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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

A notícia da alegada cedência do terreno da escola a uma rent-a-car no jornal SOL

http://www.sol.pt/noticia/419457/cedência-de-terreno-de-escola-em-lisboa-causa-polémica

 

Farta desta promiscuidade toda. A freguesia tem crianças a dar com um pau. E não há maneira de se acabar a escola, que está orçamentada no Ministério da Educação há 3 anos. Pouca vergonha.

"Ah, vocês vivem na Expo têm dinheiro para pôr os miúdos em colégios!" Argumento ridículo. Primeiro porque não é verdade. Nem todas as pessoas que aqui vivem têm dinheiro para ter 1, 2, 3, 4 filhos em colégios. Depois, porque o direito ao ensino público vem na Constituição e é PARA TODOS. Terceiro, porque pode nem sequer ter que ver com uma questão de ter ou não dinheiro, pode ser uma questão de princípio, ter os filhos em escolas e não em colégios (conheço imensa gente com capacidade financeira para ter os filhos em colégios mas que prefere dar-lhes essa visão eclética do mundo). Quarto, porque pagamos tantos ou mais impostos que os demais cidadãos (pegando no argumento do dinheiro que supostamente temos, também pagamos mais impostos). 

 

Espero sinceramente que esta cena da rent-a-car não aconteça. Porque suspeito que os pais, cansados como andam desta palhaçada toda, não fiquem de braços cruzados. Pela minha parte, não tenciono ficar.

Amizade

Tenho a sorte de ter alguns amigos verdadeiros. Daqueles que - aposto - se levantariam da cama a meio da noite se lhes ligasse a pedir ajuda. E dos que - não menos importante - serão capazes de pular de felicidade quando alguma coisa de realmente fantástica acontece na minha vida. Para mim, estar lá nos momentos infelizes é essencial, mas saber ficar feliz com as alegrias alheias não é menos importante. Eu faço por estar presente em ambos, na vida dos meus amigos. Falharei algumas vezes, como também falham comigo, é a vida. Mas nos momentos mesmo importantes procuro não falhar.

Isto tudo para dizer que a correria em que vivemos, por vezes, afasta-me dos meus amigos e isso aborrece-me. Durante a semana estou sempre a mil e não consigo combinar coisas, ao fim-de-semana lá se combina qualquer coisa com alguém mas depois os miúdos têm de estudar e não podemos fazer os programas que gostaríamos e assim se passam semanas sem pôr a vista em cima de pessoas de quem gosto muito, muito.

Ontem fui jantar com uma grande amiga. Combinámos, comprei o jantar, levei uma garrafa de vinho e foi tão bom. Contámos as novidades, desabafámos, rimos. Às vezes, quando não há meio de surgirem as oportunidades para estarmos juntos, é preciso criá-las. Inventar. 

Há pessoas que naturalmente fui deixando "cair" da minha vida. Não me zanguei com elas, não estou ofendida, não tenho cobranças a fazer (já dei para esse peditório). Apenas deixei de fazer ginástica e acrobacia para encontrar tempo para estar com elas. Porque se não fosse eu a fazê-lo nunca havia o movimento contrário. Se não fosse eu a marcar jantares, almoços, festas, nunca lhes punha a vista em cima. E eu percebo, claro que sim, a vida empurra-nos para direcções opostas e não há maneira de conciliar para tudo. Mas, por isso mesmo, prefiro empregar o pouco tempo que tenho com os meus amigos mais verdadeiros. Aqueles que me fazem levantar da cama a meio da noite se precisarem de mim, aqueles por quem pularei de alegria sincera nos momentos felizes. 

O-d-e-i-o!!!!!!!

Este horário! Odeio! Odeio que seja de noite às cinco da tarde. Odeio com todas as forças do meu ser e se houvesse uma petição (há tanta petição, por que não mais uma?) para acabar com isto assinava na hora, raios partam isto de ir levar os miúdos ao ténis debaixo de um céu escuro como breu, raios partam isto de sentir que já devo estar a trabalhar há 12 horas só porque já há estrelas no céu, raios partam!

Decathlon Innovation Awards

Há uma semana (ou terá sido há duas, já?) fui à apresentação dos produtos inovação deste ano, da Decathlon. Fiquei impressionadíssima com o que foi dito e mostrado e percebi que eles levam mesmo muito a sério a questão da inovação. 

