã, talvez para a semana, possivelmente para o ano, vamos ver. Desta vez, porém, não tive coragem de tornar a adiar. Foi hoje.

No fim do espectáculo concluí o seguinte: se o circo não tivesse leões, camelos, lamas, cavalos, póneis e elefantes era bem possível que voltasse para o ano. Assim... não penso voltar. Foi penoso ver os leões. Pareciam bem alimentados, gordinhos, com um pelo bem tratado mas ver aqueles portentos selvagens a obedecer às ordens de um homem que chicoteia o chão com violência não me parece um bom exemplo para se mostrar às crianças. O mesmo com os outros animais, sempre aquele olhar cabisbaixo, vago que parece gritar "mandem-me de volta à savana por favor". Dir-me-ão: ah, mas o circo SEMPRE teve animais. Pois. Até se acabar com os gladiadores também tinha havido SEMPRE gladiadores. É uma questão de evolução da espécie.

Tirando os números com os animais, até gostei. A senhora que mudou de roupa não sei quantas vezes em 2 segundos (como raio é que ela fez aquilo?), os trapezistas, o grupo dos saltos, e até a palhaça chicha. A Madalena gostou de tudo, se bem que na parte dos leões estava sempre a perguntar por que é que o senhor era tão mau e estava sempre a gritar com os leões e a chicotear o chão. O Mateus esteve paralisado durante as duas horas e meia que durou o espectáculo. A ver tudo, a bater palminhas, a passar pelas brasas.

No final, disse à Madalena que achava mal que se usassem os animais para o circo. Expliquei-lhe que não era preciso, que os animais pertenciam à selva, savana, deserto ou campo, e que os homens e mulheres podiam perfeitamente ser suficientes para o nosso deslumbramento. Ela torceu um bocado o nariz mas estas coisas demoram o seu tempo a serem percepcionadas. É uma questão de continuar a explicar.

Acho mesmo que o senhor Victor Hugo Cardinali podia compreender que as coisas mudaram e que o nosso respeito pelos animais implica uma atitude diferente. Tenho quase a certeza de que, se apresentasse números verdadeiramente espectaculares com seres humanos, não era preciso os bichos para lhe encherem o circo. 

 

 

Mateus

O Mateus é, dos 4, o meu filho mais livre. Gatinha todo o dia pela casa, vai aos quartos, passa pela casa-de-banho, estagia na cozinha, regressa à sala. Apanha um brinquedo pelo caminho, brinca um pouco, farta-se, segue a sua vida, encontra um irmão num dos quartos, fica um pouco, com sorte sobe para o seu colo, torna a descer, afasta-se dessa divisão da casa e logo avança para outra, distrai-se com um cabide, uma mola caída no chão, apanha uma migalha e leva-a à boca, circula, deita-se, levanta-se, fala sozinho, encontra outro irmão, sorri-lhe, continua viagem.

O Mateus podia bem vir a ser viajante. Um tipo muito cool, para quem está tudo bem desde que não lhe cortem o barato. E o barato, no caso dele, é mesmo ser livre. 

A condizer

Às vezes gosto de vestir os miúdos de igual. Não sempre, porque defendo que cada um é uma pessoa diferente e a individualidade de cada um tem de ser respeitada. Mas em ocasiões especiais gosto, sempre gostei. E pais e filhos de igual acho uma graça. Repito: de-vez-em-quando! Não é cá uniformes!

Ora então, estava eu a sair do cinema do Vasco da Gama com a Madalena e o Martim, ia à Fnac comprar um presente de Natal, quando me pus a ver a Funky Project. E pronto. Perdi-me de amores por dois conjuntos iguais para mim e para a Madalena. O Mateus já tinha dois fofos com os dois padrões, de maneira que ficámos os três com roupa a condizer. Agora diz-se matchy-matchy, não é? Pronto. Que seja, então. 

Funky Project 2.jpg

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 Funky Project AQUI.

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