É no campus da Decathlon, em Villeneuve-d’Ascq (Norte de França) que, desde 1997, é concebida, analisada e testada a maior parte dos produtos. Nos laboratórios da Decathlon SportsLab, mas também no terreno, 50 engenheiros e investigadores, de 7 nacionalidades diferentes, analisam as reações do corpo de um desportista, de forma a propor inovações surpreendentes. Em 2014, o centro de investigação e desenvolvimento acompanhou, desta forma, as marcas em cerca de 200 projetos.

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Em quase 20 anos, o Centro de Investigação esteve na origem do nascimento de muitos produtos: a mochila Symbium da Quechua, que acompanha o movimento ondulante natural dos praticantes de caminhada; a Easybreath da Tribord, a primeira máscara integral de passeio aquático; o soutien Feel Beautiful da Domyos, que resguarda a aparência das maminhas, tonificando os ligamentos de suspensão. Mas antes de serem desenvolvidos e comercializados, estes produtos passaram por uma análise altamente avançada do corpo humano, efectuada em quatro laboratórios específicos. As interações do tecido com a pele, o movimento do ombro com uma raquete na mão, o amortecimento do calçado e a transmissão da onda de choque através do corpo... Nada é deixado ao acaso! 

 

Na sala da apresentação estavam os produtos inovação deste ano e também alguns de anos anteriores. 

Impossível não destacar um do ano passado, a Easybreath, a primeira máscara integral de snorkeling, que permite respirar da mesma forma como se respira em terra, sem ter tubos na boca e cenas a tapar o nariz e a confusão do costume. Sou fã!

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Das novidades recentes, destaque sem qualquer sombra de dúvida para a garrafa Double Use System da Aptonia. É uma garrafa que permite mudar de bebida sem ter de mudar de garrafa. Basta um clique no gargalo e o desportista alterna entre a água e, por exemplo, uma bebida energética. Espectáculooooo!

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Outra das inovações que me chamaram a atenção foi a t-shirt/top Cardio. Em vez de se ter um daqueles cintos à volta do peito, para ter sempre as pulsações controladas, esta t-shirt ou top já traz um cardiofrequencímetro incorporado. Depois, basta sincronizar com o relógio ou uma aplicação e... feito!

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Houve muitos outros produtos interessantes mas, por último, gostava de vos falar do Domyos Live. Basicamente é um site que permite aos utilizadores fazerem ginástica em casa sem, no entanto, estarem sozinhos. Graças às câmaras instaladas na sede da marca (no norte de França), há cerca de cinquenta aulas por semana que são transmitidas gratuitamente. Só têm de fazer igual... em casa. Se preferirem também podem optar por pagar um determinado número de aulas específicas. Grande ideia!

 

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Adorei ter ido a esta apresentação e confesso-me uma grande fã da Decathlon. Acho que têm produtos de grande qualidade com um preço imbatível. Estão há 15 anos em Portugal e eu já não me lembro de como era antes de existirem.

A sério? Mesmo a sério?

Tive conhecimento de que existirá um contrato de cedência do terreno destinado à construção da 2.ª fase da Escola Básica Parque das Nações para funcionar como parque de estacionamento de uma empresa de aluguer de viaturas, vulgo rent-a-car. A sério?????

Como pode ser permitida ou sequer ponderada a utilização do terreno em causa para qualquer outro fim que não o da conclusão da Escola Básica Parque das Nações, ainda para mais quando existe uma recomendação aprovada pela Assembleia da República, no seguimento de uma petição pública assinada por mais de 4000 subscritores, exigindo ao Ministério da Educação e Ciência o início célere da obra de conclusão da Escola Básica Parque das Nações???

Há cinco anos que existe verba no Orçamento de Estado para a conclusão da construção da escola, há ainda mais anos que existe o terreno e um projeto aprovado para a obra, já se encontra construída parte da escola e até hoje o Governo de Portugal tem alegado que “questões jurídicas” não têm permitido a sua conclusão. Será que as referidas “questões jurídicas” estão já sanadas? Ou será que as referidas “questões jurídicas” impedem a conclusão da obra de construção da Escola mas não impedem a cedência e utilização do terreno para um fim diferente daquele que está previsto no Plano Diretor Municipal? Se as “questões jurídicas” estão já sanadas, então porque é que não se inicia a obra de conclusão da escola e, pelo contrário, se tenta inviabilizar ou atrasar a sua construção por meio de cedência de usufruto do terreno? 

Tenho para mim que ainda vamos ter de nos acorrentar aos portões da escola, montar tendas no terreno ou até mesmo encher a cara de alguém de bolachadas. Temos aguentado muito mas agora também já é demais! 

 
 

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